Educação

Adriano da Rocha Lima: “É um processo paulatino de melhorar a qualidade de ensino da UEG”

Redação DM

Publicado em 21 de outubro de 2020 às 21:48 | Atualizado há 7 meses


Adriano da Rocha Lima, atual secretário-chefe da Secretaria-Geral da Governadoria (SGG), foi secretário de Desenvolvimento e Inovação ao longo de 2019 e por boa parte de 2020 (a UEG é ligada à SEDI). Em entrevista, ele faz um relato a respeito do processo de ajustes na universidade desde o início da atual gestão.

Ele explica o processo como um todo, inclusive a reestruturação administrativa e acadêmica que está em curso e ressalta a importância dos resultados do Enade para a instituição e para Goiás. Acompanhe abaixo trechos da entrevista.



Adriano Rocha Lima: ” O mesmo curso de administração, se ele existisse em oito lugares, tinha oito grades diferentes. Além disso, havia muitos cursos em cidades que não tinham vocação para aquele tipo de formação”

Como era a situação na UEG?
Adriano da Rocha Lima – Os cursos não conversavam entre si. Então o que acontecia? Quando um aluno fazia, por exemplo, Administração em uma determinada cidade e, por alguma razão, fazia a transferência para outra, às vezes ele tinha que voltar ou adiantar período porque a grade não combinava. O mesmo curso de administração, se ele existisse em oito lugares, tinha oito grades diferentes. Além disso, havia muitos cursos em cidades que não tinham vocação para aquele tipo de formação, o que fazia uma baixíssima procura de alunos em algumas unidades. Em outras, cursos em situação ruim, com nota 1 no Enade.

E quais foram as providências?
Adriano da Rocha Lima – O que nós fizemos a partir de 2019 foi começar a reorganizar toda essa estrutura de campi, fazer o novo desenho da universidade, entre outros pontos, até que, no final de 2019, nós tivemos um vestibular que teve como principal característica a mudança de critério. Passou a ser dada ao aluno a prerrogativa de escolher onde ele queria estudar. A partir dessa procura de alunos foi que os cursos foram distribuídos.

E o que ocorreu posteriormente?
Adriano da Rocha Lima – Foi feita toda uma reforma administrativa depois disso, reforma curricular, onde nós unificamos essas unidades. De 41 campi, passaram a ser 8 unidades centrais, 9 com a de Anápolis. Os outros locais foram todos mantidos, mas eles passaram a ser unidades de ensino, unidades universitárias, deixaram de ter estrutura de campus. Criamos a estrutura de institutos acadêmicos para que os professores, ao invés deles estarem ligados a determinado campus, passassem a estar ligados ao instituto, de forma centralizada. Com isso, você consegue dar uma uniformidade naqueles cursos que têm uma interação entre si, que fazem parte de determinadas carreiras que têm afinidade.

E quais foram os passos seguintes?
Adriano da Rocha Lima – Tudo isso culminou com uma reforma administrativa, no final de 2019, onde assumiu um reitor, que já era pró-reitor, e passou a conduzir o processo de reforma pedagógica da universidade. Essa reforma pedagógica está sendo concluída agora no mês de novembro.

E qual é a avaliação do momento atual?
Adriano da Rocha Lima – É um processo lento e paulatino de melhorar a qualidade de ensino. A UEG já melhorou várias posições no ranking da Folha de São Paulo, quando comparamos 2018 com 2019. Nós também tivemos melhoras na nota do Enade. Não tivemos nenhum curso com nota 1 nessa última avaliação. Tivemos, por exemplo, um curso de Enfermagem, em Ceres, que era nota 3 virou nota 4, o que é excelente. Para se ter ideia, é a mesma categoria de um curso da Universidade de Brasília (UNB), federal considerada como uma das melhores do País.

O senhor acredita que esse processo continuará dando resultados positivos?
Adriano da Rocha Lima – Nós estamos caminhando devagar, mas sempre com o objetivo de resgatar e trazer a Universidade Estadual de Goiás para colocá-la no patamar de uma das melhores do Brasil. Esse não será um trabalho que será concluído da noite para o dia, mas que está tendo progressos significativos.



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