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O ' novo normal ' na Educação remota

A pandemia provocada pelo coronavírus atingiu a economia, sociedade e política de todo o mundo. A coletividade e todas as camadas sociais sofreram mudanças e interrupções em algum momento. Interruptamente temos informações de como nos comportarmos e nos mantermos durante o período de isolamento social. Juntam- se vários questionamentos e incertezas, como cuidar da saúde, da família, das finanças e dos empregos.

Os educadores, por exemplo, em razão da suspensão das aulas presenciais, precisaram se adequar com o novo modelo de ensino e, utilizar as ferramentas remotas, modificar e preparar aulas estimulantes, estar disponíveis para sanar dúvidas de pais e alunos, isso tudo sob a pressão do tempo e das instituições.

O Brasil entrou na listagem dos 100 países que incluíram seus sistemas de ensino nas políticas de isolamento social. Orientando professores e alunos a prosseguirem interagindo através das plataformas online, com aulas diárias, em salas de aulas virtuais, alinhadas às didáticas do currículo estabelecido pelo Ministério da Educação e as secretarias estaduais e municipais de todo o país.

Para a psicopedagoga Jaqueline Antônia Jorge Pereira, não houve tempo suficiente para planejar a transição das aulas presenciais para as aulas remotas/ online. Tal ação ocorreu de modo pouco consistente, vez que o isolamento social recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), também se apresentou de modo abrupto, por conta do coronavírus covid-19.

"Assim a ferramenta encontrada para a continuidade das práticas de ensino e aprendizagem foi a utilização dos ambientes virtuais. Sabemos que todos: alunos, famílias, professores e instituições sentiram o impacto".

Entretanto, dentro do sistema educacional existem vários cenários: educação infantil, ensino fundamental I e II, ensino médio, técnicos, ensino superior, etc. A transição de modalidade de ensino não foi ou tem sido tranquila, para cada uma dessas etapas. O desafio foi lançado e devemos ser propositivos, para superar obstáculos que nem apareceram ainda neste horizonte do 'novo normal'.

"Os profissionais da educação, particularmente, passaram a exercer funções anteriormente não executadas, fato que promoveu o aumento da carga horária de trabalho", destacou a psicopedagoga.

Segundo a pedagoga e servidora pública Vanessa Miranda Ribeiro, reforçou que o trabalho da coordenação pedagógica tem sido intenso e desgastante, pois precisam dar o suporte necessário para professores, pais e estudantes. Isso tudo devido a grande demanda por adaptações.

"Temos que seguir o Documento Curricular para Goiás (DC- GO), para nortear nosso trabalho. É um imenso desafio, tentar de alguma maneira garantir os conhecimentos essenciais estabelecimentos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), com esse período de pandemia e com as aulas na modalidade não presenciais".

Ainda segundo a coordenadora, ficou evidenciado a dificuldade dos pais ausentes, ou seja, aqueles que não tinham o hábito de acompanhar a vida escolar dos filhos.

"Essa é uma questão cultural e social, pois existe no imaginário de muitos que 'a escola que deve educar', e esta é a única responsável pelo processo de ensino aprendizagem da criança", justificou a coordenadora.

Sem dúvida o momento é uma oportunidade para a sociedade olhar para as escolas e perceber a importância de mudanças significativas, inclusive estruturais, considerando as realidades dos fatores emocionais, cognitivos e socioeconômicos, entre outros.

De acordo com a historiadora e professora Lívia Cristina Dias dos Santos, assegurou que tiveram que lidar com uma avalanche de informações em muito pouco tempo e adaptarem a esse novo cenário em tempo recorde. Que a pressão triplicou e que manterem o aluno estimulado virtualmente, está sendo um trabalho árduo.

"A realidade do profissional da educação no Brasil é muito complicada, bem como dos alunos, perpassa por desvalorização e salários indignos, o que leva a muitos não terem acesso à internet de qualidade, disponível o dia todo, para atenderem a demanda de trabalho da escola e garantir a aprendizagem do aluno".

Jaqueline Jorge, ainda pontuou que neste momento as instituições educacionais devem ter um diálogo frequente entre professores, alunos e família, por meio das ferramentas digitais como: plataformas digitais, redes sociais ( grupos de whatsapp), Instagram e outros, para estabelecer os vínculos de comunicação e interação, visto que são peças fundamentais para essa caminhada, tanto de forma individual, como coletiva.

"Devemos também destacar que, infelizmente, contamos com uma parcela que não obteve acesso às ferramentas digitais. Vivemos em um país no qual grande parcela da população não tem acesso a smartphones e computadores, quiçá a internet".

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