Goiás investe R$ 3,2 bilhões em educação

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Goiás conseguiu uma marca histórica na educação: o Estado tornou-se primeiro lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no último levantamento do Ministério da Educação. Após o anúncio, em 2020, os gestores envolvidos na conquista informaram que mesmo que o Estado tenha “a melhor educação do Brasil” ainda falta muito a ser feito.

Nos últimos três anos, com esta consciência de que o jogo não estava ganho, o Estado teve o maior investimento em toda sua história na área. Nas redes sociais, os jovens mostravam felicidade: no aplicativo da moda, Tik Tok, gravavam elogios ao notebook repassado pelo governo e na qualidade do material escolar. O tênis entregue aos estudantes tornou-se símbolo desta nova era. Os estudantes ensaiavam danças de felicidade.

O governador Ronaldo Caiado retirou da sua experiência educacional e científica as bases para cobrar mudanças estruturais e de financiamento na educação do Estado. Com carreira científica na área médica, formado na estrutura atual da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e com defesa de pesquisa e atuação sistemática no Serviço de Cirurgia Ortopédica e Traumatológica do Professor Roy-Camille, em Paris, o gestor migrou da ciência para a política nas décadas de 1980 e 1990 com a certeza de que a educação não deve ser privilégio. “Hoje nós temos um padrão de educação em escolas públicas que nenhum Estado do Brasil proporciona aos alunos”, declarou o governador.

Mas Caiado te dito que deseja mais: “Estamos trabalhando para criar um padrão de excelência na educação, de forma que nossas escolas sejam reconhecidamente melhores do que as instituições de ensino da rede privada”, afirmou Caiado.

Uma das primeiras ações do gestor partiu de uma indignação. Por segundos, em 2019, Caiado não teria acreditado que persistia em Goiás um “Turno da Fome” - o 4º turno foi criado por gestões anteriores de forma emergencial para atender a grande demanda por vagas na região de Águas Lindas de Goiás e Luziânia, cidades do Entorno do Distrito Federal.

Neste turno, os estudantes se amontoavam nos horários do almoço e no que sobrava de tempo da grade para estudar, obrigando as escolas a terem os “impossíveis” quatro turnos em um só dia. A situação era surreal, degradante e humilhava estudantes e professores da região.
Após conhecer o absurdo sistema, Caiado propôs concluir unidades escolares que ficaram paralisadas durante anos.

Desde que assumiu a gestão estadual, em 2019, procurou quitar as dívidas em atraso deixadas por gestões anteriores na Educação. As mudanças implementadas buscam ampliar o sistema de educação, caso do Bolsa Estudo, Alfamais Goiás, Equipar, Reformar, Reformar+, pagamento de bônus para servidores, distribuição de computadores portáteis, mochilas e uniformes. Em três anos, os recursos investidos alcançam o recorde histórico de R$ 3,2 bilhões.

“A única maneira de interromper o ciclo da pobreza é proporcionar ensino de qualidade às crianças. Foi o modelo que deu certo em todo o mundo”, pontua.

Nos últimos três anos, foram melhoradas as estruturas das 1.049 escolas estaduais de Goiás, além da construção de outras. “Encontramos o governo com 25 obras paralisadas de escolas. Já foram entregues por nós cinco delas, todas padrão século 21. Outras 13 estão em andamento, cinco foram retomadas em 2021 e duas serão em 2022”, diz Caiado.

O Governo de Goiás anunciou a liberação de R$ 152 milhões para a reforma de todos os Centros de Ensino em Período Integral (Cepis). Também foi assinada a renovação do termo de cooperação técnica com os institutos Natura e Sonho Grande, parceiros da atual gestão nesta modalidade de atendimento.

Os investimentos fazem parte da mudança estrutural realizada desde janeiro de 2019, com o objetivo de amparar os mais vulneráveis, combater as desigualdades sociais e regionais, com transparência e respeito aos recursos públicos.

Uma das primeiras ações foi quitar - em 2019 - dívida no valor de R$ 72 milhões feita pela gestão anterior com o transporte escolar para garantir a continuidade dos serviços para aquele ano letivo. Eram cinco parcelas em atraso, referentes a 2018. Os repasses para a merenda escolar também estavam com quatro parcelas em atraso, referentes a 2018, o que totalizava R$ 10 milhões, quitados no primeiro ano da atual administração.

218 mil jovens recebem R$ 100 por mês letivo

Quanto ao quadro de professores, o Estado não contratava profissionais efetivos especialistas havia 20 anos. Com isso, descumpria o previsto no edital 002/2018, segundo o qual, a nomeação dos aprovados em concurso público realizado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) seria feita no prazo de seis meses após a homologação do resultado. Já em fevereiro de 2019, o Governo de Goiás convocou 435 professores aprovados.

Demanda antiga do quadro da educação, o pagamento de diferenças salariais também foi promovido pela atual gestão. Eram milhares de processos em tramitação desde 1994. A gestão deu solução ao problema. De 2019 até o final de 2021, o montante de recursos investido para quitar mais de 36 mil processos foi de R$ 78.474.934,00. O lote mais recente foi pago em dezembro de 2021, e contemplou 2.123 processos, totalizando R$ 2.508.638,66. A quitação dessas diferenças salariais beneficiou trabalhadores efetivos e temporários.

Evasão escolar
O programa Bolsa Estudo, iniciativa inédita no Estado, prevê o repasse de R$ 100 por mês letivo a 218 mil jovens, matriculados nas três séries do Ensino Médio em toda a rede estadual. O objetivo é reduzir as taxas de evasão escolar, em Goiás. O programa entrou em vigor em dezembro de 2021 com duração até 2023, e previsão de pagamento de 10 parcelas por ano, de fevereiro a junho e de agosto a dezembro. “Isso era o sonho da minha vida. Achava que era impossível e estou muito mais emocionado do que muitos de vocês hoje”, declarou o governador sobre a consolidação do auxílio, durante entrega dos primeiros cartões com o crédito da bolsa.

Outro projeto implementado durante a atual gestão, nunca viabilizado por governos anteriores, foi a distribuição de Chromebooks aos estudantes, computadores pessoais portáteis, de última geração. Em 2021, o Governo de Goiás investiu cerca de R$ 145 milhões para a aquisição de 60 mil unidades. A iniciativa do governador Ronaldo Caiado busca dar condições de conectividade aos estudantes que estão finalizando o Ensino Médio e se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).