Pedro Alvares Cabral descobriu o Brasil
Diário da Manhã
Publicado em 16 de junho de 2018 às 22:55 | Atualizado há 7 anos
No jornal O Popular do dia 1ª de setembro de 2017, foi publicado uma matéria com o título “Nomes Justos e Injustos’’, de autoria do consagrado jornalista e escritor Hélio Rocha, onde destaca a existência de logradouros públicos em Goiânia com designações justas, alguns nomes ainda precisam ser homenageados, mais há também injustiça. Destaca que a maior dessas injustiças e terrível é a que designou a mais extensa avenida da Cidade com nome de Avenida Castelo Branco, mais para fazer justiça, essa avenida deveria chamar Presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. Quem é esse homem citado na matéria? Nasceu no Arraial do Tijuco, que trocara de nome para Diamantina (MG), no dia 12 de setembro de 1902, filho do cacheiro viajante João César de Oliveira e da professora primária Julia Kubitschek. No ano de 1914, ingressou no Seminário dos Padres Lazaristas, único ginásio de Diamantina. Em 1919, prestou concurso para telegrafista dos correios em Belo Horizonte, sendo aprovado. Em 19 de maio de 1921, foi nomeado telegrafista auxiliar. Em 1922, ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais, graduando-se em 17 de dezembro de 1927. No ano seguinte foi nomeado professor assistente da UMG e deixou o cargo de telegrafista. Montou uma clínica particular. Em março de 1931, ingressou no Corpo Médico da Força Pública com a Patente de Oficial. Em 9 de julho de 1932 é desencadeada a Revolução Constitucionalista. 16 de julho: como Capitão – Médico da Força Pública, Kubitschek foi convocado para servir no sul de Minas. Em Passa Quatro, onde a ofensiva paulista foi detida pelo então Coronel Eurico Gaspar Dutra, tornou-se amigo de Dutra e do Delegado da Policia Federal na região – Benedito Valadares. No ano de 1933, Valadares foi nomeado Interventor Federal em Minas Gerais e escolheu Kubitschek para seu Secretário – Executivo. Em abril de 1934, candidatou-se a Deputado Federal e Constituinte pelo Partido Progressista. Em 10 de novembro de 1937, o Estado Novo extinguiu todos os mandatos Legislativos no País. Em 11 de novembro vestiu novamente o avental branco e retornou à Medicina. Em dezembro de 1938, foi promovido a Tenente – Coronel da Força Pública. Em 16 de abril de 1940, Valadares nomeou-o, prefeito de Belo Horizonte. Sua gestão que durou até o fim do Estado Novo em 1945. No seu governo promoveu a renovação urbana da capital, construiu conjuntos residenciais populares e muitas outras obras. Em 1945, elegeu-se Deputado Federal, representante à Assembleia Nacional Constituinte pelo PSD mineiro. Em 03 de outubro de 1950, elegeu-se Govenador de Minas Gerais. No ano de 1955 projetado como o maior nome nacional do PSD, Kubitschek, foi lançado candidato a Presidência da República pela coligação PSD – PTB, tendo João Goulart como candidato a vice. Kubitschek concorreu as eleições contra Juarez Távora, Adhemar de Barros e Plinio Salgado. Venceu com 500.000 votos de vantagem sobre Juarez Távora candidato da UDN. Na tentativa de impedir a posse, a UDN lançaria em seguida a tese da exigência de maioria absoluta. Café Filho assumira a Presidência da República em lugar do Presidente Getúlio Vargas, que havia suicidado em 24 de agosto de 1954. Em 03 de novembro, Café Filho sofreu um distúrbio cardiovascular e foi hospitalizado. Em 08 de novembro Carlos Luz, Presidente da Câmara assume à Presidência. Em 11 de novembro o Ministro da Guerra General Teixeira Lott, depõe Carlos Luz e impede que Café Filho reassuma. Nereu Ramos, vice-presidente do Senado assumiu a Presidência. A manobra visou garantir a posse dos eleitos. No dia 31 de janeiro de 1956, Kubitschek foi empossado na Presidência da República do Brasil, para um mandato que se encerraria em 31 de janeiro de 1961. Foi lançado na sua campanha o plano de metas com slogan “50 anos em 5 anos”. Incentivaria a indústria naval, lançaria os fundamentos da indústria automobilística, ampliaria o parque rodoviário, impulsionaria a construção das hidrelétricas de Furnas e Três Marias e muitas outras obras foram construídas, que contribuíram para o desenvolvimento do Brasil. O marco principal do seu governo, porém, seria a construção de Brasília. No seu Plano de Metas não estava incluído a construção de Brasília, mas, no memorável comício na cidade de Jataí, um participante por nome Antônio Soares Neto perguntou ao candidato Juscelino, já que estava falando em cumprir a Constituição, se caso ele fosse eleito mudaria a capital, conforme está previsto no artigo 4º das Disposições Transitórias. Ele tomou um baita susto, sofreu um impacto grande, mais respondeu que mudaria a capital. A multidão que estava participando do comício na oficina mecânica emprestada pelo proprietário, em virtude de no momento da sua realização estar caindo uma torrencial chuva na cidade. Os presentes com a resposta afirmativa de Juscelino que iria construir a capital do Brasil no Planalto Central, entraram em delírio total.
