Inflação volta a subir na Argentina e gera alerta para governo Milei
Redação Online
Publicado em 14 de julho de 2025 às 18:20 | Atualizado há 1 dia
A inflação mensal na Argentina voltou a acelerar em junho, com o mês terminando em alta de 1,6%. O índice contraria as projeções do governo de Javier Milei, que esperava consolidar a tendência de queda. Em maio, a taxa havia atingido 1,5%, o menor nível desde o início da atual gestão.
Segundo o Indec (Instituto Nacional de Estatística e Censos), os maiores aumentos em junho ocorreram nos setores de educação (3,7%) e habitação, água, luz, gás e combustíveis (3,4%). Esses dados destacam a dificuldade do governo em conter os preços dos serviços essenciais.
A liberalização cambial, implantada com o fim do “cepo” ao dólar em abril, provocou instabilidade nos preços. Em abril, a inflação havia recuado para 2,8% após os 3,7% de março. Mesmo assim, analistas projetavam nova elevação em junho. A média das estimativas era de 1,9%. Embora junho tenha frustrado expectativas, algumas consultorias ainda veem sinais de desaceleração. A C\&T Economic Advisors estimou alta de 2%, mas prevê leve queda em julho, com possível retorno ao patamar de 1,7%.
Na capital argentina, a inflação chegou a 2,1% no mês. O aumento reflete pressões sobre aluguéis, alimentação e transportes. No primeiro semestre, a cidade acumulou inflação de 15,3% e taxa anual de 44,5%. Os preços dos serviços cresceram mais do que os bens: 2,6% contra 1,4%. O índice núcleo da inflação em Buenos Aires subiu 2,2%. Tarifa de transporte e mensalidades escolares impulsionaram o avanço, enquanto itens sazonais, como hortaliças, ajudaram a moderar o impacto.
Foto: Instagram/ @javiermilei