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Abrir os olhos de fora para dentro

Diário da Manhã

Publicado em 18 de janeiro de 2018 às 21:53 | Atualizado há 4 meses

Despertar significa sair da inércia, acordar para alguma realidade. Para despertar é preciso ação abrir os olhos para o movimento, para o verbo. Esse é o objetivo das in­tervenções do Circuito Desper­tar para o Amanhecer, abrir os olhos de fora para dentro, des­pertando os sentidos. Os solos são parte de uma trilogia ainda inacabada, criação da atriz San­dra Santiago, que faz a última apresentação dos solos Crônicas de um cativeiro e Sobre Sonhos e Passagens, nos dias 19 e 20 de janeiro (sexta e sábado), no Tea­tro Zabriskie, em Goiânia.

A trilogia Despertar é resulta­do de investigações da artista so­bre autoconhecimento e sobre o que de fato é a vida. “Os solos bus­cam transmitir para o público, por meio dos sentidos, experiên­cias de navegação para dentro de si”, conta Sandra Santiago. Para a atriz, a real natureza da existên­cia é uma das questões funda­mentais do processo de criação de Crônicas de um cativeiro e So­bre Sonhos e Passagens…

O primeiro dos três espetá­culos estreou, em 2013, quando a atriz vivenciava o corpo ges­tante. Em Crônicas de um Ca­tiveiro, a personagem utiliza a comunicação oral como princi­pal forma de conexão com a pla­teia. Desta maneira, a palavra constrói ambiência para a tra­ma emocional, que se desenvol­ve sugestiva de encarceramento provocado por questões ilusó­rias. “O processo auto-reflexivo experimentado pela persona­gem instala confrontos e termi­na por conduzi-la à ressignifica­ção simbólica de caminhos, na busca de leveza e de uma vida mais saudável”, comenta.

Dois anos depois, Sandra Santiago estreou Sobre Sonhos e Passagens… um solo de apro­fundamento na investigação do corpo como instrumento sa­grado e como principal veículo de comunicação da experiência sensorial e energética encena­da na trilogia. Neste ponto mais avançado da história, em sua jornada questionadora da na­tureza imaterial da existência, a personagem se depara com uma revelação jamais imaginada.

“Esta revelação será com­partilhada com o público no solo Cosmonauta, que fecha a série Despertar da consciên­cia”, informa a atriz. De acordo com ela, a montagem do tercei­ro espetáculo será alavanca­da pela apresentação dos solos antecedentes, potencializando o processo criativo de Cosmo­nauta. Além de performance nos dias 8 e 9 de dezembro, no Sonhus Teatro Ritual, o Circui­to Despertar da Consciência tem mais uma rodada prevista para o início de 2018.

Bastante atuais, as questões afloradas em Trilogia Despertar querem provocar a necessida­de de reflexão sobre a natureza da vida. Para a atriz, espetáculos que compartilham experiências individuais de transformação são capazes de agir na resolução de problemas sociais da chama­da “mente coletiva”. “Como um impacto do microcosmo no ma­crocosmo”, ressalta.

 

CIRCUITO DESPERTAR DA CONSCIÊNCIA: CRÔNICAS DE UM CATIVEIRO E SOBRE SONHOS E PASSAGENS…

Data: 19 e 20 de janeiro

Horário: 20 horas

Local: Teatro Zabriskie (Avenida Antônio Martins Borges, Setor Pedro Ludovico)

Entrada Livre com contribuição espontânea no chapéu da artista

 

FICHA TÉCNICA

 

Direção: Alexandre Augusto

Atuação: Sandra Santiago

Iluminação: Rodrigo Assis

Cenário: Jhony Robson e Lucas Arango

Figurino: Tânia Collyer e Elmira Inácio

Fotografia: Layza Vasconcelos

Registro de Vídeo: DOM Filmes

Design: Ateliê Enconstrução

Assessoria de Imprensa: zeroum comunicação

Produção: ZABETA Criações

Realização: Família Santiago Santos Circo Teatro

 

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