Economia

Testamos o Renault Sandero com o novo motor 1.6 de 118 cv

Júlio Nasser

Publicado em 20 de março de 2017 às 14:05 | Atualizado há 4 meses

Norton Luiz
Editor de Veículos

A construção de motores mais eficientes e econômicos é a palavra de ordem na indústria automobilística brasileira no momento. Aliás, foi o que mais se viu nos lançamentos de veículos ocorridos  no ano passado. Motores mais compactos foram também um fato bastante comum. Dentro dessa nova proposta de eficiência e economia, a Renault engrossou os lançamentos com as mudanças que têm sido bastante apreciadas pelos consumidores. Afinal, a crise exige compras mais racionais e econômicas.

A Renault apresentou no final do ano a nova linha de motores globais SCe 1.0, de três cilindros, e 1.6, de quatro cilindros, que equipam o Sandero e o Logan 2017. Vamos falar apenas do Sandero Dynamique 2017 com a nova motorização 1.6, com câmbio manual, testado pela Editoria de Veículos do DMAutos, do Diário da Manhã, durante uma semana. Externamente, nenhuma alteração. O modelo hatch da Renault, embora sem retoques, mantém linhas bem limpas e valorizadas pelos detalhes cromados na dianteira e também no painel. O carro mantém sua aparência bonita.

20170314_163114(1)

No interior, o que merece mesmo registro é o amplo espaço interno e no porta-malas de 320 conforme aferição da própria Renault. Motorista e passageiros viagem com conforto e quem vai  no banco de traseiro não fica com os joelhos presos na parte de trás do encosto do banco da frente. A Renault diferencia seu hatch dos demais nesse quesito. O modelo peca um pouco no conforto dos bancos, na falta do encosto de cabeça e pela ausência  do cinto de segurança de três pontos destinado ao passageiro que vai no meio no banco de trás.

A direção eletro-hidráulica poderia ser um pouquinho mais leve, nada, porém, a ponto de incomodar. Sob o capô é onde está o destaque do  Sandro 16 Dynamique. Antes com 106 cv, com etanol, o 1.6 oferece agora 118 cv. Com gasolina, o novo propulsor dispõe de 115 cv, contra 98 do anterior. As mudanças foram significantes, a começar apelos 30 kg a menos. Na prática, o motor 1.6 de quatro cilindros surpreendeu na agilidade e no consumo, abastecido com etanol.

O novo motor de alumínio do Sandero mostrou-se econômico, fazendo uma média próxima a 9 km por litro na cidade, o que significa que, com uma direção bem equilibrada, é possível andar próximo dos 10 km por litro de etanol. Com gasolina, os números oficiais indicam 12,8 de consumo por litro na cidade e 13,4 km/l na estrada. O câmbio parece ter feito um casamento acertado com o novo motor, proporcionando engates perfeitos, e a dirigibilidade que o carro oferece é excepcional, somado à suspensão com um ajuste perfeito e que deixa o carro na mão do motorista sempre.

Segundo a Renault, o novo motor 1.6 ficou 21% mais econômico. Destes, 5% ficam por conta do sistema Star/Stop, que desliga o carro em paradas e religa automaticamente quando o motorista aciona a embreagem. No novo Sandero, o botão fica no painel à esquerda da direção, ao lado do botão de regulagem elétrica dos retrovisores. Outros 3% da economia são creditados à bomba da direção eletro-hidráulica que agora é acionada por um motor elétrico, à parte, e não mais pelo motor do carro.

renault foto

O Sandero testado custa R4 53.000, valor que não chega a ser alto considerando o seu custo benefício.  No geral, a versão 1.6 2017 pode ser recomendada como uma opção de compra bastante atrativa. Vale a compra não só pelo novo propulsor, cuja recalibragem, garantiu a proposta da eficiência e economia esperadas pelo mercado. Uma pena não ter de série o sensor de ré, item indispensável hoje em qualquer modelo. Este vem à parte, no Pacote Pack Plus, juntamente com o ar digital e GPS.O modelo testado não oferecia o pacote Pack Plus.

O porta-malas, que lá em cima nos referimos a ele com capacidade para 320 litros, segundo a própria Renault, foi aferido pela Revista especializada Autoesporte com 342 litro. Seu tamanho reforça o modelo ao oferecer excelente espaço para bagagens.

O Sandero 1.6 2017 vem equipado de série com, além da direção eletro-hidráulica e start/stop, com ajuste de altura do volante, vidros elétricos nas quatro portas (com o detalhe de que o motorista aciona os vidros traseiros por botões no painel e não nas portas), travas elétricas, retrovisores elétricos, computador de bordo, controlador de velocidade de cruzeiro, faróis de neblina, ar-condicionado, som com CD, MP3, com entradas USB e Auxiliar e Bluetooth,  além de rodas de liga leve de 15 polegadas.

20170314_163139(0)

 

 

Tags

Leia também

Siga o Diário da Manhã no Google Notícias e fique sempre por dentro

edição
do dia

Impresso do dia

últimas
notícias