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Feliz Ano Novo! É o momento de celebração!

Diário da Manhã

Publicado em 27 de dezembro de 2017 às 22:45 | Atualizado há 4 meses

O Ano Novo está se apro­ximando e é hora de fazer um balanço dos últimos meses, desfrutar de alguns dias de folga e pensar sobre os novos objetivos e de­sejos para o ano que vem. O réveillon de 2018 está chegan­do e promete grandes emo­ções, muitas pessoas gostam de passar a noite da virada, no litoral, fazer rituais de pular ondas, fazer 12 pedidos com a fruta romã e guardar na car­teira, jogar flores para Ieman­já. Porém, talvez a tradição mais famosa e mais adotada seja o brinde com vinho espu­mante, em especial o autênti­co champagne.

O ato de estourar a garrafa na virada do ano é um costume enraizado na cultura mundial e uma deliciosa ceia, um abra­ço desejando muitas alegrias e prosperidade para todos. Aí me lembrei de uma frase do físi­co alemão Albert Einstein. “Não existem sonhos impossíveis para aqueles que realmente acredi­tam que o poder realizador resi­de no interior de cada ser huma­no, sempre que alguém descobre esse poder algo antes considera­do impossível se torna realidade.”

Mais do que um costume da virada do ano, o espumante acompanha celebrações há sé­culos. É bastante conhecido o gosto da aristocracia europeia pelo vinho em momentos es­peciais de todos os tipos. Se vol­tarmos ainda mais no tempo, a preferência da alta sociedade ro­mana pelo vinho é extensamen­te documentada, e a bebida se fazia obrigatória em qualquer ocasião de comemoração.

Entretanto, o vinho espu­mante foi criado apenas no sécu­lo XVI e levou aproximadamente dois séculos até que fosse aperfei­çoado e se transformasse numa versão mais próxima da bebi­da que conhecemos hoje atra­vés do método Champenoise.(O método Champenoise foi desen­volvido na França, na região de Champagne, onde nasceu este vinho tão especial por suas bo­lhas e seu charme. Foi o único método de elaboração disponí­vel até o surgimento de práticas industriais que levaram ao mé­todo Charmat, explicado adian­te). Curiosamente, os primeiros champagnes não eram produzi­dos na França, mas sim na Ingla­terra, pois os ingleses possuíam a tecnologia e o conhecimento para a produção de garrafas de vidro resistentes o suficiente para aguentar a pressão do CO2 du­rante a fermentação da bebida.

Mais caro do que o vinho tra­dicional, o champagne rapida­mente ganhou status de produto de luxo no meio da alta socieda­de. Era a bebida preferida da no­breza e dos mais privilegiados. Além de significar status, ela logo começou a ser usada em festivi­dades. A realeza adorava a novi­dade e acreditava que a bebida trazia efeitos positivos para a be­leza das mulheres e inteligência dos homens.

A partir da Revolução Indus­trial, com o início de uma cultu­ra de consumo na sociedade, a imagem do champagne come­çou a ser trabalhada para simbo­lizar ascensão social entre a clas­se média. A bebida se tornou um medidor de status ao qual todos aspiravam alcançar e estava no centro da sociedade burguesa.

Mesmo que o champagne te­nha adotado diferentes carac­terísticas e significados ao lon­go dos séculos, muitas vezes por motivos puramente comerciais, sua associação com alegria e festividades se mantém viva até hoje, desde o início do costume na Monarquia do século XVIII. Seja quebrando uma garrafa no casco de um navio para batizá­-lo ou banhando vencedores de uma corrida de F1, a comemo­ração com espumante consegue passar tanto alegria quanto uma ideia de santidade a qualquer evento. A efervescência, junto de sua coloração dourada clara, re­força ainda mais o apelo festivo.

Embora não exista registro oficial de quando, exatamente, a tradição de estourar vinho espu­mante no Reveillón começou, é fácil entender porque as festas de virada do ano adotaram o espu­mante como uma de suas mais importantes tradições. É bem provável, ainda, que o evento e o vinho caminhem junto des­de sempre, já que sempre houve a associação com eventos come­morativos. Com a sua popula­rização e grande quantidade de marcas disponíveis de todos os preços, o vinho espumante se tornou mais acessível à popula­ção de todas as classes e a tradi­ção cresceu ao longo dos anos, transcendendo o apelo de luxo e status, embora não abandonan­do completamente.

Tudo na bebida evoca come­moração e felicidade, traços ca­racterísticos da chegada do novo ano. O próprio ato de estou­rar uma garrafa de espuman­te é uma celebração por si só, e o brinde com os amigos e fami­liares fortifica o sentimento de união e amor entre os próximos. Há quem diga que o vinho es­pumante esbanja vida na taça, e por isso é um costume tão espe­cial e adorado quando termina a aguardada contagem regressiva e o relógio bate 0h.

Assim como as etapas do crescimento se sucedem, desde o nosso nascimento, as etapas de nossa evolução interior tam­bém de sucedem como se fos­sem uma espiral, a cada volta, atingimos um patamar superior e podemos fazer de nossa cami­nhada pela vida, poemas e po­esias que conversam e rimam entre si. E nada melhor do que finalizar esta última coluna Pra­zeres à mesa de 2017, com o po­ema do poeta Carlos Drumond de Andrade: “Para sonhar um ano novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê­-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, expe­rimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.” É isso aí!

