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ENTRETENIMENTO

O visionário da maçã

Está aberta em Brasília uma exposição sobre a vida, obra e influências de Steve Jobs. A mostra contém vários itens históri­cos relacionados ao visionários da Apple, além de fazer um panorama sobre as referências estéticas, musi­cais, literárias e visuais de Jobs.

A vida de Steve Jobs chega ao Shopping Iguatemi depois de ter sido sucesso no Rio de Janeiro e São Paulo. São mais de 200 itens, entre invenções raras, fotos inéditas e ou­tros objetos que mostram um pouco de como o empreendedor pensava. A mostra fica aberta ao público até o dia 9 de setembro. A expectativa da curadoria é que pelo menos 40 mil pessoas passem pelo local.

A exposição, que já passou pelo Museu da Imagem e do Som, em São Paulo, e pelo Píer Mauá, no Rio, vai conduzir os visitan­tes por uma jornada dividida em cinco células narrativas que re­presentam momentos diferentes da vida do empreendedor: Espi­ritualidade, Inovação, Competi­ção, Fracasso e Negócios.

AseçãodedicadaàEspiritualidade é a primeira parada e mostra uma das facetas mais emblemáticas do em­presário. Lá, o público vai encontrar itens que remetem à sua ligação com o budismo e uma videoinstalação que ilustra a escolha do nome Apple. Nes­sa parte tem algumas curiosidades li­gadas à contracultura dos anos 60 e 70. Ao fundo músicas icônicas de Jef­ferson Airplane, Janis Joplin e Beatles tocamnascaixasdesom, navitrinetu­bos e cartelas de LSD em meio a mi­croprocessadores estampam a face­ta psicodélica do inventor.

É impossível falar da vida de Jobs sem falar de desenvolvimen­to tecnológico. Por isso, no segun­do espaço, dedicado à Inovação, os visitantes vão ter contato com pro­dutos desenvolvidos por ele, que representaram grandes saltos evo­lutivos na tecnologia de informa­ção, como o Apple II, o Macintosh, o iMac e as primeiras gerações do iPod, IPhone e iPad, entre outros.

AseçãoCompetiçãomostraalguns momentospolêmicosqueforamem­blemáticos na vida do inventor, como os constantes enfrentamentos entre a Apple e outros gigantes da tecnologia, como Bill Gates e IBM.

No espaço dedicado ao Fracas­so é possível conhecer o item mais raro de toda a coleção, o Apple 1. Fabricado em 1976, ele foi adquiri­do em um leilão por U$ 213,6 mil, em novembro de 2010, e estará na mostra. Outro destaque é o Lisa, lançado em 1983, como o primeiro computador pessoal a ter um mou­se e uma interface gráfica. O projeto acabou se tornando um dos maio­res fracassos da trajetória de Jobs.

Já a célula Negócios vai exibir pro­dutos revolucionários, que foram su­cesso de vendas e ajudaram a conso­lidar a reputação da empresa, como o MacBook, o MacBook Pró, a Apple TV, e diversas gerações do iPod.

No final da exposição, uma sala vai mostrar o lado mais emotivo e pessoal de Steve Jobs. Por mais de 30 anos, o fotógrafo e amigo próxi­mo, Jean Pigozzi, o acompanhou em seus momentos mais íntimos e conseguiu fotografar imagens iné­ditas que captam a essência desse homem multifacetado, enquanto ele dormia, conversava e brincava com os amigos e a família.

EXPERIÊNCIA

A maioria das pessoas certa­mente já ouviu falar do nome de Jobs. Recentemente vários livros e filmes recontaram a vida e mo­mentos importantes do visioná­rio da Apple. Apesar da exposição não se aprofundar na biografia de Steve, é possível sair de lá ima­ginando um pouco do universo onde o mesmo estava inserido ao longo das décadas que antecede­ram sua morte.

