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Observadores? Livres? Solitários? Territorialistas?

Redação DM

Publicado em 6 de agosto de 2018 às 21:48 | Atualizado há 7 anos

Na próxima quarta-feira, 8 de agosto, é o Dia Internacional do Gato. Criado em 2002 pela Inter­national Fund For Animal Welfare, a celebração também tem o obje­tivo de debater e conscientizar os tutores de como cuidar correta­mente dos seus felinos. Os bicha­nos ainda são protagonistas de ou­tras datas ao longo do ano: o Dia Mundial do Gato, em 17 de feve­reiro; o Dia de Abraçar Seu Gato, em 4 de junho; o Dia Nacional do Gato, em 29 de outubro, nos Es­tados Unidos, e o Dia Nacional do Gato Preto, em 17 de novem­bro, também nos Estados Unidos.

A espécie conquista cada vez mais a preferência dos brasileiros, tanto é que hoje a população de fe­linos é de mais de 23,5 milhões no País e nos últimos 6 anos esse nú­mero cresceu cerca de 4%. E a esti­mativa é que só aumente. A previ­são é que em menos de 10 anos os gatos serão os pets predominan­tes por aqui. Em países como Esta­dos Unidos e Rússia este cenário já é a realidade. O jeito curioso, inde­pendente e de fácil adaptação a am­bientes pequenos são alguns dos fa­tores que têm levado o brasileiro a se interessar e optar cada vez mais pelos bichanos. E para celebrar a data, separamos algumas curiosi­dades sobre eles.

COMPORTAMENTO

Conhecido por ter sete vidas, há poucos anos os gatos ainda eram considerados por muitos como “cães pequenos”. Mas as atitudes sociais e o comportamento alimen­tar dos felinos são muito diferentes dos cães. Eles exploram, observam, interrogam e sondam o mundo ao seu redor.Qualquer objeto novo ou uma simples mudança nos móveis da casa já é capaz de deixar o felino bastante intrigado.

O gato foi domesticado há qua­se 6 mil anos, porém seu etograma (lista de comportamentos naturais da espécie) permanece o mesmo. As nove necessidades comporta­mentais básicas são idênticas, inde­pendentemente do estilo de vida do bichano, sendo elas: caçar, brincar, comer, esconder-se, observar, ex­plorar, marcar território, dormir e hi­gienizar-se. Ainda que a domestica­ção produza mudanças na duração de cada uma dessas atividades, até o gato de vida doméstica é um gato com uma vida de gato.

QUESTÃO DE TERRITÓRIO

Os gatos são animais territoriais, portanto, é fundamental para eles conhecerem todos os cantos do seu território para se sentirem seguros. Eles mapeiam onde fica cada obje­to, cada móvel e todos os potenciais esconderijos. Quando a mobília da casa é integrada e o ambiente bem arrumado, ele terá pouquíssimos lugares para se esconder em caso de perigo. Em consequência disso, o gato se sente exposto e vulnerá­vel, já que para ele é muito impor­tante manter o total conhecimento e controle do seu território, sendo preocupante saber que existe uma parte inexplorada da casa que pode conter algum perigo. Na natureza, os gatos dependem desse conhe­cimento para sobreviver e garan­tir o seu alimento.

É preciso, portanto, promover seu bem-estar adaptando o am­biente, que deve ser constante e previsível para ele, tanto em termos de estrutura física como de odores. O acesso a prateleiras ou estantes em locais altos e seguros diminui o risco do felino ter comportamentos de escape, buscando aliviar a ansie­dade, como o excesso de alimenta­ção e auto higienização.

ALIMENTAÇÃO

Cada gato tem seu próprio jeito de fazer suas refeições ao longo do dia. Em um esquema ad libitum, a alimentação varia de 3 a 20 refei­ções por dia. O tamanho das refei­ções aumenta com a palatabilidade (especialmente a primeira refei­ção). A duração média de uma re­feição é de quase 2 minutos. Além disso, o gato não gosta que seu co­medouro fique próximo a área de dormir ou da caixa sanitária.

CAÇADOR SOLITÁRIO

Os gatos são caçadores soli­tários, que capturam pequenas presas, ingerindo-as sozinhos. O instinto da caça é inato: todos os bichanos sabem como caçar e a habilidade é aprendida enquan­to ainda são filhotes. Gatos caçam independentemente de estarem muito bem alimentados e podem até levar a caça para o tutor por­que querem ser parabenizados. O comportamento de caça é compos­to por várias sequências: procurar e espreitar a presa; aproximar-se e perseguir a presa; capturar a pre­sa; matar a presa; consumir a presa.

O GATO E A INGESTÃO DE ÁGUA

Gatos são de origem desértica, descendem de felídeos da região norte da África (alta temperatura e pouca água) e, embora domes­ticados, permanecem com o hábi­to de ingerir pouca água e concen­trar a urina. Estimular a ingestão de água de forma direta com o uso de fontes, colocando água em mais de um bebedouro (de boca larga), em diversos pontos da casa ou mesmo atender às necessidades peculiares como beber água direto da tornei­ra da pia e, de forma indireta, com o uso de alimentos úmidos (mais de 80% de água) é fundamental para melhorar a ingestão de água.

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