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Universidades federais têm elevação e queda entre 2000 e 2022 em Goiás

Soma dos orçamentos das instituições de ensino superior cresceu 164% de 2000 a 2020. Com quedas sucessivas a partir daí, apresentou perdas de 14% ano passado

Sede da Universidade Federal de Catalão, criada em 2018 – Foto (Arquivo): Divulgação/UFCAT Sede da Universidade Federal de Catalão, criada em 2018 – Foto (Arquivo): Divulgação/UFCAT

Do ponto de vista financeiro em estudo do Painel Financiamento da Ciência e Tecnologia, nessas duas décadas o conjunto do orçamento da Universidade Federal de Goiás (UFG), da Universidade Federal de Catalão (UFCAT) e da Universidade Federal de Jataí (UFJ), cresceu 164%, passando de R$ 645 milhões para R$ 1,7 bilhão.

Já entre 2021 e 2022, foi constatada queda de 14%, chegando no ano passado a R$ 1,46 bilhão. Valor equivalente a esse é encontrado somente em 2013, quando o governo federal aportou R$ 1,47 bilhão na UFG (criada dentro do período 1934 a 1999), informa o levantamento do Painel, atestando que em nível nacional, houve movimentos semelhantes.

Acompanhando a criação da Lei de Cotas, de 2012, e de outras iniciativas das universidades para inclusão de alunos economicamente carentes e de minorias sociais, os valores aportados no item Assistência ao Estudante tiveram início em Goiás no ano 2009, mas, em meio a uma estagnação durante a gestão Michel Temer, chegaram ao pico de R$ 32 milhões (2017). Em 2021, esse valor foi reduzido para R$ 23 milhões.

Soraya Smaili, professora e ex-reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), coordenadora do Painel, destaca a importância da assistência estudantil para a permanência de estudantes mais vulneráveis, incluindo cotistas e não cotistas. “As políticas de inclusão no ensino superior precisam ser acompanhadas de políticas de manutenção dos estudantes na universidade”.

Informações sistematizadas e confiáveis

As 40 universidades em 1999 passaram para 69 em 2019. O montante destinado a elas subiu de R$ 28,2 bilhões (2000) para R$ 61,2 bilhões. A pesquisa mostra que 2022 apresentou regressão para R$ 53,2 bilhões (queda de 14%), com retorno a valores inferiores a 2013 (R$ 54,9 bi), com agravante de uma década atrás eram 63 universidades federais, seis a menos do que no ano passado.

Maria Angélica Minhoto, professora do Departamento de Educação da Escola de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Unifesp, outra coordenadora do Painel, diz que o mesmo tem produção do Centro de Estudos Sociedade, Universidade e Ciência (Sou Ciência), vinculado a essa universidade, “como forma de oferecer à sociedade informações sistematizadas, confiáveis e amigáveis sobre o financiamento do universo acadêmico e científico brasileiro”.

O módulo sobre as universidades federais é o primeiro a ser lançado na versão com dados atualizados, com metodologia clara e em valores corrigidos pela inflação. Estão em elaboração mais dois módulos.

“Com seu grande crescimento, o sistema universitário federal se tornou mais suscetível às políticas governamentais para o setor. No governo Fernando Henrique Cardoso, houve o início de uma evolução, que se acentuou bastante nos governos Lula e Dilma Rouseff. Com Michel Temer, o ritmo diminuiu e sob Jair Bolsonaro passou a ocorrer grave retrocesso”, pondera Soraya.

Em abril, o Ministério da Educação (MEC) contabilizou a existência de 364 obras paralisadas nas universidades e nos Institutos Federais em todo o país.

Através do site Sou Ciência, é possível solicitar microdados do Painel, que são entregues em Excel aos interessados.

Implantação de Pró-Reitoria

Uma novidade está por advir em breve na UFCAT, surgida em 2018 juntamente com a UFJ, e ela fica por conta da implementação da Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (PROPESQ), que em 25 de outubro teve resoluções aprovadas na Câmara de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação para completo funcionamento dela.

Informando sobre a importante missão realizada pelas Comissões integradas por conselheiros da CPPGI, o pró-reitor Julio Pituba relembra que elas começaram a funcionar em agosto de 2020, tendo seus trabalhos publicizados para obter as contribuições de toda a comunidade da instituição de ensino.

A universidade esclarece se tratar de essencial conquista interna e externa, abrindo espaços para o ‘desenvolvimento e consolidação da pesquisa, pós-graduação e inovação’.

Com informações da Acadêmica Comunicação da Ciência e Inovação; do MEC; e, do UFCAT

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