Além de objetos curiosos e raros, como a primeira placa de proces­samento de um computador feito por Jobs, que, segundo a curadoria, vale em um leilão pelo menos 800 mil euros, está exposta juntamente com sua caixa original. Na prática é apenas uma placa cheia de fios e circuitos, mas para amantes da cul­tura geek certamente é um dos te­souros dessa temática. Para o públi­co em geral, não vejo uma grande reação, mesmo com a história de ter sido construído à mão apenas 200 exemplares na garagem de Jobs.

A icônica garagem de Jobs inclu­sive é o tema de uma das atrações mais interessantes e interativas da exposição. Na saída do túnel a ce­nografia reproduziu a entrada bran­ca do portão original onde “tudo começou”. Lá dentro é possível ex­perimentar um óculos de realidade virtual em 3D e interagir com a dita “primeira placa de computador”, uma atração divertida, como um jogo de video game hiper-realista.

PRINCIPAIS CONTRIBUIÇÕES PARA A TECNOLOGIA

A contribuição de Steve Jobs para a popularização da infor­mática pessoal supera a de qualquer outro líder dessa in­dústria - Bill Gates, Steve Woz­niak ou Adam Osborne. O Apple II, de 1977, se transformou num padrão de computador pessoal e foi para uma geração inteira a porta de entrada nesse mun­do digital. Empreendedor in­comum, gênio da tecnologia e visionário, Jobs apostou na sim­plificação máxima da relação homem-máquina ou, na lin­guagem dos especialistas, na interface de usuário. Tudo, para ele, tinha de ser o fácil de usar, ou "user friendly".

Antes de qualquer concor­rente, Steve Jobs conseguia identificar tendências e buscar caminhos em que poucos acre­ditavam - como a associação da informática pessoal com entre­tenimento e mobilidade. Nesse sentido, sua contribuição tal­vez seja maior para a eletrônica moderna do que foi a de Henry Ford, um século antes, para a in­dústria automobilística.

 EXPOSIÇÃO “STEVE JOBS, O VISIONÁRIO”

Quando: 31 de julho a 9 de setembro

Local: Espaço Cultural Brasília, o Iguatemi Brasília

Endereço: SHIN CA 4, Lote A – Lago Norte – Brasília, DF

Entrada: Ingressos a R$ 15,00 (inteira) no site e na bilheteria do shopping

RECONHECIMENTO

Steve Jobs é possivel­mente a pessoa mais co­mentada desde sua mor­te. E provavelmente uma das menos conhecidas e compreendidas: ma­nipulador contumaz da própria imagem e mes­tre em mitificá-la (apro­veitando-se inclusive de traços negativos de cará­ter que outros esconde­riam do olhar público).

Após a morte de Ste­ve Jobs 4,5 milhões de menções foram feitas no Twitter, saíram 65 mil publicações na in­ternet, 290 mil curtidas no facebook, milhares de camisetas foram ven­didas por oito dólares. A morte dele foi anuncia­da em todos os jornais e programas de televisão do mundo. Ele foi apre­sentado como modelo de homem ousado, per­feccionista, criativo, ino­vador. Nota-se que sua fama espalhou-se por todo o mundo.

MORTE

Em outubro de 2003 Jobs foi diagnosticado com câncer de pâncreas. Em julho de 2004 ele foi submetido a uma cirurgia de duodenopancreatectomia, para retirada do tumor. No dia 24 de agosto de 2011 Jobs renunciou à presidência da Apple. Ele espera­va permanecer como presiden­te da mesa de direção da empre­sa, recomendando em sua carta de demissão que Tim Cook fos­se nomeado seu sucessor. Ste­ve Jobs morreu no dia 5 de outu­bro de 2011, na sequência de um câncer pancreático raro que afeta as funções exócrinas do órgão. O anúncio foi dado pela família dele, que disse: “Morreu em paz hoje.” A causa final da morte foi uma parada respiratória. A empresa da qual ele foi fundador e CEO, a Apple Inc., divulgou um comuni­cado separadamente anuncian­do a morte de Steve Job. No mes­mo dia, o site corporativo da Apple recebia os visitantes com uma pá­gina simples mostrando o nome de Steve Jobs, o seu ano de nas­cimento e morte e um dos seus retratos mais famosos. Ao ser cli­cada, a imagem conduzia a uma página com um obituário

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