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ENTRETENIMENTO

Vinhos orgânicos e biodinâmicos

Gosto muito de produtos que respeitam o meio ambiente porque os alimentos orgâ­nicos são aqueles que utilizam, em todos seus processos de produção, técnicas que respeitam a natureza e visam a qualidade do alimento. Desta forma, não são usados agro­tóxicos nem qualquer outro tipo de produto que possa vir a causar al­gum dano à saúde dos consumido­res. Os vinhos orgânicos e biodinâ­micos têm ganhado o paladar dos apaixonados por vinhos em todo mundo. E, não à toa, vinícolas têm investido cada vez mais na produ­ção desses tipos de bebidas que são produzidas a partir de técnicas que respeitam o meio ambiente.

ALERTA

Quero alertar para a comple­ta destruição da legislação am­biental brasileira, que está na mira dos setores mais conservadores que hoje dão as cartas no Planalto Central, seja nos Ministérios, seja no Congresso Nacional.

São ministros que atacam as próprias pastas que representam e parlamentares cujas mais im­portantes ações estão centradas em suprimir direitos de minorias e avançar sobre áreas ambientais protegidas há muitos anos.

Uma ação efetiva para punir os crimes e interromper essa selvage­ria parece não ser a preocupação de nossas “excelências”. É muito difícil enfrentar essa ação coordenada dos ruralistas. O movimento ambienta­lista faz o que pode para tentar se contrapor a essa avalanche.

A sociedade brasileira também precisa reagir, pois essa truculência e avanço sobre direitos adquiridos não se restringem a um proble­ma meramente rural: elas colocam em risco nossa própria existência como país civilizado.

LIVRE DE AGROTÓXICOS

O respeito pelo meio ambiente é muito importante, pois o cultivo de uvas é bem mais saudável, quando são livres de agrotóxicos, hormô­nios e outros produtos químicos. Sua produção respeita o meio am­biente, evitando a contaminação do solo, água e vegetação. A produção usa sistemas de responsabilidade social. A única desvantagem é que os vinhos são mais caros do que os convencionais, pois são produzidos em menor escala e os custos de pro­dução também são maiores.

A viticultura orgânica é um sis­tema de plantio que se baseia não só na videira, mas também na in­teração com a fauna e a flora do ambiente em que a videira cres­ce. Esse cultivo não utiliza defen­sivos químicos, e utiliza a própria natureza e sua biodiversidade no controle de pragas.

O melhor é que não se usa nesse tipo de cultivo defensivos químicos, como inseticidas e fungicidas. Em substituição a eles, se necessário, os produtores orgânicos utilizam a bio­diversidade, o que garante o equilí­brio do vinhedo. O vinho orgânico é idêntico ao de um vinho comum, o que os diferencia um do outro é a pureza da matéria-prima.

BIODINÂMICO E ORGÂNICO

O vinho biodinâmico é orgânico, mas nem todo orgânico é biodinâ­mico. Complicado? Não! A biodinâ­mica parte do cultivo orgânico dos vinhedos, mas vai além disso. Ela trabalha a cultura orgânica somada ao cosmo e à astrologia. A proposta é o retorno às técnicas ancestrais de agricultura. O cultivo da videira leva em conta as fases da lua, as estações do ano e os ritmos da natureza para determinar os momentos mais ade­quados para o plantio, poda e co­lheita. Acho o máximo! Os produ­tores biodinâmicos utilizam uma espécie de homeopatia nos vinhe­dos, o que equilibra as plantações e gera uvas de melhor qualidade, e os resultados são maravilhosos.

O que não é sempre possível é produzi-los em qualquer am­biente. Locais com alto nível de pluviosidade podem dificultar esses tipos de cultivo por ocasio­nar um número maior de apari­ções fúngicas (fungo).

Já o tempo de guarda desses vinhos é muito parecido com o do vinho comum. Por contar com uvas mais sadias, os vinhos orgâ­nicos e biodinâmicos podem ser guardados por um período diver­sas vezes maior.

Para reconhecer se um vinho é orgânico ou biodinâmico, fique de olho em algumas certificações. No Brasil, a certificação mais famosa é a Orgânico Brasil, que diversas viní­colas já possuem. Já internacional­mente, as mais famosas são IMO, para os vinhos orgânicos, e Deme­ter, para os biodinâmicos.

