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Direitos das crianças

Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2018 às 00:24 | Atualizado há 7 anos

Elijah tem 7 anos e, diferen­temente da maioria das crian­ças, não gosta muito de mágica. É porque ele acredita que um feiticeiro mau habita seu corpo, o levando a fazer coisas ruins. A vida de Elijah não foi fácil até agora e, afastado de sua mãe biológica, uma imigrante nige­riana na Inglaterra, ele pulou de casa em casa até encontrar o casal Nikki e Obi. A relação en­tre todos estes personagens é o cerne de “Onde as mulheres são reis”, romance de Christie Wat­son que chega às livrarias em fe­vereiro pela Bertrand Brasil.

Obi e Nikki já passaram por três abortos espontâneos; ele é negro e descendente de nige­rianos, e ela é branca e ingle­sa. Ao conhecer Elijah, o casal logo percebe que ele precisa de todo o amor possível – e que eles estão mais do que dispos­tos a dar. Mas só amor talvez não seja o suficiente e, à medida que o passado trágico do meni­no vem à tona, a família terá que enfrentar desafios que talvez se provem difíceis demais.

Watson alterna sua narrativa entre as vozes de Elijah e Nikki, sua mãe adotiva, além de incluir também algumas cartas escri­tas para o menino por Debo­rah, a mãe biológica. Com uma narrativa delicada e ao mesmo tempo sombria, a autora discu­te temas difíceis, como o choque entre diferentes culturas, confli­tos raciais, a complexidade do sistema de adoção, abuso infan­til e doenças mentais.

AUTORA

Christie Watson é escritora e enfermeira pediátrica. Ganhou o Malcolm Bradbury Memorial Bursary em 2007 e, desde en­tão, publicou contos e outros es­critos em diferentes periódicos. Ganhou o Costa Book Award, na categoria Romance de Estreia, com “Tiny sunbirds far away”. “Onde as mulheres são reis” é seu segundo livro. Leciona Es­crita Criativa em diversas insti­tuições, como Birkbeck Univer­sity, Groucho Club e Cambridge University. Vive em Londres.

RECEPÇÃO

“Christie Watson pinta um re­trato de um mundo dividido por questões de classe, raça e credo. (…) O livro vai se tornando cada vez mais convincente, mais som­brio e inesperadamente cômico à medida que um poderoso gru­po de personagens injeta humor e obstáculos bem críveis em um drama muitas vezes doloroso e árduo.” New York Times

“Um livro sofisticado e mul­tifacetado que vai ao cerne da questão: em que consiste uma família e até onde iremos para amá-la?” — Kirkus Reviews

 

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