O ano de 2017 começou tumultuado. Muitos acreditavam que seria o pior ano do Brasil, devido ao cenário político que se desenhava. De fato, o ano seguiu com escândalos políticos, falta de empatia e até mesmo violência. Porém, o encerramento de um ciclo significa olhar para trás e tentar retirar algum sentimento bom dentro de tudo isso. 2017 além de difícil foi o ano de grandes novidades musicais. O grupo goiano Boogarins lançou mais um disco, desta vez com tonalidades diferentes, saudando os sentimentos ruins em cada canção do “Lá Vem a Morte”. Gilberto Gil iniciou uma turnê celebrando 40 anos do álbum Refavela. A música sertaneja em Goiás ganhou ainda mais representatividade no público feminino com cantoras como Marília Mendonça e Maiara e Maraisa.
O humor pessimista com que entramos em 2017 foi tematizado em canções de diversas bandas. A banda Baiana System, que surgiu em 2016, conseguiu arrastar multidões nas suas apresentações ao vivo, apresentados letras de cunho social e uma batida anima. Porém, não foi possível superar as dificuldades cantando, em todo momento. Em 2017, tivemos grandes perdas que dificilmente serão reparadas. No começo do ano, no dia 30 de abril, morreu o cantor e compositor Belchior. No mesmo ano foi publicada a primeira biografia do cantor chamada “Apenas um Rapaz Latino-Americano”, de autoria do jornalista Jotabê Medeiros.
Sem dúvida podemos afirmar que a música foi um grande salvaguarda em meio a maré forte que afetou o Brasil. Não faltou um álbum ou mesmo uma canção que tirasse o brasileiro da fossa política. Por isso, convidamos produtores e artistas goianos para contar qual disco os acompanharam durante o ano de 2017. Produções nacionais, internacionais, discos de estréia e até alguns álbuns lançados durante a época da Ditadura Militar no Brasil. Todos os discos tem semelhanças, como por exemplo os temas fortes referenciados no contexto social atual, que criam ideias e debatem preconceitos de uma forma muito menos dura.
MAIS OUVIDAS POR DIEGO DE MORAES, MÚSICO, COMPOSITOR E VOCALISTA DA BANDA PÓ DE SER
MAIS OUVIDAS POR FLÁVIA CAROLINA ALMEIDA, CANTORA DA BANDA COCADA CORAL
MAIS OUVIDA DE ALANA MOURA, POETA
MAIS TOCADAS
O Ecad (Escritório Central de Arrecadação) distribuiu, recentemente, os direitos autorais das músicas mais executados durante o primeiro semestre deste ano. Todo final de ano o Ecad divulga o banco de dados, a fim de fornecer ao mundo quais canções foram mais executadas por rádios, festas e shows durante o ano de 2017 no Brasil. Assim como nos anos anteriores, a música sertaneja esteve em destaque como as mais ouvidas. A cantora Marília Mendonça foi uma das artistas mais ouvidas no Brasil com a música “Eu sei de cor”. A canção foi reproduzida em bares, rádios, boates e restaurantes em todo o Brasil. A cantora também aparece no top 20 dos rankings: Música ao Vivo, Casa de Festas, Casa de Diversão e Rádio.