Existem produtores que fazem seus vinhos seguindo esses dois métodos de cultivo e são capazes de produzir vinhos espetaculares mes­mo sem ter nenhuma certificação. Mas acredito que o mais importan­te é tentar buscar referências de cada produtor. Os produtores orgânicos de vinhos consideram a natureza sua aliada, amiga, observam-a, e estão sempre apreendendo com ela, res­peitam seu tempo, suas limitações de solo, água, clima, etc. Percebem as inter-relações que existem entre todos os elementos que compõem o meio ambiente. Eles enfrentam as di­ficuldades impostas pelos limites na­turais e éticos em relação a esse pro­cesso de produção. O produtor, com satisfação e acreditando na proposta, procura produzir economicamente, mas acompanhando e respeitando o ritmo da natureza, atuando e pro­curando encontrar um máximo de equilíbrio com a mesma.

ALMA DO TERROIR

É muito comum que os vinhos orgânicos ou biodinâmicos ofe­reçam uma maior complexidade e autenticidade do que os produ­zidos sob métodos “tradicionais”. Um vinho que respeita a natureza pode revelar o seu terroir. Um vi­nho biodinâmico é um vinho para o qual o produtor não se permite utilizar algum produto químico durante o processo de produção dos vinhos. Ele utiliza apenas com­postos orgânicos feitos de plantas e minerais para ajudar as plantas a lutar contra as pragas.

O vinho orgânico e biodinâmi­co é um produto limpo, saudável, que provém de um sistema de cul­tivo que observa as leis da natureza e todo o manejo da produção e está baseado no respeito ao meio am­biente e na preservação dos recur­sos naturais. Quando um produtor trabalha com os métodos biodinâ­micos, ele trabalha com a força da vida, e não com a força da morte.

Estou convencida de que os vi­nhos biodinâmicos são mais ca­pazes de refletir as especificidades e variedades de cada terroir, uma vez que é o método de produção que fica mais próximo da nature­za. O produtor interfere no proces­so como um maestro conduz sua orquestra ao interpretar uma mú­sica. Desta forma, o papel principal do produtor é interpretar a natureza, entender ano após ano qual é o me­lhor vinho que ela quer nos oferecer.

Penso que os métodos orgâ­nicos e biodinâmicos são o futu­ro para o vinho. O solo fica enfra­quecido cada vez mais pelo uso de produtos químicos e o resultado disso é que cada vez mais fica di­fícil de se manter a qualidade dos vinhos. Não é por acaso que al­guns dos maiores e mais conheci­dos produtores do mundo – como o Château Ausone ou o Domai­ne Romanée Conti – se converte­ram para os métodos biodinâmi­cos. Viva os produtores de vinhos, que produzem o néctar dos deu­ses com poesia, alma e respeitan­do o meio ambiente.


 Receita da semana

 Baião de Dois

 INGREDIENTES

1 xícara (chá) de bacon em cubos

½ xícara (chá) de manteiga de garrafa

1 xícara (chá) de cebola picada

1 e ½ xícara (chá) de carne seca dessalgada, cozida e desfiada e flambada na cachaça (se possível, utilizar carne seca de cordeiro)

1 xícara (chá) de linguiça arte­sanal em cubos

2 xícaras (chá) de arroz Jasmim já pronto

2 e ½ xícaras de feijão de cor­da ou fradinho cozido (reservar o caldo)

2 pimentas de cheiro/dedo-de-moça picadas

2 xícaras (chá) de dadinhos de tapioca em cubos

2 xícaras de chá de queijo coalho

2 xícaras (chá) de banana da terra em cubos

2 colheres (sopa) de coentro picado

2 xícaras de leite

100g de queijo coalho ralado grosso

100g de tapioca granulada

Sal a gosto

Pimenta-do-reino a gosto

Sal a gosto

MODO DE PREPARO

Em uma panela grande e bem quente colo­que o bacon para fritar em fogo bem alto até tostar e soltar a gordura. Reserve o bacon se­quinho. Na mesma gordura, frite a linguiça ate­sanal. Reserve. Cozinhe a carne seca até ficar bem macia. Depois flambe-a na cachaça. De­pois frite as bananas. Reserve.

Coloque a pimenta e, na sequência, a ce­bola até dar uma leve dourada. Leve o leite para ferver em uma panela média, com uma pitada de sal e pimenta-do-reino (lembre-se de que o queijo já é salgado, então use pouco sal). Em um bowl, misture com as mãos a ta­pioca e o queijo. Quando o leite ferver, desligue o fogo, adicione o queijo com a tapioca e mis­ture bem. Assim que estiver homogêneo, dis­ponha o conteúdo da panela em uma assadei­ra forrada com plástico ou papel-filme. Leve à geladeira por cerca de três horas, para firmar bem a massa. Corte em cubos e frite. Reserve.

