Arte, Cultura e História com o mundo mágico do cinema mudo em Pirenópolis
Redação DM
Publicado em 30 de setembro de 2018 às 01:57 | Atualizado há 7 anos
De 28 a 30 de setembro, acontece em Pirenópolis a Mostra de Cinema Silencioso da Cinemateca Santa Dica. O evento oferece um programa cultural inusitado ao público goiano e de Brasília, agregando a experiência do imaginário memorável do cinema mudo ao charme bucólico e pitoresco da cidade histórica. Serão três dias de programação intensa, envolvendo exibição de filmes e atrações artísticas no Cine Pireneus, a ainda debates, oficina, projeções na rua e festa com música e projeções de filmes das vanguardas. O programa contempla todos os públicos, de cinéfilos à comunidade e aos turistas, com acesso gratuito a todas as atividades. A realização do evento conta com apoio institucional do Fundo de Arte e Cultura de Goiás.
A Mostra de Cinema Silencioso tem curadoria de Andros Anderson e Ciro Inácio Marcondes, que buscaram privilegiar um panorama amplo de gêneros e estilos, do drama à comédia, do terror à ficção científica, com filmes significativos das primeiras três décadas de história do cinema, numa geografia que contempla Brasil, Alemanha, Suécia, Japão, Rússia, França e Estados Unidos.
A mostra oferece a experiência ímpar de assistir na telona ao antológico Limite, de Mário Peixoto, considerado por muitos críticos ao redor do mundo uma das maiores obras primas do cinema brasileiro. O programa apresenta dois filmes em sessões especiais, o hilariante Marinheiro de Encomenda, de Buster Keaton, com acompanhamento musical ao vivo, realizado pelo pianista Serge Frasunkiewicz, na sexta-feira, e o inesquecível O garoto, de Charles Chaplin, que será exibido após apresentação de performance de sapateado clássico, pela dançarina Olivia Orthof, no sábado. Haverá sessões exclusivas para crianças, com filmes de animação da época, e projeções de curta-metragem na fachada da Igreja Matriz, levando o cinema à rua, retomando seu contexto de origem.
PROJEÇÃO
No sábado, o evento promove uma festa com música e projeção de filmes no jardim, promovendo a interação entre público e imagens no contexto social, como era no cinema de atrações do século 19. A curadoria oferece assim uma ampla experiência histórica do cinema, por meio dos filmes e dos acontecimentos que os envolvem. Na sessão de abertura, os curadores farão um bate-papo com o público, aberto para explorar um pouco mais sobre as impressões e o conhecimento do universo do cinema silencioso.
Andros Anderson é produtor cultural, professor e pesquisador de cultura visual, mestre pela Universidade de Brasília, radicado há oito anos em Pirenópolis, onde desenvolve projetos de educação e cultura, com foco em literatura, fotografia e cinema. Em 2013, fundou a Cinemateca Santa Dica, coordenando desde então projetos de audiovisual na cidade, e em 2017, fundou a Lucarna Casa Editorial, especializada na publicação de livros de arte, com o objetivo de impulsionar a Cultura Visual em mídia impressa na região Centro-Oeste.
Ciro I. Marcondes é professor, crítico e pesquisador de cinema e história em quadrinhos, doutor em Comunicação pela UnB, com passagem pela Sorbonne, assina semanalmente a coluna ZIP do portal Metrópoles, e é editor do site Raio Laser, referência em crítica de histórias em quadrinhos.
PROGRAMAÇÃO:
Dia 30, domingo
10h – Ervas Flutuantes (Yasujiro Ozu, JAP, 1934, 120 min) – Cine- Pireneus.
15h – Lírio Partido (D.W. Griffith, EUA, 1919, 90 min) – Cine- Pireneus.
18h – Metrópolis (Fritz Lang, ALE, 1927, 120 min) – Cine-Pireneus.