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"O sequestro do Voo 375": o filme que conta a história do “11 de setembro brasileiro”

O longa narra a tentativa de um homem de jogar um avião contra o Palácio do Planalto em 1988, para matar o então presidente José Sarney

Divulgação/Star Distribution Divulgação/Star Distribution

Um dos casos mais marcantes da aviação brasileira chegou às telas do cinema nesta quinta-feira (7). O filme “O Sequestro do Voo 375” narra a história real de um homem que tentou realizar um atentado ao Palácio do Planalto em 1988, mas foi impedido pelo piloto Fernando Murilo.

O longa é dirigido por Marcus Baldini, que já assinou sucessos como “Bruna Surfistinha”, “Os Homens São de Marte… e É Pra Lá que Eu Vou” e “O Homem Perfeito”. O elenco conta com Danilo Grangheia, César Mello, Jorge Paz, entre outros.

Confira o trailer:

A trama se baseia nos fatos que ocorreram no dia 29 de setembro de 1988, quando o voo 375 da extinta VASP fazia sua última escala em Belo Horizonte, antes de seguir para o Rio de Janeiro. A bordo, havia 98 pessoas, entre passageiros e tripulantes.

Um deles era Raimundo Nonato Alves da Conceição, um maranhense de 28 anos, que estava revoltado com a situação econômica e política do país. Armado com um revólver calibre 32, ele anunciou o sequestro da aeronave e exigiu que os pilotos mudassem a rota para Brasília, com o intuito de jogar o avião contra o Palácio do Planalto, onde ficava o presidente José Sarney.

O sequestrador invadiu o cockpit e matou o copiloto Salvador Evangelista, que tentou comunicar o ocorrido ao controle de tráfego aéreo. O piloto Fernando Murilo, então, teve que lidar com a situação sozinho, tentando acalmar o sequestrador e buscar uma forma de salvar a vida de todos.

Para isso, ele realizou manobras arriscadas, como um giro de 360 graus e uma queda em espiral, na esperança de desestabilizar o sequestrador. Ele também acionou um código de emergência que alertou as autoridades sobre o sequestro.

O avião foi perseguido por um caça da Força Aérea Brasileira, que tinha ordens de abater a aeronave caso ela se aproximasse de Brasília. Porém, o piloto conseguiu convencer o sequestrador a pousar no aeroporto de Goiânia, alegando falta de combustível.

Ao desembarcar, Raimundo usou o piloto como escudo humano, mas foi atingido por um tiro da Polícia Federal. Ele morreu no hospital, enquanto o piloto sobreviveu com ferimentos leves. Nenhum outro passageiro ou tripulante ficou ferido.

O filme é uma homenagem ao piloto Fernando Murilo, que foi considerado um herói nacional e recebeu diversas condecorações por sua bravura. Ele faleceu em 2011, aos 63 anos, vítima de um câncer.

O diretor Marcus Baldini disse que o filme é o “11 de setembro brasileiro”, em referência ao ataque terrorista que derrubou as Torres Gêmeas em Nova York, em 2001. Ele afirmou que o filme é um thriller de ação, mas também um drama humano, que mostra as motivações e os sentimentos dos personagens envolvidos.

O filme contou com a consultoria de especialistas e testemunhas do sequestro, além de um vasto material de pesquisa, como entrevistas, depoimentos, fotos e vídeos. O filme também recriou com fidelidade a aeronave, o cockpit, os uniformes e os cenários da época.

O filme já está em cartaz nos cinemas de todo o país.

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