Comece a colocar todos os ingredientes de volta. Inicie com a carne seca misturando-a bem com a pimenta e a cebola. Depois colo­que o bacon e a linguiça. Adicione a manteiga de garrafa e misture bem. Coloque os grãos de feijão já cozidos. Adicione o arroz. Para umede­cer o prato, adicione um pouco do caldo do fei­jão, mas não exagere muito. Adicione o coentro picado e misture bastante todos os ingredien­tes. Tire do fogo e, por último, coloque o quei­jo coalho. Quando estiver pronto, misture a ba­nana de fritar. Na sequência jogue os cubos de dadinhos por cima do prato e pronto. Sal a gos­to, caso ache necessário.


CAÇAROLAS E VINHOS

JARRA PROMETE DOBRAR A VIDA ÚTIL DO VINHO DEPOIS DE ABERTO

Quando estamos sozinhos e pensamos em abrir uma boa gar­rafa de vinho sempre vem o medo do desperdício. Não é nada legal jogar um bom vinho fora. Agora não precisamos preocupar. Uma jarra foi desenvolvida por uma equipe especializada na bebida e que promete dobrar o tempo de vida do vinho depois de aberto. Eu, que moro sozinha, adquiri o meu produto de imediato.

Batizada de Savino Wine Saving Carafe, o produto pro­mete e mantém o vinho fresco por até uma semana e é pro­duzido em dois tipos diferen­tes de material: vidro e plás­tico de alta qualidade. O que garante, no entanto, a longevi­dade da bebida é um flutuador, que cria uma barreira física en­tre o líquido e o oxigênio e uma tampa hermética.

De acordo com o site do pro­duto, o Savino não tenta con­trolar o ambiente de uma gar­rafa de vinho aberta. Ele, na verdade, cria um ambiente novo para preservar o sabor e aroma da bebida. Na Amazon, o modelo de vidro custa 45,50 dólares e o de plástico 32,70 sem o frete. O produto tem en­trega garantida para o Brasil.

PASTÉIS

Para encontrar os pastéis da Donna Gourmet não é uma ta­refa fácil. Por ficar em um food truck, o Donna está sempre mudando de lugar, parando pe­las ruas de Goiânia ou marcan­do presença em eventos e fei­rinhas. O cardápio eu amei! As chefs são ótimas e fazem uns recheios super elaborados. Não deixe de pedir o pastel com re­cheio de carne maluca, que leva bacon, carne e queijo. Em­bora não sei se vai encontrar, já que o cardápio está sempre em movimento. Tive muita sorte de encontrá-las novamente e ado­rei os pastéis de bacalhau e de brie e damasco. Telefone: (62) 9974-7720.

EMPADA DO ALBERTO

Sempre que vou ao Mer­cado Central não deixo de ir na barraca da Empada do Al­berto. Fundou uma peque­na empresa, há décadas, e se transformou, através da exce­lência em qualidade de seus produtos em um dos mais fa­mosos fabricantes da delicio­sa empada, em cenário goia­no. Adoro a empada de carne de sol, maravilhosa e com sa­bor único.

POLLITO NA BRASA - SÃO PAULO

Esses dias fui almoçar no novo Pollito na Brasa em Pi­nheiros-São Paulo. Pensa em um lugar delicioso, com co­mida reconfortante, ambiente bacana e preços justos! Pois é, este é o novo restaurante que serve frango em diferentes ver­sões! Geralmente quando pen­so em frango imagino sempre algo seco e sem graça. Pois bem, a história lá é bem diferente. P “pollito” deles é úmido, sa­boroso e servido em diferentes versões, como o galeto desos­sado, que você pode escolher dois molhos para acompanhar; o sanduíche com frango frito no pão de brioche e com mo­lho especial é de comer de joe­lhos, o peito de frango é feito no sous vide e depois é leva­do para a brasa. Para acompa­nhar peça a polenta frita, que chega bem crocante à mesa, o milho na brasa, a berinjela com pimentão e cebola e, cla­ro, um vinho branco bem ge­lado. Muito legal também ir no happy hour e comer a coxinha da asa na brasa com molho de mostarda e mel e ouvir boa mú­sica ao vivo. Só sei de uma coi­sa: se você ainda não conheceu o restaurante, vá logo!

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