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O BRASIL DOS BEBERRÕES

Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2018 às 00:15 | Atualizado há 7 anos

Dados do Ministério da Saúde mostram que o hábito de consumir ex­cessivamente bebidas alcoóli­cas vem crescendo ano a ano no Brasil, que está entre os 10 países onde há maior consu­mo de álcool do mundo. Se­gundo a avaliação, quase 20% dos brasileiros estão entre os que bebem demais.

Com o intuito de conscienti­zar a população sobre o uso de bebidas alcoólicas e seus male­fícios, no dia 18 de fevereiro dá­-se início a “Semana Nacional de Combate ao Álcool”. É importan­te esclarecer que o alcoolismo é uma doença crônica e multifa­torial. Isso significa que diver­sos fatores contribuem para o seu desenvolvimento, incluindo a quantidade e frequência de uso do álcool, a condição de saúde do indivíduo e fatores genéticos, psicossociais e ambientais.

Segundo a coordenadora do curso de psicologia da Faculdade Estácio, Andréia Mendonça, in­formação é a ferramenta essen­cial na luta contra a dependên­cia do álcool. “Uma das melhores formas de combate é falar do as­sunto, demonstrar que o depen­dente tem escolhas, disponibi­lizar dados que tem aumentado cada dia mais”, afirma.

O álcool é um grande fator de risco para o desenvolvimen­to de diversas doenças, sendo muitas delas bem graves. Da­nos no sistema nervoso, gastri­tes e úlceras, danos hepáticos, pancreatite e diabetes, altera­ções circulatórias, ateroscle­rose e câncer são algumas das enfermidades que podem apa­recer pelo seu uso excessivo.

Além disso, a dependência causa grande impacto na vida do indivíduo e também daque­les que estão ao seu redor. A fa­mília, em especial, é peça-cha­ve tanto na prevenção do uso nocivo, como nos casos em que o problema já está instalado. “Inclusive, não são poucas às vezes em que o tratamento ini­cia-se pela família, principal­mente porque o indivíduo não aceita seu problema, não reco­nhece que o uso de bebidas al­coólicas lhe traz prejuízos ou está desmotivado para buscar ajuda”, comenta Andreia.

O tratamento eficaz pode fa­zer com que o paciente nunca mais volte a beber. O doente pre­cisa passar por um processo de­sintoxicante e também psicológi­co para que os comportamentos mentais que o fizeram beber não se repitam. A abordagem do tra­tamento deve contemplar a parte física e psicológica. “Vale lembrar, porém, que a dependência do ál­cool pode ser tratada e controla­da. Existem diversos programas e profissionais habilitados para ajudar nesse desafio”, conclui a coordenadora do curso de psico­logia da Faculdade Estácio.

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