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Gripe e imunização

Diário da Manhã

Publicado em 9 de abril de 2018 às 01:22 | Atualizado há 4 meses

Goiânia passa por um perío­do chuvoso no qual algu­mas doenças encontram condições para se proliferar. O mo­tivo é que as chuvas fazem com que as pessoas se aglomerem mais em ambientes fechados e os vírus se espalhem com maior facilidade. Por exemplo, começou a chover e um grupo de 200 pessoas está em um transporte coletivo superlota­do, a tendência é que se fechem as janelas e com isso os vírus podem infectar mais pessoas.

A gripe H1N1 está deixando a po­pulação preocupada e as filas para tomar as vacinas estão enorme. Mui­tas pessoas estão procurando a ini­ciativa particular de saúde e pagan­do pela imunização, já que a vacina no sistema público não é para to­dos, apenas para grupos de risco. A campanha no SUS em todo o país foi adiada, a data prevista era dia 16 de abril e devido a problemas com a en­trega das doses foi remarcada para o dia 23 deste mês. Até o momento no estado de Goiás foram 3 mortes, outros 32 casos já foram confirma­dos e mais 77 estão sob investigação.

No Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde, o número total de casos confirmados de influen­za até o final de outubro de 2017 foi de 2.412, sendo pacientes com uma mediana de idade de 45 anos – faixa etária que não é contempla­da pela vacina oferecida no Progra­ma Nacional de Imunizações (PNI). Dentre os casos de influenza, tive­mos predomínio para o vírus in­fluenza A (H3N2) com 64,5% e in­fluenza B com 25,4%, sendo assim responsáveis por quase 90% dos ca­sos. O estado com maior número de óbitos por influenza foi São Paulo, com 35,8% dos registros.

GRIPE E RESFRIADO

A gripe e o resfriado são doen­ças respiratórias, mas são causa­dos por diferentes vírus. Em geral, a gripe é pior do que o resfriado co­mum, e os sintomas são mais inten­sos. As pessoas com resfriado são mais propensas a apresentar sin­tomas como nariz escorrendo ou entupido. Os resfriados geralmente não levam a complicações de saúde, como pneumonia, infecções bacte­rianas ou hospitalizações.

A gripe pode ter complicações as­sociadas muito graves. Os sintomas da gripe podem incluir febre alta ou sensação de febre/calafrios, tosse, dor de garganta, nariz entupido, do­res musculares ou corporais, dores de cabeça, fadiga (cansaço), sendo uma doença potencialmente fatal.

Apesar dos sintomas incômo­dos, o resfriado não é considerado uma doença grave, e raramente gera complicações. A maior parte dos pa­cientes sequer precisa de medica­mentos para se recuperar. O resfria­do comum pode ser causado por mais de 200 tipos de vírus. É por isso que ficamos resfriados tantas vezes ao longo da vida.

OS VÍRUS DA GRIPE E IMUNIZAÇÃO

A gripe é causada, principalmen­te, por quatro cepas do vírus influen­za: 2 cepas A (H1N1 e H3N2) e 2 li­nhagens B (Yamagata e Victoria). E, como esses vírus estão em constan­te mudança de um ano para outro, novas vacinas precisam ser produ­zidas anualmente e por isso é im­portante se vacinar contra a gripe todos os anos. Anualmente, a com­posição das vacinas de gripe é de­finida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para 2018, a OMS anunciou que houve modificação na cepa A H3N2.

Atualmente, os Estados Unidos e a Europa passam por um dos mais intensos surtos de gripe com altas taxas de casos confirmados e hos­pitalizações. De outubro de 2017 a 3 de março de 2018, os EUA tiveram 24.664 hospitalizações confirmadas por Gripe (Influenza).Já na Euro­pa, desde outubro de 2017, foram confirmados 20.312 casos de gripe e 11.434 hospitalizações.

Segundo a Organização Mun­dial de Saúde, a imunização é a for­ma de prevenção mais efetiva con­tra a gripe e, para isso, existem dois tipos de vacinas contra a gripe: a tri­valente e a tetravalente. A vacina trivalente protege contra três ce­pas do vírus influenza. Para 2018, a OMS definiu a composição da vaci­na com duas cepas de influenza A (H1N1 e H3N2) e uma linhagem de influenza B (Yamagata). Ela é ofe­recida gratuitamente pelo Progra­ma Nacional de Imunizações (PNI) nos postos de saúde para crianças de 6 meses a 5 anos de idade, ges­tantes, mulheres até 45 dias após o parto, profissionais de saúde, por­tadores de doenças crônicas não transmissíveis, indígenas, pessoas acima de 60 anos e professores das escolas públicas e privadas.

A vacina tetravalente está dis­ponível na rede privada e possui proteção contra quatro diferentes cepas do vírus influenza: 2 cepas A (H1N1 e H3N2) e 2 linhagens B (Yamagata e Victoria), o que sig­nifica 1 linhagem B a mais que as vacinas trivalentes. Sabe-se que as linhagens B foram responsá­veis por quase 30% dos casos de gripe no ano de 2017.

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