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Casagrande abre o coração e desabada sobre dependência química: ‘A droga escolhia por mim’

Redação Diário da Manhã

Publicado em 4 de julho de 2025 às 15:31 | Atualizado há 7 horas

Walter Casagrande, de 62 anos, abriu o jogo sobre dependência química. O comentarista esportivo participou do “Sem Censura”, da TV Brasil, desta quinta-feira (3), e relembrou sua luta e internações clínicas para se livrar do vício em drogas.

“Eu não pedi ajuda, eu não percebi. Eu sofri um acidente, capotei o carro em cima de seis veículos em setembro de 2007. Eu adormeci. […] Não sei o tempo certo, mas eu já estava 15 dias ou 1 mês me drogando o tempo todo. Não bebia água e não comia nada porque a minha droga de escolha naquele momento era injetável”, iniciou.

“Eu desmaiava 5h da manhã, acordava 14h, ia para a cozinha, via alguma coisa para comer, a água e seringa. Aí batia aquela dúvida, mas estava totalmente tomado pelo vício, então já não tinha escolha. A droga escolhia por mim, então, eu ia para a droga”, continuou ele.

Na sequência, Casagrande contou que, após o acidente, foi levado para um hospital, mas acordou em uma clínica psiquiátrica sem saber a localização. “Muito revoltado inicialmente com aquela conversa: ‘Po, eu não sou viciado. Eu paro a hora que eu quiser. Eu preciso trabalhar. Estou com saudade da minha mãe'”, disse.

“Quando você estava lá fora não ligava para sua mãe nem pai. Só ia pegar droga e agora você está com saudade? Você está aqui para se tratar, meu amigo. Isso é justificativa para você poder sair”, disparou uma psicóloga quando o comentarista deixou a clínica.

O famoso ainda afirmou que começou a reconhecer seus próprios limites: “Eu ia debatendo, conversando, aprendendo. Aprendi que minha segurança era eu saber o limite da minha liberdade. Hoje eu sou totalmente livre, só que sei até aonde eu posso ir com a minha liberdade. Eu sei a hora de me retirar. Nunca saí com as pessoas e pedi ‘por favor, não bebe porque não posso ver’. Aprendi que as pessoas não têm nada a ver com isso. É um problema interno, meu. Sou eu que tenho que saber a hora de ir, e eu consigo isso hoje”.

“Eu era muito isolado, ficava trancado na minha casa. A estratégia final foi minha psicóloga passar na minha casa porque eu tinha que ir ao teatro ou cinema toda sexta-feira e sábado. ‘Não adianta falar que não vai, que tá cansado’. Comecei meio forçado, e passei a ir quinta, sexta e sábado. Começou a ter terça… eu troquei o prazer da droga pelo da cultura”, finalizou.


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