Panelas, comida e vinhos
Diário da Manhã
Publicado em 22 de novembro de 2017 às 23:19 | Atualizado há 4 meses
Hoje, assistimos a um crescente interesse na bebida de baco, quer na sua vertente econômica, social e culturais que decorrem da sua natureza específica e da sociabilidade que entre os seus apreciadores se estabelece. No plano científico, começam a ser evidentes os benefícios para a saúde de um consumo regular e moderado de vinho.
Complemento gastronômico por excelência, o vinho é também muito utilizado como tempero, na confecção de certas iguarias da culinária. Em termos gastronômicos, há muito se estabeleceram algumas regras, por todos sobejamente conhecidas, que nos ditavam que um prato de peixe deveria ser servido com vinho branco, que os mariscos pedem vinhos verdes ou brancos, que as carnes se fazem acompanhar por vinhos tintos e que com as sobremesas se deverão servir vinhos licorosos ou espumantes mais ou menos doces.
As novas tendências defendem que seja dado ao consumidor a liberdade para criar, na seleção do vinho para acompanhar a refeição, a harmonia perfeita, abrindo assim possibilidades inesperadas, por vezes felizes, infelizes e quase sempre surpreendentes.
O vinho evolui de uma importante fonte de nutrição para um complemento cultural da comida. Em alguns países, como a Espanha, com uma forte tradição do vinho como parte de uma dieta equilibrada, o vinho foi reconhecido por lei como um alimento.
A refeição gastronômica francesa é festiva, que reúne pessoas para uma ocasião em que se desfruta da arte de bem comer e beber.
Nos dias de hoje, em que a alimentação está garantida e em que a arte culinária e o vinho evoluíram para uma experiência empolgante, existem algumas regras simples que podem ajudá-lo a encontrar as combinações de pratos e vinho capazes de lhe proporcionar uma experiência mais rica – sabores, texturas e prazeres mais variados.
Nem os “especialistas” conseguem saber exatamente o vinho que combina com determinado prato. Afinal, existem centenas de milhares de vinhos, milhões de combinações de pratos e muitos milhões de palatos neste planeta. A melhor forma de começar é acompanhar com o que se gosta de beber.
É útil pensar no vinho como um ingrediente dos pratos, um dos últimos temperos que acrescenta antes de comer, tal como um pouco de sal ou pimenta. O vinho pode adicionar notas graciosas a um prato farto ou um corpo rico a um prato leve. Por sua vez, a comida pode intensificar e engrandecer os sabores do vinho.
Não beba um vinho branco delicado com um prato de carne mais pesado ou um vinho tinto forte com um filé de linguado – trata-se de sabores e texturas incompatíveis.
Tenha em consideração o modo de confecção, a forma como os alimentos são preparados e os molhos utilizados.
O vinho é uma das bebidas milenares que mais encantam os nossos sentidos. E nota-se que, com o passar dos anos, a bebida continua nos acompanhando em todos os momentos da história da humanidade. E além de ser ideal para ser servido em momentos especiais, o vinho também é apropriado para acompanhamento de pratos, sejam eles simples ou mais sofisticados, funcionando como um excelente ingrediente de inúmeras receitas culinárias.
O vinho é um excelente artigo de luxo para a gastronomia. Seu corpo ou álcool do vinho, tipos, nível de acidez ou doçura são capazes de gerar incontáveis e tentadoras combinações que determinam a aparência, textura, aroma e sabor do prato preparado.
O vinho agrega ainda mais valor ao prato, tornando a comida bem mais sofisticada em todos os seus quesitos, gerando agradáveis efeitos para quem for saborear a produção.
Os vinhos brancos agregam um melhor cozimento e sabor para ingredientes como aspargos, alcachofras, dentre outros legumes e hortaliças. Por ter um bom nível de acidez, consegue-se equilibrar a tendência do sabor doce dos legumes com o amargor dos vegetais.
Esse efeito também é gerado nos pescados e frutos do mar. Eles tendem a ter um sabor mais adocicado, por isso é tão importante que na hora do cozimento adicione o vinho branco para prover maior frescor nos pratos que levam esses ingredientes.
Algumas carnes de frango, lombo e filé mignon ficam bem mais saborosas quando acrescidas de vinho branco durante seu cozimento. Eles agregam equilíbrio ao prato, como nos frutos do mar, sem sobrepor nos sabores de carnes mais leves.
Os vinhos tintos são perfeitos para ingredientes intensos por serem mais encorpados para o nosso paladar. Combine o tinto com ingredientes fortes, como carnes bovinas, caças de pena e de pelo, miúdos, embutidos. Dado ao seu sabor vigoroso, o vinho ajuda a amenizar toda essa intensidade, deixando as carnes mais agradáveis ao nosso paladar.
Pode também combinar com as carnes pesadas ingredientes intensos, tais como alecrim, cravo e zimbro, por exemplo.
