Economia

Veículo autônomo conceito da Peugeot é totalmente instintivo

Redação DM

Publicado em 3 de março de 2017 às 10:26 | Atualizado há 6 meses

Norton Luiz
Editor de Veículos

A Peugeot mostra as primeiras imagens do conceito Instinct Concept, o automóvel autônomo do futuro e que será apresentado no Salão Internacional do Automóvel de Genebra, que começa na próxima terá-feira, dia 7, e vai até o dia 19, na Suíça. “Desenvolver um carro autônomo é um desafio estimulante. Trata-se de reunir os opostos, uma condução ativa e um modo independente, tudo com um objetivo: ser sempre uma fonte de prazer e suscitar emoções. O Peugeot Instinct Concept, que utiliza carroceria com carroceria Shooting Brake, é o primeiro conceito de carro autônomo que não negligencia o prazer do automóvel.”, Gilles Vidal, diretor de Estilo da Marca.

Como a condução independente representa a próxima revolução automobilística, todos os fabricantes deverão ser capazes de implementar essa tecnologia. Porém, a maneira de orquestrá-la fará toda a diferença entre as marcas. O Peugeot Instintc Concept evolui em simbiose com todos os objetos conectados para viver a mobilidade de uma nova maneira. O carro integra os dados que motorista quiser compartilhar, provenientes do smartphone e do relógio de pulso conectado.

As atividades cotidianas agora são realizadas sem interrupção. De casa ao trabalho, passando pelo lazer, o Peugeot Instinct Concept oferece um novo leque de utilizações, com total fluidez. E pela primeira vez a plataforma I.o.T[1] é embarcada em um automóvel. Trata-se da tecnologia Samsung Artik Cloud que integra o automóvel à nuvem de seu proprietário.

O conceito Peugeot Instinct disponibiliza quatro modos de deslocamento, dois modos de condução (Drive Boost ou Drive Relax) e dois modos autônomos (Autonomous Sharp ou Autonomous Soft).

Peugeot-Instinct-Concept-5

O Peugeot Responsive i-Cockpit redefine o espaço interno para adequar-se às utilizações geradas pela condução autônoma. As interfaces se configuram – antes, durante e depois do uso – em função do modo de deslocamento e do perfil do condutor. Mesmo assim, quem estiver ao volante mantém, em todas as circunstâncias, o controle do veículo. No modo Autonomous, ele é capaz de executar um comando ou uma manobra, através do i-Device implantado no console central.

O Instinct se apoia no deep learning, um método de conhecimento usado para estabelecer o perfil de seu utilizador. Para isto, a plataforma I.o.T (Internet of Things) Samsung Artik Cloud conecta os objetos do seu cotidiano e agrega dados de relógios de pulso conectados, smartphones e redes sociais.

                                                                                              Cansaço

A Peugeot e a Sentiance, empresa de Data Science, processam os dados para torná-los explícitos e determinar o perfil de cada um. Esta análise é dinâmica e evolui constantemente. Graças a ela, o Instinct Concept pode se pré-configurar e/ou adaptar sua arquitetura para corresponder plenamente às necessidades e aos desejos de seu utilizador.

Você sai de casa quinze minutos mais cedo do que de costume para chegar ao seu compromisso das 8h30. A navegação do seu carro e sua agenda se consultarem, levando em conta a situação do trânsito e as condições climáticas e sugeriram que saísse de casa a esse horário para garantir sua pontualidade. A bordo do veículo, o sistema de Alta-fidelidade FOCAL toca a música que você estava ouvindo em casa. A partida do motor se encarrega de trancar a porta de sua casa.

Seu nível de cansaço é intenso depois de práticas esportivas. Informado por seu relógio de pulso, o Instinct se configura automaticamente em modo Autonomous Soft. Dessa forma, você já pode começar a descansar durante o trajeto de volta para casa. Ao se aproximar, a iluminação externa é ativada para sinalizar sua vaga de estacionamento. Como sua atividade física da véspera não foi suficiente, seu carro sugere que você faça uma caminhada e estacione numa distância de 10 minutos a pé do escritório.

Para chegar ao local do seu compromisso, seu trajeto passa por uma autoestrada e por uma estrada sinuosa. A primeira parte do percurso é percorrida em modo Autonomous Sharp. Depois, como o seu carro sabe que você aprecia uma condução dinâmica, ele se autoconfigura em modo Drive Boost ao chegar nas curvas.

Para o usuário, a fluidez da condução é inédita. O carro programa os equipamentos: modo de condução, regulagem das interfaces e dos bancos, ambiente luminoso, sistema HiFi etc. Todavia, o Homem mantém o poder de decisão, podendo escolher o modo de condução manual ou deixar o carro assumir o comando graças ao modo Autonomous.

