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Foguetes do Cerrado

Uma fotografia que mos­tra o Jardim de Maytreia, um dos cartões-postais mais famosos da Chapada dos Ve­adeiros, em Alto Paraíso de Goiás, ganhou menção honrosa na cate­goria belezas naturais. Com o títu­lo de ‘Fireworks’ (ou ‘foguetes’ em português), a imagem do fotógra­fo brasiliense Márcio Cabral ficou entre as 20 finalistas da categoria, e ganhou de seu autor a seguin­te descrição: “Um belo pôr do sol em um campo florido de Paepa­lanthus – uma flor bastante rara encontrada apenas no Brasil, no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.” O registro dessa pecu­liar paisagem goiana também ren­deu a ele 25 mil euros com o prê­mio de fotografia do ano no festival Nature Talks, realizado no último dia 18 em Ede, na Holanda.

SIENA

O norte-americano Randy Ol­son, que trabalha com fotos de na­tureza, ganhou o prêmio máximo do Festival Internacional de Foto­grafia de Siena, chamando aten­ção para as mudanças climáticas e para os impactos da urbaniza­ção na diversidade de vida no pla­neta. Em sua terceira edição, o Sipa recebeu mais de 50 mil ins­crições de fotógrafos amadores e profissionais de 161 países, o que faz do evento um dos concursos de fotografia com maior adesão internacional na atualidade. Du­rante todo o mês de outubro e iní­cio de novembro várias atividades relacionadas ao festival movimen­taram a cidade milenar, capital da região de Toscana, na Itália cen­tral. As inscrições para a edição de 2018 já estão abertas no site oficial do concurso (sipacontest.com).

De acordo com a organização, a meta do festival é promover uma iniciativa cultural interna­cional para transformar a cida­de de Siena em um ponto de en­contro de fotógrafos e de ideias de todo o mundo, trazendo uma percepção da atualidade glo­bal através de imagens de diver­sas origens. Em resumo, tem foco em valores comuns, expressos de diferentes formas, mostrando a distância e a proximidade das pessoas em meio ao atual fluxo de informações. “Uma jornada através de imagens criativas com forte significado emocional e va­lor artístico inquestionável a ilus­trar cenas da vida, memórias e aventuras, um resumo dos olha­res e expressões, esportes, via­gens, vida selvagem, paisagens, meio ambiente, valor cultural da alimentação, etc”, concluem.

O concurso não é restrito a um só tema e qualquer imagem pode encaixar-se em alguma das nove categorias: narrativa (fotos em sequência), gelo frá­gil, esportes, arquitetura e es­paços urbanos, animais em seu habitat, belezas naturais, faces e personagens fascinantes, jor­nadas e aventuras, preto e bran­co, e cores em geral. Também foi criada uma categoria espe­cial para fotógrafos com menos de 20 anos. Além de vários prê­mios em dinheiro para os ven­cedores, as melhores fotos são impressas no volume anual do fotolivro Beyond The Lens, pu­blicado pelo festival em parce­ria com Mark Getty, co-funda­dor do Getty Images, um banco de imagens norte-americano fundado em 1995 que já conta com mais de 80 milhões de foto­grafias, além de 50 mil horas de vídeo em catálogo.

VENCEDORES

O grande vencedor do festival de Siena, Randy Olson, traz o re­sultado de diversas intervenções humanas em áreas anteriormen­te ricas em biodiversidade. A foto retrata a migração dos grous-ca­nadenses, uma das aves mais an­tigas do mundo (segundo estudos com fósseis), que realizam uma extensa migração entre a Sibéria e América do Norte. “Esta fotogra­fia retorna ao momento em que os Estados Unidos tinham córregos e espaços suficientes para a migra­ção dos grous-canadenses. Agora, apenas uma pequena área do Rio Prata, em Nebrasca, pode acomo­dar todos eles. Voluntários do Cra­ne Trust contaram recorde de 413 mil na tarde desta foto. Eles estão ficando sem habitat na passagem pelo país”, declarou Olson.

A primeira colocada na ca­tegoria Belezas Naturais foi capturada pelo norte-ame­ricano James Smart, e retra­ta uma tempestade no estado de Dakota do Sul, nos Estados Unidos. “Perseguir esta tem­pestade em Black Hawk foi in­crível. Após esperar horas por alguma coisa para desenvol­ver, a tempestade começou a tornar-se uma supercélula que invadiu toda a área”, comenta o autor. Uma fotografia de Tim Clayton do time britânico de ciclismo, medalhista de ouro nas Olimpíadas do Rio de Ja­neiro, foi a premiada na cate­goria esportes. A fotógrafa suí­ça Alessandra Meniconzi levou o prêmio na categoria jorna­das e aventuras, com a imagem de uma garotinha enfrentan­do temperaturas extremamen­te negativas na Sibéria (-40ºC).

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