Economia

Petrobras tem lucro operacional 39% maior

Redação

Publicado em 7 de agosto de 2015 às 23:26 | Atualizado há 10 anos

Agência Brasil

A Petrobras registrou lucro líquido de R$ 531 milhões no segundo trimestre deste ano. O resultado, de acordo com a companhia, é 90% inferior ao do período anterior e reflete maiores despesas operacionais que compensaram o aumento do lucro bruto.

O resultado operacional ficou em R$ 9,5 bilhões, o que representa 29% menos que no trimestre anterior. A Petrobras informou que o valor, em parte, é em função do reconhecimento de despesa tributária de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de R$ 3,1 bilhões.

No primeiro trimestre deste ano, a Petrobras registrou lucro líquido de R$ 5,3 bilhões. O valor foi 1% inferior ao obtido no mesmo período do ano passado.

De acordo com a companhia, o resultado refletiu o aumento da despesa financeira líquida da companhia, principalmente, em função da depreciação do real em relação ao dólar.

No primeiro semestre, o lucro líquido chegou a R$ 5,9 bilhões, representando queda de 43% em relação ao mesmo período do ano passado. A empresa informou que o aumento de despesas financeiras líquidas e o reconhecimento de despesa tributária de IOF influenciaram o desempenho.

Já o lucro operacional no mesmo período atingiu R$ 22,8 bilhões, uma elevação de 39% em comparação com o primeiro semestre de 2014.

O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, disse que, dadas as condições de mercado, não há perspetiva de aumento nos preços dos combustíveis, mas não descartou uma elevação caso mudem as condições. “Não posso fazer futurologia sobre o preço”, afirmou.

Bendine acrescentou que 2015 ainda é um ano de ajustes para a Petrobras. “Queremos deixar a companhia saneada, com seus passivos e tudo que tem de enfrentar”, concluiu.

Bendine, disse que ficou muito satisfeito com os resultados alcançados pela companhia no segundo trimestre deste ano, quando teve lucro líquido de R$ 531 milhões, em especial com o resultado operacional, que ocorreu dentro da política de transparência que a empresa vem desenvolvendo e a busca da previsibilidade no tratamento do seu planejamento tributário.

 

Transparência

Ele destacou que foram feitos alguns lançamentos no balanço do segundo trimestre, que refletiram diretamente no resultado líquido da empresa. No primeiro semestre de 2015, a empresa registrou lucro líquido de R$ 5,9 bilhões, o que equivale a 43% de queda em relação ao mesmo período do ano anterior. Já de abril a junho, o lucro líquido de R$ 531 milhões representou queda de 90% na comparação ao mesmo trimestre de 2014.

Bendine explicou que um dos fatores não recorrentes que afetaram o resultado líquido foi a baixa contábil. Ele disse que a Petrobras tinha uma ação em curso relativa a pagamentos de IOF entre os anos 2007 e 2010. Ao todo, eram quatro processos e o de 2008 foi julgado. Segundo o presidente, não havia provisão para o julgamento e, diante da vantagem que a companhia conseguiria ao assumir esse pagamento, a opção foi pagar o tributo. “Entendemos que a tese que defendíamos era frágil para dar uma continuidade nesse processo por via judicial. Conseguimos então um bom desconto. O valor dessa ação era de R$ 3,3 bilhões e conseguimos reduzir para R$ 1,6 bilhão, sendo que parte pagamos por caixa e o restante por compensação de prejuízo fiscal”, disse.

Quanto às outras três ações em curso, semelhantes a que já foi julgada, o presidente esclareceu que, dentro da prática de conservadorismo e planejamento tributário que está sendo seguida da empresa para resolver todo o passivo tributário e para que tenha uma previsibilidade maior no futuro, foi lançado no resultado uma provisão de R$ 2,6 bilhões.

O gerente-executivo de desempenho empresarial, Mário Jorge da Silva, destacou o resultado de fluxo de caixa livre de R$ 4,5 bilhões no primeiro semestre de 2015, enquanto no período anterior tinha sido negativo em R$15,8 bilhões. “A geração operacional da companhia foi maior do que os seus investimentos no período, o que é uma variável importante para uma companhia que está buscando desalavancagem e recuperação nos seus indicadores de endividamento”, completou.

Mário Jorge da Silva informou ainda que a companhia confirma a meta de produção de petróleo para este ano em quase 2,8 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed). No primeiro semestre, a produção no Brasil e no exterior teve média diária de aproximadamente 2,8 millhões boed, o que significou alta de 9% em relação a igual período do ano passado. Na camada do pré-sal, em junho, a Petrobras registrou recorde mensal de produção de petróleo de 747 mil barris/dia.

Mário Jorge revelou que a companhia projeta para 2015 o equivalente a US$ 28 bilhões em investimentos. Desse total, já foram investidos US$ 12 bilhões. Já nos desinvestimentos, a empresa definiu o total para o ano de US$ 3 bilhões. Até agora a contribuição ao caixa atingiu US$ 0,2 bilhão. Com relação às captações, a Petrobras trabalha com o volume de US$ 12 bilhões. “Já realizamos US$ 10,6 bilhões de captação até o momento, objetivando fechar o ano de 2015 com um saldo em caixa de US$ 20 bilhões”, contou.

A diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes, informou que a Petrobras participará da 13ª rodada dos blocos exploratórios da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombuatíveis (ANP), mas levará em consideração, de forma bastante séria, a situação da empresa. “A estratégia será de avaliar as oportunidades”, comentou, acrescentando que a companhia ainda está em fase de análise do edital.


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