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Estreia nesta quinta-feira, 4, o documentário "Retratos de uma pandemia", exclusivo da Globoplay, que retrata, em cinco episódios, a luta contra uma crise sanitária sem precedentes que vitimou milhões pessoas no Brasil e no mundo.
Em fevereiro de 2020, a Covid-19 se espalhou pelo globo e o primeiro caso no Brasil foi confirmado no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, era apenas o início de uma guerra que viria a fazer centenas de milhares de vítimas nos meses seguintes.
Uma equipe de documentaristas foi a hospitais públicos e privados administrados pelo Einstein, para retratar de perto o trabalho de profissionais da área da saúde que atuam na linha de frente contra a Covid-19.
O supevisor artístico e de conteúdo, Eduardo Rajabally, afirma que o documentário tem o caráter de reflexão e discussão do ponto de vista da ciência.
“Esse projeto é relevante e inédito. Temos um ponto de vista privilegiado de entender como tudo se passou dentro de hospitais de referência nos sistemas público e privado. Ele tem o caráter de reflexão, de discussão, do ponto de vista da ciência, do trabalho dos profissionais da saúde, das sequelas emocionais e psicológicas dessas pessoas”, comenta.
A superlotação dos hospitais no Brasil, falta de oxigênio em Manaus, ambulâncias dando volta em quarteirões em hospitais da Grande São Paulo foram o reflexo do que um vírus pode causar em uma população.
O negacionismo e o impacto negativo que isso trouxe fez com que jornalistas e profissionais da saúde corressem contra a maré da desinformação para dementir teorias da conspiração que não condiziam com a realidade. Foram tantos fatores ao mesmo tempo, que o psicológico de todos os brasileiros se viu abalado em meio a tanta tragédia.
Além disso, a desigualdade social é posta à prova diante da maior pandemia dos últimos cem anos, o cotidiano de quem mora nas favelas e a dificuldade de acesso a itens básicos como máscara e álcool gel para se proteger da contaminação e as ações sociais que distribuíram estes itens e alimentos para a população socialmente vulnerável.
São 140 pessoas entrevistadas, entre elas médicos profissionais de enfermagem, e outros trabalhadores da saúde, acadêmicos, executivos, intelectuais, gestores de saúde e pacientes infectados pelo coronavírus. A série traz o sentimento de angústia vivido nas ondas mais fortes da pandemia, que foram como tsunamis que arrastaram vidas e arrasaram outras.
Além disso, o documentário entrevista a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz Margareth Dalcolmo, o médico sanitarista e professor da Faculdade de Saúde Pública da USP Gonzalo Vecina, a imunologista Ester Sabino, que coordenou o primeiro sequenciamento genético do novo coronavírus no Brasil, e a infectologista Sue Ann Clemens, que liderou testes de vacinas contra a covid-19.
O documentário está disponível na plataforma Globoplay a partir do dia 4 de agosto para assinantes e não-assinantes.
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