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Cordel do Fogo Encantado divulga clipe plano de Raiar ou O Vingador da Solidão

Redação

Publicado em 19 de julho de 2018 às 23:57 | Atualizado há 7 anos

O grupo Cordel do Fogo Encan­tado lança mais um material audio­visual referente ao disco Viagem ao Coração do Sol. Desta vez, trata-se do clipe plano de Raiar ou O Vin­gador da Solidão, terceira faixa do álbum responsável pelo retorno da banda. O vídeo foi realizado pela parceria de três empresas, Backer Design & Motion, Estúdio Orra e Phatom Five Art, e conta a jornada do personagem Vingador da Soli­dão rumo ao encontro da Liberda­de, a Filha do Vento.

Filmado por entre bosques e flo­restas de Engenho Pombal, no inte­rior de Pernambuco, em Bonança, o vídeo retrata um mundo bastante particular, composto por diferentes elementos que dão o tom místico para o guerreiro vivido pelo artista e perfomer pernambucano, AoruAu­ra. “Passamos um total de sete dias isolados no Engenho Pombal, onde trabalhamos em umas oito locações em meio à natureza. E para criar a atmosfera que precisávamos no cli­pe, contratamos também mais dois artistas: Iezu Kaeru, responsável pe­las esculturas de pedra, e também o pessoal do Coletivo Boikot ,que fez a grande escultura de madeira. Ficou tudo lindo. Foi muito mágico”, conta Pedro Melo, da Phatom Five Art e da Backer Design & Motion.

Raiar ou O Vingador da Soli­dão fala sobre o raiar de um novo dia, fortalecendo a ideia de nova existência, que permeia todo o disco Viagem ao Coração do Sol. Além disso, discorre sobre o ca­minho de um guerreiro de vol­ta pra casa, sobre as experiências de vida que viveu e também fala sobre o quanto o processo de de­sapego do passado para compo­sição de uma nova vida é árduo e dolorido, mas recompensador.

Cordel do Fogo Encantado par­ticipa do Festival de Inverno de Ga­ranhuns nesta sexta, 20, no Palco Dominguinhos. A turnê passa por Portugal nos dias 27 e 28 de julho, e continua no Brasil para shows em João Pessoa no dia 17 de agos­to, Fortaleza no dia 22 de setembro, Paraty no dia 29 de setembro e Na­tal no dia 12 de outubro.

SOBRE O CORDEL DO FOGO ENCANTADO

No ano 1997, em Arcoverde, sertão de Pernambuco, no Nor­deste brasileiro, surgiu um grupo cênico-musical, compartilhando o teatro e a poesia oral e escrita dos cantadores e ritmos afro-in­dígenas da região. E, dessa mis­tura, nasceu o espetáculo: Cor­del do Fogo Encantado.

Cordelé sinônimo de história de um povo em forma de poesia. Enquanto Fogo é o elemento mais representativo do lugar de origem e da intenção músico-poética in­constante e mutável do grupo. Já Encantador ressalta a visão fantás­tica e profética dos mistérios entre o céu e a terra.

Por dois anos, o espetáculo, su­cesso de público, percorreu o inte­rior pernambucano.

No carnaval de 1999, o Cordel se apresentou no Festival Rec-Beat, em Recife, e adaptou a narrativa do Fogo Encantado aos palcos de rua. Nisso, a estreia no carnaval pernam­bucano chamou a atenção da críti­ca, e o que era, até então, sucesso regional, ultrapassou as fronteiras, ganhando visibilidade em outros estados e a condição de revelação da música brasileira.

Foi quando a banda consolidou sua formação definitiva com os ar­coverdenses José Paes de Lira (Liri­nha), Clayton Barros e Emerson Ca­lado, e os percussionistas recifenses, Nego Henrique e Rafael Almeida (do Morro da Conceição).

Através da poesia de Lirinha, a força do violão de Clayton, a refe­rência rock de Emerson e o peso da levada dos tambores dos ogãs Rafa e Nego Henrique, o Cordel do Fogo Encantado passou a per­correr o país, conquistando a to­dos com suas apresentações úni­cas e antológicas. Surpreendendo não somente, pela ousada mistura sonora, mas também pela intensi­dade cênica de seus integrantes e os requintes de um projeto de ilu­minação e cenário.

Em 2001, com a produção mu­sical de Naná Vasconcelos, o grupo lançou seu primeiro álbum: Cordel do Fogo Encantado. A evolução ar­tística ampliou ainda mais o alcan­ce do som da banda que, atuando de forma independente, por onde passava, ganhava mais público e atenção da mídia.

Em 2003, o grupo lançou seu segundo registro de estúdio: O Pa­lhaço do Circo Sem Futuro, co-pro­duzido pelos próprios integrantes e por Buguinha Dub e Ricardo Bo­lognine. O álbum foi considerado pela crítica especializada um dos mais inventivos trabalhos musi­cais produzidos nos últimos anos. Em turnê, seu show ganhou proje­ção internacional, com apresenta­ções na Bélgica, Alemanha, Fran­ça e Portugal.

Em outubro de 2003, o Cor­del do Fogo Encantado lançou o DVD MTV Apresenta, o primei­ro registro audiovisual da banda. Transfiguração, terceiro álbum, lançado em setembro de 2006, com produção de Carlos Eduar­do Miranda e Gustavo Lenza, e mixagem de Scotty Hard, vem transformar, ainda mais, a linha tênue entre poesia, artes cênicas e música, firmando o Cordel do Fogo Encantado como um dos grupos mais representativos no cenário da música independen­te nacional.

Entre os prêmios conquistados pelo grupo estão o de banda revela­ção pela APCA (2001), melhor gru­po nacional pelo BR-Rival (2002), Caras (2002), TIM (2003), Quali­dade Brasil (2003), bicampeona­to do prêmio Hangar (2002 e 2003) e APCA, como melhor compositor nacional, Lirinha (2006).

No cinema, a banda participou do filme de Cacá Diegues, Deus é Brasileiro,e do documentário O Ho­mem que Engarrafava Nuvens, de Lírio Ferreira.Em fevereiro de 2010, após 13 anos de trabalho ininter­rupto, a banda anunciou a parali­sação de suas atividades.

No início de 2017, o Cordel do Fogo Encantado voltou a se reunir para a criação do novo disco, Via­gem ao Coração do Sol, lançado em abril de 2018. No momento, a ban­da segue em turnê.

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