Os filés, por exemplo, combinam divinamente com vinho tinto, pois ele ajuda na composição dos molhos. Pode-se ainda reduzir a acidez acrescentando cebola ou vegetais, equilibrando o gosto final do preparo.
Risotos mais fortes, especialmente os feitos com linguiça, presunto cru, devem ser acompanhados com um vinho tinto de qualidade. Esses risotos têm sabores marcantes e o tipo tinto de vinho não ofusca os sabores dos ingredientes.
O casamento entre gastronomia e vinho é perfeito! Mas fique de olho nos tipos e na qualidade dos vinhos usados em suas receitas. Considere sempre a cor, o teor de açúcar, graduação alcoólica e como é armazenada a bebida.
O seu melhor guia para combinar pratos e vinho é o seu próprio palato. Experimente diferentes combinações para descobrir não só as harmonizações perfeitas para si, não tenha medo de arriscar. O maior prazer da boa mesa são os amigos e a família, brinque, e convide-os para a sua experiência gastronômica com vinhos e torne o momento especial.
Receita da Semana
Feijoada do Jair
Meu pai adorava comer feijoada aos sábados com sua inseparável cervejinha. Um dia disse a ele que iria preparar a iguaria. Ele começou a rir e disse-me que não conseguiria. Fui para a cozinha, abri um vinho e comecei a executar o prato. Para encurtar a história, ele apaixonou e se vangloriava em contar para os seus conhecidos que a minha feijoada era inesquecível e me fazia ir sempre para a cozinha preparar o almoço aos sábados para recepcionar seus amigos e ficou: “Feijoada do Jair.”
INGREDIENTES
500 g de feijão preto
400 g de carne de charque (carne seca) sem gordura, em pedaços
2 colheres (sopa) de óleo
2 cebolas grandes picadas
5 dentes de alho picados
500 g de lombo de porco defumado cortado em pedaços
1 (300g) linguiça portuguesa cortada em rodelas
4 folhas de louro
2 laranjas com casca, cortadas em quatro, sem soltar os gomos
Sal a gosto
MODO DE PREPARO
- Lave bem o feijão e deixe de molho em uma tigela com água fria por, no mínimo, 12 horas na geladeira.
- Em outra tigela, coloque o charque de molho na geladeira pelo mesmo período. Escorra o charque e junte todos os ingredientes numa panela grande, exceto o feijão e as laranjas, e refogue, mexendo de vez em quando, por 20 minutos.
- Acrescente o feijão escorrido, 2 litros de água e deixe ferver em fogo alto. Tampe, abaixe o fogo e cozinhe até o feijão ficar macio, acrescentando água quente aos poucos, à medida que for secando (cerca de uma hora e meia).
- Junte as laranjas, elas ajudarão a soltar toda a gordura, e retire do fogo.
- Se tiver formado espuma, retire com uma escumadeira. Sirva em seguida, acompanhada de fatias de abacaxi grelhadas e bananas-prata assadas com casca.
Caçarolas e Vinhos
RESTAURANTE POPULAR
Restaurante familiar que cresceu mais que o esperado e que parece funcionar com adaptações/puxadinhos e sempre acima da capacidade. Local muito quente, tipo forno. A comida foi uma das únicas coisas que me agradaram um pouco. Mas do jeito que eles trabalham, com os fogões no meio do salão, funcionários com a cara amarrada, mesas antigas e cobertas com toalhas desgastadas e diferentes umas das outras, cobrando preço único de 25 reais?!?! Sem ninguém para atender e explicar como funciona? Sem ninguém para avisar que não aceita cartões!!? Me desculpe, mas não recomendo, não voltaria.
RESTAURANTE PIQUIRAS
O restaurante está um pouco abandonado, o cardápio precisa ser mais elaborado. Estive no local e fui muito bem atendida. A carta de vinhos é bem interessante. Estava sozinha e logo pedi o meu prato. Pedi um filé 250g ao ponto menos e me cortaram a carne ao meio e me trouxeram super bem passado. Lembrei o garçom que havia pedido ao ponto menos e ele trocou o prato, após 5 minutos me trouxe o filé vivo e com o centro congelado. Mostrei ao garçom que levou a peça de volta, abriu novamente e finalizou o cozimento.
No fim das contas, perdi o apetite olhando aquela carne estranha na minha frente, e não consegui comer. O cardápio infelizmente não é compatível com a entrega. Sem falar da massa que acompanhava, muito ruim.
BAR DO GLÓRIA
Típico boteco carioca com boa decoração. Se você gosta de futebol, vai adorar. Paredes cheias de quadros com reportagens e fotos antigas, flâmulas e cachecol de times de várias partes do mundo. Música e artistas também compõem a decoração. TV ligada no Sport Tv. No dia tinha um DJ e a música bem boa. Mas para quem gosta de samba e tem que gostar muito, muito mesmo, porque não vai conseguir conversar com ninguém durante os shows. O local não é grande e fica muito cheio, e a música é alta demais! Mas compensa ir e se esbaldar nos petiscos e a feijoada é bem elaborada e muito saborosa.