Cia. Theatro Gradiva apresentará peça, hoje e amanhã, às 20h, no Teatro Goiânia

A Companhia de Theatro Gradiva, com produção do Núcleo Freudiano de Psica­nálise em Goiânia e da Casa de Cultura Atíllio Zampero­ni, promove hoje e amanhã, às 20h, no Teatro Goiânia, a peça “Antinomia: As lágrimas de Heráclito e o Riso de Demó­crito”. Os ingressos custam, in­teira, R$ 40,00, e meia-entrada, apenas R$ 20,00. Eles podem ser adquiridos de forma ante­cipada na Belgian Dash PUB – Rua 91, 184, Setor Sul. Telefo­ne: 62 9 8146-1316.

O texto é do padre Antônio Vieira. A história retrata um epi­sódio do ano de 1674. Na cor­te da rainha da Suécia, Cristina Alexandra, instalada em Roma. É ela a rainha quem propõe o debate entre os padres Antô­nio Vieira e Girolamo Cattaneo. Ambos da Companhia de Jesus. Em tempo: Demócrito ria sem­pre ou Heráclito, que sempre chorava. É esse sofisticado texto que será apresentado, sob a di­reção do inventivo e celebrado Renato Mendonça Lucas.

Registro: a rainha, luterana, surpreende o mundo ao abdicar ao trono, em 1654. Mais: depois de ter renunciado à religião de origem para aderir ao catolicis­mo. A corte é levada até Roma. Próxima ao Papa, Cristina Ale­xandra é a anfitriã. Provocadora de espetacular debate. O centro da peça. Trata-se de um emba­te temático dos amigos Vieira e Cattaneo. Eles o fazem como exercício do pensar. Uma vez que ambos sabem que na vida o que há são as antinomias.

CONTRADIÇÃO

Antinomia quer dizer con­tradição. Entre princípios e doutrinas, diz Renato Men­donça Lucas. “Em Psicanáli­se, sempre freudiana, se re­conhece que nas contradições e encruzilhadas são que as principais questões humanas estão postas. Um tema ins­tigante que temos a preten­são de transmitir Psicanálise, usando da arte, para uma ten­tativa de mais, ainda bem di­zer a linguagem fundada por Freud.”