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O artista japonês Kazuki Takahashi, 60, encontrado sem vida na manhã de quarta-feira, 7, construiu um império com o universo “Yu-Gi-Oh”, febre entre os jovens nos anos 2000. O produto, que nasceu como mangá, transformou-se numa fortuna estimulada em US$ 1,7 bilhão. Takahashi fez seus primeiros desenhos aos 21, na década de 1980, mas definiu seu trabalho numa entrevista à revista Time como uma “vergonha total”.
O corpo dele, vestido com um equipamento de mergulho, foi encontrado flutuando nas águas de Nago, em Okinawa. Segundo a guarda costeira do Japão, havia marcas de mordida no corpo do mangaká, como são chamados os autores de histórias em quadrinhos japonesas. Até o momento, a suspeita é de que sejam de tubarões.
Em meados dos anos 90, o artista publicou "Yu-Gi-Oh!" na revista Weekly Shonen Jump e, com ele, não demorou até chamar a atenção do público. A trama acompanha Yugi Muto, jovem menino que incorpora um espírito com a personalidade de um jogador e que resolve seus conflitos usando jogos místicos.
Com o tempo, a marca começou a ser mais associada ao jogo de cartaz. Em 2009, em seu aniversário de 10 anos, o "Yu-Gi-Oh! Trading Card Game" entrou para o livro dos recordes Guinness como jogo de carta mais vendido da história, com 22 bilhões de cartas vendidas em todo mundo. A Konami estima que, até 2021, o número total de vendas de cartas chegue ao total de 35 bilhões de cartas.
Além do popular jogo de cartas, o mangá também estendeu-se a livros, séries, filmes, videogames e outros derivados. O primeiro anime foi lançado em 1998 na TV Asahi e teve com 27 episódios. No ano seguinte, já famoso, foi lançado o primeiro filme animado da franquia, que ficaram limitados ao público japonês.
Kazuki Takahashi publicou também quadrinho da Marvel. A história imaginava uma viagem de Tony Stark ao Japão a fim de conhecer uma convenção de jogos eletrônicos, na qual conhece o manda-chuva de uma empresa que cria uma máquina mortífera.
