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Memória e devoção à Eucaristia

 A data é precedida pelo domingo que celebra a Santíssima Trindade, que, por sua vez, ocorre no domingo seguinte ao de Pentecostes

O corpus christi é uma cele­bração católica de preceito, ou seja, nesse dia é obri­gatório que o cristão católico vá a missa. A Eucaristia é um dos sa­cramentos que, de acordo com a fé cristã, foi instituído na Última Ceia. O livro sagrado cristão apresenta a orientação da Eucaristia: “Este é o meu corpo. Isto é o meu sangue. Fazei isto em memória de mim”.

O Papa Urbano IV instituiu no século XIII a celebração de corpus christi originada da necessidade que a igreja via de consagrar a “pre­sença real” do corpo de cristo, sim­bolizado pelo pão ázimo, um ato que representa a comunhão com Deus. O Papa Urbano IV instau­rou essa prática com a Bula ‘Tran­siturus’ de 11 de agosto de 1264, nela havia a orientação de que o corpus christi deveria ser celebra­do na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.

A solenidade do mistério da Santíssima Trindade que apre­senta o conceito de um Deus em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo, foi celebrada no último do­mingo. A igreja católica usa a refe­rência “mistério” com o sentido de que a existência de Deus não pode ser plenamente compreendida pe­las pessoas. Por isso é necessário a transfiguração em algo mais aces­sível, uma manifestação que se as­semelha mais ao que se pode en­tender por existência.

A respeito de Pentecostes a igre­ja católica define: “No dia de Pen­tecostes (no fim das sete semanas pascais), a Páscoa de Cristo se reali­za na efusão do Espírito Santo, que é manifestado, dado e comunica­do como Pessoa Divina: de sua ple­nitude, Cristo, Senhor, derrama em profusão o Espírito”.

Corpus Christi é considerada uma das principais datas do ca­lendário cristão, mas apenas os católicos o celebram. Os evangé­licos não comemoram o Corpus Christi porque para eles o Corpo de Cristo é a própria Igreja. Mas em algumas vertentes protestan­tes também são celebradas ceias que simbolizam a comunhão en­tre os fiéis e Jesus Cristo.

SERVIÇOS E CELEBRAÇÕES

Geralmente os serviços param durante essa data, mas não é feria­do de acordo com a lei como ex­plica a página Jus Brasil, mas um ponto facultativo: “O dia em ques­tão não é considerado dia útil para fins de operações no mercado fi­nanceiro, portanto, os bancos fe­cham na mencionada data. Os governos federal, estadual e mu­nicipal, podem, também, declarar o mencionado dia como ponto fa­cultativo nas repartições públicas. O fato faz com que muitas empre­sas privadas cogitem a folga, de forma equivocada, uma vez que os feriados nacionais estão ex­pressamente previstos na Lei nº 10.607/2002 e Lei nº 6.802/1980, as quais declaram feriados nacio­nais os dias 1º de janeiro, 21 de abril, 1º de maio, 7 de setembro, 12 de outubro, 2 de novembro, 15 de novembro e 25 de dezembro.”

A Arquidiocese de Goiânia se prepara para realizar atividades na data. A principal celebração acon­tece no centro da cidade, na Praça Cívica: “O arcebispo Dom Washin­gton Cruz está convidando toda a Igreja de Goiânia a fazer uma gran­de manifestação de fé no Cristo ressuscitado e no Sacramento da Eucaristia, reunindo-se na Praça Cívica, no próximo dia 31, às 17h, para a celebração da Santa Missa, seguida de procissão. Ele enfati­za que esse deve ser, também, um momento de celebrarmos nossa unidade, em torno do corpo eu­carístico de Jesus.”

Dom Moacir Silva Arantes, bis­po auxiliar de Goiânia e coorde­nador arquidiocesano de pastoral, explica o sentido dessa celebração. “Corpus Christi é para nós a centra­lidade da nossa fé. Cremos que ali está verdadeiramente o Senhor Je­sus, porque ele mesmo nos garan­tiu, pelas suas palavras: ‘Isto é o meu corpo e isto é o meu sangue’”.

Comunidade da Paróquia Uni­versitária São João Evangelista no preparo dos tapetes

TAPETE DE CORPUS CHRISTI

Todos os anos fiéis realizam o trabalho artesanal de construir um tapete como parte da procis­são da festa de Corpus Cristi. Os tapetes são confeccionadas de serragem, borra de café, farinha, casca de ovos, areia, folhas, f l o r e s , entre outros materiais. Essa ini­ciativa é uma expressão de fé para com a Santíssima Eucaristia. A confecção de tapetes. Não tem ca­ráter de penitência ou pagamento de promessas. É uma manifesta­ção popular de adoração.

A passagem pelo tapete tem um significado. O ostensório, peça de ourivesaria usada em atos de cul­to da Igreja Católica Apostólica Ro­mana para expor solenemente a hóstia consagrada, que armazena o Corpo de Cristo na hóstia, é car­regado pelo sacerdote por essas ruas enfeitadas, e os fiéis só podem pisar nesses desenhos após a pas­sagem do padre. É uma represen­tação de que Jesus anda por ali e é recebido com um belo tapete pe­las ruas da cidade.

Papa Urbano IV

Foi o Papa número 182 da Igreja Católica . Ele nasceu em Troyes, França e morreu em Perugia. Seu nome original era Jacques (Santiago) Pantaléon (Pantaleoni). Ele estudou em Paris , foi cânone de Laon e arcediago de Liège . Em 1253, foi nomeado bispo de Verdun e em 1255 patriarca de Jerusalém em tempos de gran­de calamidade para os cristãos da Ter­ra Santa . Ele foi elei­to Patriarca de Jerusa­lém, apesar de não ser um cardeal ou de nas­cimento nobre. Seu pon­tificado durou três anos, um mês e quatro dias.

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