Famosos que nos deixaram
Diário da Manhã
Publicado em 31 de dezembro de 2017 às 04:40 | Atualizado há 4 meses
Vários artistas que ajudaram a sintetizar a alma de várias gerações através de seus trabalhos tiveram as carreiras encerradas em 2017. Seja na televisão, no cinema, no teatro ou na música, todos ficaram eternizados por aquilo de bom que conseguiram deixar em virtude de muito trabalho. Casos como o do jornalista Marcelo Rezende, que lutava contra um câncer de fígado, são exemplos de como é grande a comoção do Brasil diante da perda de figuras que acompanhamos diariamente através da tecnologia. Marcelo tinha 65 anos, e descobriu a doença em maio de 2017. Sofreu falência múltipla de órgãos no dia 16 de setembro, enquanto tratava a doença através de terapias alternativas à quimioterapia. Além de Marcelo, vários ícones da cultura de Goiás, do Brasil e do mundo, nos deixaram este ano. Confira:
MUNDO
O músico norte-americano Chuck Berry, um dos pioneiros do rock, morreu no dia 18 de março, aos 90 anos. É apontado como um dos guitarristas mais importantes da história, e foi encontrado inconsciente em casa, em Wentzville. O ator britânico John Hurt, que atuou nas franquias Harry Potter e Alien morreu no dia 27 de janeiro, aos 77 anos. Ele foi indicado ao Oscar de melhor ator por seu trabalho em O Homem Elefante e também ficou conhecido como narrador do filme Dogville, de Lars Von Trier. Em 2015 ele foi diagnosticado com câncer de pâncreas.
No dia 20 de julho de 2017, Chester Bennington, vocalista e fundador da banda norte-americana Linkin Park, tirou a própria vida. O grupo de metal alternativo ficou mundialmente conhecido em meados dos anos 2000, através do álbum Hybird Theory, com o sucesso da música ‘In The End’, que ficou entre as mais tocadas do planeta. Bennington era um amigo próximo de Chris Cornell, da banda Soundgarden, que também cometeu suicídio por enforcamento no dia 18 de maio. A data de morte de Chester coincide com o aniversário de Cornell, que faria 53 anos.
ARTES CÊNICAS
No dia 9 de maio, o ator Nelson Xavier, morreu aos 75 anos na cidade de Uberlândia. Ficou conhecido por papéis no cinema (interpretou Chico Xavier na cinebiografia de 2010) e na televisão (atuou nas telenovelas Senhora do Destino, A Favorita, Babilônia, entre outras). Ele foi vítima de um câncer de pulmão. O humorista Paulo Silvino tinha 78 anos quando morreu, no último dia 17 de agosto. Ele ficou famoso por papéis como Severino, em Zorra Total, e também enfrentava um câncer. A atriz, cantora, maquiadora e drag queen Rogéria nos deixou no dia 4 de setembro. Ela estreou no cinema nos anos 1960, no filme Enfim Sós… Com o Outro, e havia participado de várias novelas e seriados.
A atriz Eva Todor tinha 98 anos, e morreu no dia 10 de dezembro devido a uma pneumonia. Ela já estava com um quadro de saúde delicado, e sofria de parkinson e alzheimer. Ficou conhecida pelas novas gerações principalmente por sua atuação na telenovela O Cravo e a Rosa, de 2000, no papel de dona Josefa, a mãe de Dinorá (Maria Padilha). Márcia Cabrita, 53 anos, era atriz e humorista, e faleceu devido a um câncer de ovário no dia 10 de novembro. Ela trabalhava na televisão desde o início da década de 1990, e entre seus papéis de destaque está a empregada Neide, do seriado Sai de Baixo.
MÚSICA BRASILEIRA
No dia 19 de janeiro o Brasil foi surpreendido com o assassinato da cantora Loalwa Braz, vocalista do grupo Kaoma, responsável pelo estouro mundial do ritmo lambada. Ela foi queimada viva por um funcionário recém contratado para trabalhar em sua pousada, que fica em Saquarema, no Rio de Janeiro. A cantora deixou hits como ‘Dançando Lambada’ e ‘Chorando se foi’, e era lembrada por sua alegria e presença de palco. Um dos ícones da Jovem Guarda, o cantor Jerry Adriani, morreu aos 70 anos no dia 23 de abril de 2017. A morte foi comunicada pela família em uma página de rede social do cantor. Ele iniciou sua carreira nos anos 1960, através do conjunto Os Rebeldes. Jerry estava internado em um hospital no Rio de Janeiro para tratar de um câncer.
O cantor e compositor cearense Belchior, que nos últimos dez anos havia abandonado a carreira pública e mudado várias vezes de cidade, faleceu aos 70 anos no dia 30 de abril, na cidade de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. Autor das canções ‘Apenas um rapaz latino americano’ e ‘Como Nossos Pais’, segue emocionando fãs de todas as idades. No dia 16 de julho, em Aracaju, a cantora Eliza Clívia e o marido, o baterista Sérgio Ramos, morreram em um acidente de carro. Ela tinha 37 anos e ficou conhecida como vocalista da banda Cavaleiros do Forró. A polícia concluiu que o motorista dela foi o responsável pelo acidente, pois não estava atento à sinalização da via. Eliza havia iniciado carreira solo poucos meses antes de morrer.
No dia 19 de maio, o radialista, músico e apresentador Kid Vinil morreu aos 62 anos, depois de ficar internado por mais de um mês devido a uma parada cardíaca. Ele passou mal depois de um show na cidade de Conselheiro Lafaiete. Kid Vinil tornou-se um símbolo do rock brasileiro nos anos 1980, quando foi vocalista das bandas Verminose e Magazine. O cantor e compositor carioca Luiz Melodia, autor de sucessos como ‘Pérola Negra’ e ‘Estácio Holly Estácio” morreu aos 66 anos no dia 4 de agosto. Ele enfrentava um câncer de pâncreas, e havia resistido a um transplante de medula óssea, mas não estava respondendo bem à quimioterapia.
GOIÁS
O cineasta João Henrique Pacheco, de 26 anos, morreu na manhã do dia 22 de setembro. Ele foi hospitalizado após sofrer um acidente devido a um buraco, enquanto pedalava na Rua 10, Centro, no dia 24 de julho. Menos de um mês antes do acidente, João havia sido premiado na Mostra ABD, que acontece paralela ao Fica, na categoria Melhor Edição e Montagem pelo filme experimental Família S2, um trabalho minucioso realizado através de colagens de grupos de família do Whatsapp. Outro importante artista goiano que nos deixou em 2017 foi o diretor e teatrólogo Hugo Zorzetti, que morreu no último dia 5. Ele tinha 69 anos, e trabalhava com teatro desde a década de 1960. Um de seus trabalhos mais recentes, Todo o Brilho do Entardecer, foi concluído em 2016.