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Mudança Criativa: Estilistas trocando de lugares no cenário da moda

Redação DM

Publicado em 29 de março de 2018 às 23:03 | Atualizado há 6 meses

Durante os últimos meses, o mercado criativo da moda teve uma espécie de toma lá dá cá, onde vários estilistas saí­ram e trocaram de casa depois de anos de contribuição não só para a moda, mas como para a arte.

O que se vem discutindo de um tempo seria como os estilistas conseguem manter a linha criati­va da marca e mesclar com a con­temporaneidade e toque do novo criador, que às vezes pode pas­sar por cima da estética clássica, como houve com a Dior e Maria Grazia Chiuri, mas que agora tem se adequado ao new look da grife. É quase certo que ainda tenham mais mudanças este ano, e mais para frente as questões criativas e de vendas, além de, claro, ques­tões opinativas.

Um dos estilistas a optar pela mudança de Maison foi Kris Van Assche, que esteve na Dior Homme durante 11 anos e agora será realocado pelo grupo LVMH, responsável pela marca, em outra grife da holding. Van Assche esteve desde o início da linha, em 2001, como assistente de Hedi Slimane (hoje na Céli­ne) e substituiu-o em 2008, mes­clando o melhor da alfaiataria contemporânea com o savoir faire da Christian Dior.

Em seu lugar entra Kim Jo­nes, confirmado no dia 19 de março como seu sucessor. Ele, que desde 2011 esteve na linha masculina da Louis Vuitton, produziu coleções na maison que ultrapassaram a expectati­va de quem acompanha a grife. Por exemplo, a coleção em par­ceria com a marca de streetsty­le nova-iorquina Supreme, a qual deu um frisson em toda internet, virando item de dese­jo de inúmeros jovens apaixo­nados por moda, em razão de ver blogueiras renomadas uti­lizando em semanas de moda e em seus looks diários. A pega­da mais jovial fez bem à linha masculina, uma vez que dados de uma empresa de consulto­ria de luxo confirmaram que as vendas aumentaram 5%, e isso na crise econômica que o mundo está passando é muito para uma grife de luxo. A pes­soa encarregada de substituí-lo na Vuitton será Virgil Abloh, o primeiro estilista afrodescen­dente na Louis Vuitton, que também tem sua marca cha­mada Off White, a qual desfi­la desde 2015 no Paris Fashion Week. Virgiil, de acordo com CEO da grife, Micheal Burke tem o potencial de fazer uma ligação entre o clássico e o es­tilo contemporâneo.

Christopher Bailey, ex-Burber­ry que também deixou a marca britânica depois de 17 anos, sen­do substituído por Riccardo Tisci em estratégia comercial para mu­dar o estado de baixa vendagem atual, substituindo brutalmente o estilo que levava, de algo clássi­co e elegante para provavelmente uma pegada mais gótica e rebelde.

Carolina Herrera também anunciou recentemente que, após 37 anos de trabalho em sua grife homônima, se afastaria da direção criativa, porém que não se aposentaria. A venezuelana deixará seu cargo nas mãos de Wes Gordon, ex-consultor da marca de 31 anos, e há um ano na casa. Carolina Herrera foi fa­mosa por vestir celebridades in­fluentes da época, como mulher de presidentes e artistas da tele­visão, com seu estilo único e re­conhecível, sendo uma mistura da cultura americana com um toque venezuelano.

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