Lau e Eu lança álbum de estreia, Selma, com os sentimentos da fase adulta
Redação
Publicado em 29 de maio de 2018 às 23:16 | Atualizado há 7 anos
A banda Lau e Eu, que tem à frente o artista Lau, de Aracaju, lança seu primeiro álbum, intitulado Selma. Composto por nove faixas, que totalizam quase 27 minutos, o trabalho se reveste da mistura do eletrônico com pop experimental, e apresenta camadas com referências nos anos 80, MPB, R&B e rock, resultando numa sonoridade próxima ao indie com nuances explosivas. Tem como alguns dos produtores Léo Airplaine (Plástico Lunar e The Baggios), Dieguito Reis (Vivendo do Ócio; é também baterista da banda) e Guerra (Fresno).
Lau, que tem apenas 20 anos de idade, mudou-se para São Paulo há cerca de um ano, sem conhecidos pela cidade, para realizar o sonho de conquistar novos espaços com a música. Em Aracaju, deixou sua avó Selma, dona do áudio de um minuto que introduz o álbum.
“Minha estreia é uma homenagem a minha avó, com quem vivi junto por 19 anos. Mesmo triste com a minha partida, ela é uma das pessoas que mais me apoiam. Por isso dei seu nome ao disco. Selma significa também proteção em germânico”, explica Lau.
As músicas, em sua maioria compostas por ele, trazem o sentimento vivido ao sair de uma cidade pequena do Nordeste para morar numa cidade grande como São Paulo. O artista descobre as dificuldades de estar sozinho, e da tentativa de viver da sua arte. Neste processo, sua experiência inclui, por exemplo, moradia em casa de conhecidos, cortiços e até ocupação.
“Falo de infância, relacionamentos e frustrações da vida adulta; além do que venho descobrindo junto com os meninos de Lau e Eu. É um trabalho que pretende ser o mais humano, honesto e autêntico possível. Quero mostrar para as pessoas quem eu sou, o que guardo aqui dentro. Acho que a capa exemplifica bem isso, é uma foto da foto do meu aniversário de oito anos, bastante natural, que tem aquela cara de vó mesmo, em que eu estou com amigos e família cantando Parabéns para Você. Tem bastante nostalgia ali”, diz.
São cinco músicas autorais e uma versão da música Quarto Azul, da banda Plástico Lunar, que tem ainda participação especial de Bento Andami, cantor de R&B. Galf, um rapper do interior da Bahia, é outro participante, e divide os vocais com Lau na música Perdizes. Luca Bori, baixista de Vivendo do Ócio, é o responsável pelos graves em Tremores e AG Franco/Atalaia Nova. O álbum foi gravado em diversos estúdios: Toca do Bandido, no Rio de Janeiro; Concha, do Guerra, em São Paulo; e Ori, em Aracaju; além do quarto de Léo Airplaine, que reside também em Aracaju.