Eu desejo a todos os meus lei­tores que toda a esperança, emo­ções, vitórias e alegrias caiam como uma enorme chuva uni­versal, tornando o mundo um lugar melhor para se viver. De­sejo do fundo do coração que a promessa deste novo ano que se anuncia seja cheia de esplendor e magia. Você quer que 2018 seja um ano maravilhoso? Então faça dele um ano incrível. Uma coisa é certa: seja você amante ou não do vinho, provavelmente não consegue imaginar a festa de vi­rada do ano sem a famosa bebida com borbulhas. Tim-tim!


Receita da Semana

 

Pavê de Limão

Muitos de nós costumamos sair na noite de ano novo para algum restaurante, praia ou festa. Mas também temos a tradição de juntar toda a família em casa e fazer aquela reunião cheia de comidas e bebidas, para quem vai re­ceber amigos e família em casa, separei uma receita doce e bem simples da minha avó, para deixar a sua noite ainda mais maravilhosa.

INGREDIENTES:

  • 1 lata de leite condensado (395 g)
  • 1 lata de creme de leite (ou 2 caixinhas pe­quenas)
  • 100 ml de suco de limão (mais ou menos 3 limões grandes)
  • Raspas de limão para decorar
  • 200 g de biscoitos Maizena

MODO DE PREPARO:

  • Bata no liquidificador o suco de limão, o creme de leite e o leite condensado.
  • Cubra o fundo de um recipiente de vidro com biscoitos Maizena, coloque o creme de li­mão por cima, depois faça outra camada com biscoitos e cubra novamente com o creme de li­mão, vá fazendo as camadas até acabarem os biscoitos e o creme.
  • Decore com raspas de limão, cubra o reci­piente com uma tampa ou plástico filme.
  • Leve ao congelador por aproximadamente 3 horas. Sirva!

 


Dicas de Espumantes para a celebração do Ano Novo

 

Final de ano chegando, festa à vista e é hora de ir às compras de vinhos e espumantes. Então, você lembra que passou o ano inteiro bebendo alguns e simplesmen­te não lembra o nome dos espu­mantes que gostou!? Eu sei bem como é isso, então para ajudar nessa árdua tarefa, selecionei al­guns espumantes e champagnes para você não fazer feio, seja na festa de família ou com seus ami­gos ou com seu amor.

SALTON EVIDENCE BRUT

Nariz citrino com nuances de flores brancas, tudo muito sutil e delicado convidando a levar a taça á boca. Na boca é fino, equi­librado, bom colar de espuma, muito boa perlage, fina, regular e consistente que nos massageia a boca com pequenas agulhas e mostra nuances tostadas, algo de padaria e bem mineral com um final onde desponta algo de maçã verde e muito boa acidez.

ESPUMANTE SANTA JULIA BRUT

Não é nenhum grande espu­mante, nem se propõe a isso, há que se tirar o chapéu para eles já que conseguiram elaborar um es­pumante com qualidades, pelo menos a meu ver, que agrada bas­tante. É um saboroso corte de Pi­not Noir com Chardonnay e Viog­nier, que chama a atenção na taça por sua tonalidade amarelo pa­lha, brilhante, porém com laivos rosados, provavelmente advindos do alto porcentual de Pinot usado no corte. Perlage abundante, fina e muito persistente. No nariz é tí­mido com leves nuances florais, certamente uma característi­ca trazida pela Viognier. Na boca é muito agradável, balanceado, cremoso, saboroso e refrescante com algo de frutas tropicais.

MIOLO CUVÉE TRADITION BRUT

Esse espumante brasileiro tem uma excelente qualidade. Tem aromas de pão tostado, que lem­bram os espumantes mais com­plexos. Esse é encontrado facil­mente nos supermercados.

CAVE GEISSE BRUT

Aromas muito agradáveis, com um leve brioche intermediado por algo cítrico, nuances doces (mel) e toques florais muito sutis e ele­gantes. Na boca é cremoso, acidez maravilhosa que aporta um incrí­vel frescor, balanceado, final mui­to saboroso, delicado com notas minerais e muito longo. Um espu­mante muito fino e sedutor tendo apresentado um leve amargor fi­nal que não chegou a incomodar.

PIZZATO BRUT ROSÉ

Feito no Sul do Brasil, é um es­pumante rosé intenso. Esqueça aqueles levinhos. Se você quer algo mais potente, com uma cor cereja que vai deixar a taça com um visu­al bem bacana, essa é a pedida.

CHANDON EXCELLENCE

Um senhor espumante que consegue juntar o frescor e ca­racterística cítrica dos espu­mantes nacionais com a com­plexidade dos franceses, não fosse a casa produtora originá­ria de lá. Este não peca pela au­sência de constância e a cada vez que o provo ele se mantém neste alto nível. Perlage mui­to boa, fina e abundante, mos­trando que o método charmat pode sim gerar espumantes muito elegantes, formando um colar de espuma atraente na taça. Mineral bem presente, cí­trico invocando laranja confi­tada, algo de fermento e brio­che com nuances tostadas compõem uma paleta olfativa bastante complexa e delicada. Já na boca é cremoso, gostosa textura, um produto de muita qualidade que seduz os mais exigentes e termina muito fres­co com algo de frutas secas e novamente aquela presença gostosa de notas minerais.

CHAMPAGNE POMMERY ROYAL BRUT

Champagne francês brut. Uma mistura harmoniosa de vinhos Chardonnay (aproxi­madamente 1/3), Pinot Noir e Meunier, o Brut Royal reúne quase 40 champanhas diferen­tes e 3 anos de envelhecimento na adega, revelam todas as suas qualidades. Refrescante e ativo, vivaz é complacente e prolon­ga-se no paladar, anunciando um equilíbrio frutuoso.

 


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