Ele canta, dança e representa

O ator e comediante Lu­cas Veloso entorna ca­risma por onde passa. Tem ares daquele amigo desco­lado, que anima qualquer en­contro. No entanto, ele faz mais do que isso: encena, conta pia­da, canta, toca, faz imitações e até dança, se preciso for. Na curta trajetória como artista, já mostrou tudo isso, tanto na TV, como no teatro. E na noite de hoje, ele promete divertir o pú­blico goiano com seus amplos talentos, no espetáculo “Cóce­gas no Cérebro”, que será ence­nado às 21 horas, no Teatro Ma­dre Esperança Garrido.

Em cena, Lucas conta piadas sobre o cotidiano e investe nas sempre bem vindas e proposital­mente caricatas imitações de ce­lebridades. Porém, neste ponto também é versátil, pois busca in­vocar os trejeitos e timbres, tan­to de artistas icônicos, a exemplo de Luiz Gonzaga, Maria Bethâ­nia e Michael Jackson, como das estrelas do pop da atualidade. E suas performances inspiradas na drag queen Pabllo Vittar e na du­pla sertaneja Henrique e Juliano sempre arrancam risadas.

Contudo, além de entreteni­mento, o espetáculo também promete trazer emoção, em um quadro que sugere uma viagem no tempo, em Lucas se “tele­transporta” para o show de seu pai, o comediante Shaolin, que perdeu a vida no começo de 2016, por complicações de um aciden­te de carro ocorrido em 2011 e ti­rou do comediante a capacida­de de se comunicar e locomover. “É mágico poder dividir o palco com ele (seu pai) mais uma vez”, disse Lucas, em entrevista ao DMRevista.

TRAJETÓRIA

Carismático e irreverente, Lucas Veloso, aos 21 anos, tem vivido momentos interessantes na carreira pois, tem sido escala­do para projetos que ressaltam o “timing” para fazer rir. Sua veia cômica natural roubou a cena na primeira novelaque fez, Velho Chico. Graças aos improvisos corriqueiros durante a gravação, seu personagem no folhetim, também chamado Lucas, en­trou para história ao imitar Sil­vio Santos em pleno horário no­bre da Rede Globo.

Ano passado, mostrou mais versatilidade, quando teve a chance de viver o Didico, perso­nagem inspirado no Didi, de Re­nato Aragão, em um remake para o Canal Viva de Os Trapalhões. Além disso, o ator viveu dias in­tensos – tanto no pessoal como no emocional – quando partici­pou do quadro do programa Do­mingão do Faus­tão, Dança dos Famo­sos, do qual foi vice-cam­peão.

N e s t a oportunida­de, além de encantar jura­do e público com a desenvoltura na dan­ça, conquistou sua par­ceira no reality, Nathalia Melo. E, Lucas Veloso, despoja­do como é, pediu com sucesso a dançarina em namoro no ar.

Para este ano ele, chegou tinindo e promete novidades. Em março, ele estreia novo show de humor “Tudo de Novo” e também tem um projeto no “forno” para TV, do qual, ainda não pode falar muito. “Mas vai ser sensacio­nal”, garante.

ENTREVISTA LUCAS VELOSO

DMRevista – Além das clássi­cas imitações de Maria Bethânia, Luiz Gonzaga, você se preocu­pa em trazer novas celebridades como Pabllo Vittar ao seu espetá­culo. O que te faz ter vontade de imitar uma personalidade?

Lucas Veloso– Quanto mais marcante for, mais vontade vai dar de imitar. As pessoas ten­dem a gostar de personalidades fortes e diferente do que vemos todo dia, estou sempre caçando esses fenômenos.

DMRevista– Como é que se prepara para as imitações?

Lucas Veloso– Às vezes estu­do muito, e às vezes ela acontece. Muitas das imitações faço por­que sou fã do artista, como no caso de Geraldo Azevedo, Bethâ­nia ou Henrique e Juliano. Acho que tem gente que eu ainda nem sei que sei imitar.

DMRevista– Neste show você faz uma homenagem a seu pai Shaolin, quando faz uma viajem no tempo. O que este momento representa para você?

Lucas Veloso– Pra mim é má­gico poder dividir o palco com ele mais uma vez, acho que é uma mensagem que a plateia leva pra casa muito maior do que só uma homenagem. É o valor da família ultrapassando o tempo.

DMRevista– Como foi dar vida a Didico. Focou em uma in­terpretação mais personalizada, ou se preocupou ser fiel ao Didi de Renato Aragão?

Lucas Veloso– Tive a liberda­de pra criar, já que eu não esta­va imitando o Didi, o Didico é apenas um discípulo Trapalhão. Acho que eu me considero meio Didico, acho que qualquer hu­morista é discípulo dos Trapa­lhões.

DMRevista– Com Didico, sen­tiu o carinho das novas gerações, ou foi mais um momento de nos­talgia para matar a saudade dos fãs dos Trapalhões?

Lucas Veloso: Consegui con­quistar um público que sempre sonhei em ter, que é o público in­fantil! É simplesmente fascinante o carinho das crianças.

DMRevista– Em Velho Chico, você inovou ao trazer suas imi­tações – até de Silvio Santos – às novelas. Levou um pouco do Lucas real, para o perso­nagem de mesmo nome. Tudo isso nasceu do im­proviso ou já estava ro­teirizado?

Lucas Veloso: Foi muito impro­viso, eu brinca­va muito nos bastidores e o nosso di­retor, Luiz F e r n a n ­do Carva­lho adorava as brincadei­ras, então me deu certa car­ta branca pra que eu brincasse bastante e pudes­se inovar levando imitações pro per­sonagem.

“CÓCEGAS NO CÉREBRO” COM LUCAS VELOSO

Quando: Hoje, às 21h

Onde: Teatro Madre Es­perança Garrido (Av. Contorno, 241 – St. Central)

Ingressos: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada)

Informações: (62) 3212-3531