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O sambista Nelson Sargento, de 96 anos, morreu na manhã desta quinta-feira (27) vítima de complicações da Covid-19. O artista, um dos principais nomes do gênero, estava internado no Instituto Nacional de Câncer (INCA) desde o último dia 20.
Na última quarta-feira (26), o sambista foi transferido para a UTI e precisou ser intubado. Na ocasião, os médicos alertaram que o estado de saúde do artista era grave.
Nelson Sargento foi um dos primeiros cariocas a tomar a vacina contra o novo coronavírus. O sambista já havia recebido as duas doses da vacina, a última em 26 de fevereiro.
"O paciente foi internado no último dia 20, com quadro de desidratação, anorexia, e significativa queda do estado geral. Ao chegar na unidade, foi realizado o teste de covid-19, que apontou positivo", informa nota do Inca.
O artista tratava de um câncer desde 2005, quando foi descoberto um tumor na próstata.
Trajetória
Nascido em 1924, Nelson Sargento é um dos principais nomes do samba brasileiro, com trajetória ligada à escola de samba Estação Primeira de Mangueira – onde ocupava o cargo de presidente de honra.
Ele deu início a trajetória na música ainda na adolescência. Em 1955, ele escreveu o samba-enredo Primavera. Ao longo da carreira, integrou o conjunto A Voz do Morro, ao lado de nomes como Paulinho da Viola, Zé Kéti, Elton Medeiros, Jair do Cavaquinho, José da Cruz e Anescarzinho.
Além de cantor, ele teve uma carreira como escritor, sendo autor dos livros Prisioneiro do Mundo e Um Certo Geraldo Pereira. No mundo das artes cênicas, Nelson esteve nos filmes O Primeiro Dia, de Walter Salles e Daniela Thomas; Orfeu, de Cacá Diegues; e Nelson Sargento da Mangueira, de Estêvão Pantoja.
Pelo último filme, Nelson Sargento ganhou o Kikito, do Festival de Gramado, pela trilha sonora do curta-metragem.
*Com informações do Exame.
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