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Neurologistas apresentam programa para prevenir ou estagnar avanço do Alzheimer

Redação

Publicado em 9 de junho de 2018 às 01:31 | Atualizado há 7 anos

A genética é um dos principais fato­res que causam medo quando se trata de Alzheimer, mas ela representa apenas 10% dos casos da doença. E mesmo nes­tes casos, é possível adiar seu avanço em mais de uma década. Estas são algumas das conclusões dos neurologistas Ayesha e Dean Sherzai que são abordadas no li­vro “A solução do Alzheimer”, lançamen­to da Editora BestSeller.

Após 15 anos de pesquisa e prática, a dupla mostra como a medicina de es­tilo de vida pode evitar e tratar doenças cognitivas, especialmente o Alzheimer, por meio do programa Neuro (Nutrição, Exercícios, Descontração, Restauração e Otimização). O que eles defendem é que o que comemos, a frequência com que nos exercitamos e a qualidade do sono são determinantes para a saúde do cérebro.

“Embora seja mais fácil colocar a cul­pa de uma doença tão devastadora em um único gene, essa falsa crença está vi­timando milhões de pessoas. A verdade é muito mais difícil de aceitar: estamos le­vando o Alzheimer para nossos lares por meio das escolhas que fazemos todos os dias. Mas a verdade também é libertado­ra, pois coloca o controle novamente em nossas mãos”, alertam os autores no livro.

Ayeasha e Dean citam o caso da ci­dade de Loma Linda, a 96 quilômetros de Los Angeles, considerada uma das mais saudáveis do mundo. Desde a dé­cada de 1950, organizações como a So­ciedade Americana de Câncer e Institu­tos Nacionais de Saúde vêm analisando a região em busca de respostas às doen­ças crônicas que explodiram em outras localidades, mas que deixaram a comu­nidade intacta. As pesquisas chegaram a importantes conclusões sobre estilo de vida, longevidade e prevenção de doenças crônicas. Apenas Sardenha, na Itália, Okinawa, no Japão, Ikaria, na Grécia, e Nicoya, na Costa Rica, estão na mesma categoria de Loma Linda e recebem o selo “zona azul”.

Além do desgaste emocional, os au­tores destacam os custos financeiros no combate às doenças cognitivas. Eles afirmam que o Alzheimer é, de longe, a mais cara a ser administrada, com valo­res atingindo 226 bilhões de dólares nos Estados Unidos em 2017, e 604 bilhões em todo o mundo.

“A solução para o Alzheimer” chega às livrarias neste mês de junho.

Ayesha Sherzai é codiretora do pro­grama de saúde cerebral e preven­ção de Alzheimer da Universidade de Loma Linda, onde coordena o pro­grama de estilo de vida para preven­ção de doenças neurológicas. Possui dupla formação, em medicina pre­ventiva e em neurologia pela mesma universidade. Além disso, concluiu o mestrado em metodologia de pesqui­sa avançada na Universidade da Cali­fórnia, em San Diego.

Dean Sherza é codiretor do progra­ma de saúde cerebral e prevenção de Alzheimer da Universidade de Loma Linda, instituição na qual foi diretor do centro de memória e envelhecimento. É formado em neurologia pela faculdade de medicina da Universidade de Geor­getown e obteve bolsas de pesquisa em doenças neurodegenerativas e demên­cia nos Institutos Nacionais de Saú­de da Universidade da Califórnia, em San Diego, onde estudou sob orienta­ção do Leon Thal, um dos mais reno­mados pesquisadores do mundo nes­se segmento, e do Dilip Jeste, psiquiatra e maior especialista mundial em enve­lhecimento cognitivo.

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