Advogado mistura poesia, capoeira e denúncia em sustentação no TJGO
Redação Online
Publicado em 16 de julho de 2025 às 16:00 | Atualizado há 5 horas
A 2ª Câmara Criminal do TJGO viveu um episódio incomum na terça-feira (15/05). O advogado Jales Java dos Santos Lacerda Caliman, ao atuar em causa própria, uniu poesia, capoeira e um discurso inflamado em sua sustentação oral. Com óculos escuros, recitou versos e acusou o Judiciário de “perseguição” e de manter uma “ficha criminal fabricada”.
Java responde a processos por ameaça, infração de medida sanitária, desobediência, desacato, fraude processual e porte de drogas. O caso ganhou projeção após sua prisão em flagrante, em 2021, ao se recusar a usar máscara em uma UPA de Ceres. No TJGO, ele pediu o trancamento da ação penal e a exclusão de registros criminais anteriores ao alegar violação de prerrogativas.
No encerramento da fala, o advogado surpreendeu ao executar movimentos de capoeira diante dos desembargadores. Disse: “A gente leva rasteira, tem delas que vem pra matar. Mas quando a rasteira não mata, aproveite pra se levantar.” Segundo ele, o gesto representou resistência frente a abusos institucionais. O pedido também incluiu ofícios ao CNMP, CNJ e à Corregedoria do TJGO.
O caso aguarda decisão judicial. O episódio dividiu opiniões nas redes: parte do público celebrou a originalidade; outra criticou a informalidade no espaço jurídico. O vídeo circula amplamente e reacende o debate sobre limites e formas de expressão nos tribunais.
Vídeo: Divulgação/TJGO