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Chefe da cozinha

Meu título pode até ser gastronômico mas não é! Há alguns anos falam que a bateria e o baixo são a cozinha de uma banda, mas como assim? E o que é a “cozinha” de uma banda musical? A “cozinha” é um termo usado para se referir ao conjunto formado por bateria e contrabaixo. A bateria é hoje um dos elementos mais importantes dentro de uma banda. Sabe-se que a bateria surge no ano de 1890. Alguns registros revelam que as baterias foram criadas pelos iranianos há mais de dois mil anos, eles utilizavam jarros de argila, que continham finos cilindros de cobre e bastão de ferro dentro.

Até então, os músicos tocavam tambores de diferentes tamanhos em uma mesma banda. Com a invenção do pedal, o percussionista passou a tocar vários tambores simultaneamente. Por volta de 1930, surgiram as primeiras bateras com formato atual, chimbal, caixa e bumbo. Mas a estrela de hoje não a bateria e sim a pessoa que senta em cima dela o baterista. A verdade é que esta profissão sempre foi muito cobiçada. Para ser baterista é preciso estudar e praticar muito, um bom profissional consegue grande destaque depois de muitos anos de carreira, chegando a um nível profissional invejável, por muitos bateristas mundo a fora.

Alguns dos maiores nomes da profissão

Vamos fazer um retrospecto dos grandes bateristas que fizeram sucesso na profissão. Entre os grandes nomes estão John Bonham ou John Henry Bonham, baterista do Led Zepelim; Outro que não podemos deixar de citar é Ringo Starr ou Richar Starkey que integrou os Beatles, e é considerado uma lenda viva; Kenny Clarke conseguiu introduzir a bateria no jazz e criar um novo gênero, o Bepop; além da criação desse novo gênero, Clarke é apontado também como o primeiro baterista a usar o ride, que nada mais é do que o prato da bateria, que marca o tempo da música.

Outros nomes como Bernad Buddy Rich que também ia na linha do jazz, no entanto, diferente de Clarke, Rich fazia parte da Era do Swing, e se caracterizou por sua velocidade e habilidade para temas mais complexos. Rich fez parcerias com Frank Sinatra, Tommy Dorsey, Harry James e outros nomes da música.

Um dos bateristas que podemos citar por exemplo no Brasil é Marco Aurélio Mendes, mais conhecido Bacalhau, do Ulturaje a Rigor. Outro nome no Brasil que não podemos esquecer é de Realcino Lima Filho, o Nenê, que além de ter tocado com nomes como Tom Jobim e Elis Regina foi responsável por adaptar ritmos tradicionais do Brasil para serem tocados na bateria.

Goiás é um seleiro

Goiás é reconhecido como um seleiro de grandes nomes na percussão no Brasil, um deles o baterista Moacir Brito Nascimento mais conhecido como Moka. "Eu sou um profissional muito dedicado, pratico todos os dias de duas a três horas, lembro que nós tempos áureos dos grandes bailes de carnaval eu ficava tocando por mais de cinco horas seguidas sem cansar. Já incentivei muitos músicos Brasil a fora, um deles foi o artista Léo Jaime onde pude ensinar a ele a pratica da percussão’’.

Não seria exagero afirmar que Moka é um dos bateristas mais completos do Brasil. Outro nome muito conhecido em Goiás é o percussionista Sergio Pato que hoje é um dos pesquisadores dos ritmos brasileiros com ênfase nos ritmos regionais do cerrado. Seu começo foi tocando em bandas de rock como, Oficina de Luz e Língua Solta. Pato já tem vários carimbos em seu currículo mundo a fora, inclusive acabou de chegar de Pirenópolis onde esteve trabalhando no canto da primavera.

"Em 1987 fui convidado pelo diretor Marcos Fayad para integrar o projeto Martin Cerere, onde fizemos uma turnê nacional em 1988, fomos agraciados com prêmio Manbembe em parceria com artista plástico Siron Franco. Temos também Rubens Duarte Filho o Rubinho como ele é chamado pelos amigos. O baterista iniciou sua carreira muito jovem, tocou nas bandas Primeira Pedra, os caras legais é Mother Fish.

Eu acho que o maior desafio do baterista é a disciplina e dedicação, além de muito estudo como qualquer outro instrumento. Aprendi a tocar sozinho, na verdade eu queria mesmo era tocar guitarra mas acabei virando baterista kkkkkkk’’, diz Rubinho.

No dia 20 de setembro é comemorado o dia mundial do baterista e esta data não poderia passar em branco, pela importância que este profissional tem dentro de uma banda, que chega a ser classificada como o coração da própria, pois dita o ritmo da música. Alguns estudiosos defendem a relativa facilidade em aprender a tocar o instrumento, no entanto, alertam para o nível de dedicação, se possível diária, para o aperfeiçoamento. A ideia de ter domínio da coordenação motora e não apenas o conhecimento das notas musicais ou leitura de partituras que estimulam as pessoas a optarem pela bateria quando decidem investir na música, seja por hobby ou de maneira profissional.

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