Os quatro modos permitem uma gestão bastante sutil. O Drive Boost foca numa condução dinâmica. O Drive Relax lança mão dos ADAS (Advanced Driving Assistance Systems) para auxiliar o condutor. Por exemplo, a comutação automática dos faróis altos/baixos ou o controle de velocidade ativo.

Peugeot 4

Em modo Autonomous Soft o conforto é privilegiado. Assim, os deslocamentos podem ser um pouco mais longos, propícios para assistir a um filme, ler ou descansar. Enfim, o modo Autonomous Sharp otimiza os tempos de deslocamento e adota um comportamento na estrada preciso e eficiente.

Os conceitos apresentados até agora talvez tenham construído uma imagem elitista do Instinct Concept. Talvez até e um carro dedicado ao segmento topo de linha, ou unicamente ao condutor. A visão da Marca é radicalmente diferente. A condução autônoma deve beneficiar o maior número de pessoas possível. Isto é visível na arquitetura interna adaptativa e inovadora, o Responsive i-Cockpit. O ambiente do condutor revela uma cinemática aérea durante a transição entre os modos Drive e Autonomous. O volante compacto e a lâmina que sustenta os toggle switches são escamoteados no painel de instrumentos. Ao mesmo tempo, o pedal de acelerador também é ocultado.

Qualquer que seja o modo ativado, o condutor mantém o controle do veículo. Embora isto seja evidente no modo Drive, essa particularidade do Peugeot é instigante no modo Autonomous. Ao lado da tela de 9.7’’ localizada no console central, o i-Device permite comandar as ações. Basta um único gesto, por exemplo, para ultrapassar o veículo à frente ou mudar a tipagem.

Em modo Drive, os mostradores holográficos fornecem as informações relativas à condução: velocidade do veículo, repartição entre as duas energias do grupo motopropulsor PHEV, carga da bateria… A retrovisão digital alerta quando um veículo se encontra no ponto cego.

O Responsive i-Cockpit posiciona cada passageiro num espaço privilegiado e individual, mesmo a bordo de um veículo compacto. Para preservar o espaço reservado a cada um, os bancos são inspirados no universo aeronáutico. Eles separam as partes da estrutura e as zonas de contato com o corpo – assento, encosto e apoio de cabeça. O ocupante escolhe a regulagem mais propícia à sua atividade: posição deitada para descansar, ereta para conduzir ou intermediária para assistir a um filme ou trabalhar.

Os passageiros podem comunicar com o carro através de um chatbot, assistente pessoal vocal que disponibiliza acesso a uma gama infinita de serviços. Comandos expressos com naturalidade permitem, por exemplo, reservar um ingresso de cinema ou fazer uma compra online.
300 cavalos

As proporções do Concept da Peugeot baseiam-se na grande tradição dos fabricantes de carrocerias. O longo capô esconde os 300 cavalos de potência desenvolvidos pelo grupo motopropulsor híbrido PHEV. As caixas de roda com curvas generosas exprimem a aderência ao solo e a potência deste veículo com tração nas quatro rodas.

Como a pupila dos olhos, no centro de cada farol de LED encontra-se uma câmera. Esse dispositivo óptico varre o entorno do veículo para alimentar os sistemas de ajuda à condução. A grade apresenta uma permeabilidade diferente dependendo da localização. Essa estrutura semi-côncava abriga um Leão com acabamento dicróico azul-verde, cuja percepção varia de acordo com o ângulo de visão. Além disso, no modo Autonomous, sua base ganha uma animação em tons de branco.

De ambos os lados dos faróis, a assinatura luminosa estende-se por toda a altura da máscara dianteira. Ela é acionada a partir de 90 km/h com um foco duplo. Os dois fachos luminosos são unidos na parte inferior por uma lâmina, conferindo apoio suplementar na dianteira.

Por outro lado, esse movimento revela uma abertura destinada a reduzir a pressão exercida sobre a carroceria durante o deslocamento do veículo. O ar penetra pela face dianteira e é expelido sobre a superfície das rodas. Essa carenagem virtual visa anular a interferência aerodinâmica na suspensão, juntamente com o trabalho das rodas de cinco aros feitas em alumínio e desenhadas por finos sulcos que contribuem para sua leveza.

Essa função aerodinâmica também está presente na traseira. O fluxo de ar é aspirado por uma abertura situada na altura da linha de cintura da porta dianteira. Ele é então direcionado para o difusor, sobre o qual se encontram as luzes 3D unidas por uma faixa luminosa. Na parte superior, o teto de vidro rebaixado se aproxima dos passageiros. Esse desenho é destacado pela tonalidade azul profundo, com três camadas de verniz, que recobre toda a carroceria.

Peugeot 3

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