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Os segredos da Clau

Redação

Publicado em 10 de maio de 2018 às 00:38 | Atualizado há 5 meses

“O olho do dono que en­gorda o gado”. A frase é antiga e muitos a di­zem da boca para fora. Mas, para a empresária, proprietária da loja de roupas femininas Clau Multi­marcas, Cláudia Cintra, ela é atual e virou seu lema. Há anos adota o ditado popular para a vida profis­sional e funcionou, pois foi acom­panhando de perto todos os pro­cessos e detalhes de sua empresa que o estabelecimento conseguiu tornar-se um exemplo empresa­rial do mundo da moda goiano. A Clau, que esta semana está cele­brando mais um ano de atividade, chega ao sétimo aniversário quase três vezes maior do que quando abriu as portas, em 2011.

Hoje, a loja de roupas recebe convidados, entre as 17h e 20h, em um coquetel – também em cele­bração ao Dia das Mães – no qual irá distribuir brindes, no intuito de partilhar o momento de conquis­tas, com suas clientes – ou melhor -, com suas “garotinhas”. É assim que Cláudia Cintra gosta de cha­mar, carinhosamente, as frequen­tadoras da Clau. E, em entrevista ao Diário da Manhã, a empreen­dedora divide ainda esta trajetória inspiradora de sucesso.

Seu mérito é grande, pois se ga­rantiu no mercado vendendo pe­ças de conceito, na cidade que é referência da moda popular. Mas tudo isso veio com muito esforço, claro. Apesar de ser uma empresa relativamente nova, a história de Cláudia Cintra (também conhe­cida por Clau e veio daí o nome da loja), com as vendas é antiga. O tino para os negócios e a pro­ximidade com as “garotinhas”, ela começou a praticar desde criança.

Ao contrário de brincar de bo­necas, preferia abrir o próprio guarda-roupa – e de sua mãe, que achava engraçado, mas coloca­va ordem na bagunça – para ven­der às amigas. “Trocava as bone­cas pelas vendas (risos). Então, a venda está no meu sangue. Costu­mo dizer que é um dom de Deus, que com o tempo você aprimora”, relembra Cláudia, que define ain­da vender como uma arte de en­cantar as pessoas, de atender bem. “É o que sei fazer de melhor. Por­que vender por vender muitos fa­zem, a diferença é saber acolher e entender cada um”.

DAS LEIS À MODA

Apesar da facilidade nata para o comércio, a empresária esclare­ce que demorou mais que o pre­visto para realizar o sonho da loja própria. Quando resolveu fazer uma faculdade, Clau optou pelo Direito. Depois, foram 12 anos tra­balhando no Ministério Público. Contudo, ela nunca deixou de co­mercializar roupas.

“Vendia paralelamente aos es­tudos e ao trabalho para as ami­gas da faculdade e depois no tra­balho”, recorda. Mas, com o passar do tempo, a lojista conta que pre­cisava realizar seu sonho e desli­gou-se do cargo de assessora jurí­dica. “Já tinha decidido abrir mão da minha profissão, para mon­tar minha loja. Comecei a ir a São Paulo e Belo Horizonte, pesqui­sando fornecedores. Logo vi que tinha esta loja na Rua 9, no Setor Oeste, para vender. Aí pensei: essa é a loja e o local. É aqui que tudo vai começar”, relembra.

E foi mesmo. No início, eram apenas Cláudia e mais uma fun­cionária, a Mari. “Eu viajava, com­prava roupa, chegava na loja, colo­cava preço na mercadoria à noite e, no outro dia já estava no salão para atender as garotinhas, ainda cuidava do administrativo e finan­ceiro, auxiliada por meu pai, Jura­cy Cintra, que muito me ajudou e ajuda até hoje”, conta a empresá­ria, que não tardou a ver o resul­tado do esforço.

Um exemplo é que cerca de dois anos, quando os jornais alar­deavam a famigerada crise eco­nômica e política no Brasil, a em­preendedora não se deixou levar pela baixa maré: manteve o foco nas vendas e quando as suas “ga­rotinhas” não iam até a loja, ela mesma ia até elas. O esforço deu resultados e sua loja quase tripli­cou de tamanho. Atualmente lide­ra uma superequipe.

“Quando resolvi ampliar, até os clientes falavam: nossa, mas você está ampliando nesse momento? Pra você não tem crise? Mas o se­gredo está no foco. Este foi o mo­mento em que mais cresci. Sou otimista por natureza e nunca fo­quei na crise e sim no trabalho. Fui à luta, ampliei meu espaço, apos­tei e, graças a Deus, estamos aí es­perando a próxima oportunida­de para crescer de novo. Se você pensa no problema, não alavan­ca, temos que procurar as solu­ções”, aconselha.

PROXIMIDADE E FEELING

Atualmente, a empreendedo­ra se mostra orgulhosa da pró­pria história. E continua rezan­do da mesma cartilha que adotou no início: “o olho do dono que engorda o gado”. Faz questão de comprar ela mesma as roupas em São Paulo, Belo Horizon­te, Rio de Janeiro e Sul do País. “Quando vejo as peças pessoal­mente me lembro de cada clien­te”, diz a empresária, acrescen­tando que trabalha com roupas versáteis, casuais e sociais.

Outro mérito da proprietária da Clau é a de prestar uma espécie de consultoria e entender a cada sonho do cliente. “Sou muito ob­servadora. Quando uma cliente chega à loja, rapidamente eu já percebo o que ela deseja e já en­tendo o seu perfil.

Atendo não apenas as suas ne­cessidades, mas os seus desejos. O contato é personalizado. Essa é a característica número um de um bom vendedor: Identificar e saber realmente o que o cliente quer”.

Com disponibilidade de so­bra para realizar seus sonhos e de seu público alvo, Clau revela que a ideia é seguir mais longe nos ne­gócios. “Pretendo, para os próxi­mos sete anos, conquistar mais espaço no mercado da moda e já faz parte dos meus planos produ­zir roupas com a marca Clau”, so­nha a empresária. Alguém duvida que ela irá conseguir?

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