Antes de Juscelino tomar posse, quem governava o Brasil era o Presidente Café Filho. Havia sido feito um estudo para mudança da capital para Planalto Central, mas o Presidente Café Filho refletindo sobre o assunto, chegaria a conclusão que não era possível baixar qualquer lei, declarando de utilidade Pública, para os fins de desapropriação do perímetro do futuro Distrito Federal. Coube essa tarefa de tão grande importância para a construção de Brasília ao Govenador de Goiás, José Ludovico de Almeida, que assinou a respectiva autorização no dia 30 de abril de 1955, dois dias, portanto, após a negativa do Presidente da República. José Ludovico de Almeida foi um dos mais importantes Governador do Estado de Goiás. Inúmeras obras de grande relevância foram construídas por ele.
Quando a mensagem e o Projeto de Lei para a mudança da Capital foram dados entrada na Câmara dos Deputados, foram encaminhados de acordo com o Regimento Interno à Comissão de Justiça, para apreciação e parecer. Nessa Comissão um líder udenista pediu vista no Processo e o engavetou. Isso aconteceu no mês de abril, cinco meses passaram sem que conseguisse obter aprovação do Projeto. O Presidente procurou os Deputados da bancada de Goiás e disse, que se o Projeto não fosse aprovado até o mês de outubro, desistiria de construir Brasília. Não iniciaria a construção da Capital para deixá-la ao fim do governo inacabada. (Para a oposição isto seria uma vitória.) Nesta hora o Deputado Emival Ramos Caiado, que também era da UDN, solicitou do seu colega a devolução do Projeto para estudo e votação. Trabalhou com afinco e obteve êxito. A Mensagem e o Projeto de Lei foram encaminhados em tempo recorde ao Plenário da Câmara dos Deputados, tendo a sua aprovação de imediato. O referido Deputado também apresentou o Projeto de Lei para que a inauguração da nova Capital se daria no dia 21 de abril de 1960 – aniversário do martilho de Tiradentes.
Bernardo Sayao Carvalho Araújo foi o principal fundador da Cidade de Ceres – Goiás, localizada no Vale do São Patrício, onde fundou a “Cang”, Colônia Agrícola Nacional de Goiás, proporcionando a marcha para o oeste instituída pelo Presidente Getúlio Vargas. Sendo que o primeiro administrador fora ele. Foi eleito vice-governador de Goiás. Por problemas de impugnação de urnas para govenador, como já estava eleito como vice-govenador, tomou posse para governar Goiás de 31 de janeiro a 12 de março de 1955. Foi nomeado pelo presidente Juscelino Diretor da Novacap. Muitas obras em Brasília foram construídas por ele. Pelo seu dinamismo administrativo, foi convidado pelo Presidente para construir a Rodovia Belém – Brasília. Essa nova empreitada não o intimidou. Enfrentou todas as dificuldades que encontrou pela frente. Derrubou muitas árvores para construir a Rodovia. A vingança da floresta tirou-lhe a vida, essa tragédia aconteceu no dia 15 de janeiro de 1959. Quem o feriu foi justamente uma árvore – uma das inúmeras que ele havia abatido, para que o Brasil tomasse posse do seu próprio território. Mais uma vez ele disse: no dia em que a Belém – Brasília estiver concluída, posso partir para sempre, pois, faltavam apenas 50 quilômetros para a conclusão da obra. Não viveu para assistir esse espetáculo, mais deixou tudo pronto, para que a cerimônia se realizasse na data marcada.
Com a construção de Brasília, no centro-oeste brasileiro, o Estado mais beneficiado fora o Estado de Goiás, bem como, todos os demais estados do Brasil. Goiânia foi projetada quando construída para abrigar 50.000 habitantes. Com a construção de Brasília já no ano de 1960, passou a ter a 151.013 habitantes. Nos anos de 1970 para 1980 teve um aumento considerável habitacional, pois já contava com 717.526 habitantes. (Dados da Escritora e Assistente Social Alexandra Machado Costa.)
O povo de Goiás em agradecimento ao Presidente por ter construído a Capital da República em solo Goiano, levou os políticos do PSD sob o comando do Dr. Pedro Ludovico Teixeira, eleger Juscelino Kubitschek Senador da República por Goiás, que exerceu o mandado do ano de 1961 a 1964. Como disse o jornalista e escritor Hélio Rocha, o Presidente Juscelino merece ser melhor homenageado no Estado de Goiás, por isso conclamo todos os prefeitos do Estado homenagearem este grande Estadista, colocando o seu nome em qualquer logradouro público em sua cidade, para perpetuar o Presidente que trouxe grandes benefícios para as suas regiões. Na cidade de Goiânia, são poucos logradouros públicos que consta o nome do Presidente Juscelino, portanto, sugiro ao Prefeito Iris Rezende Machado colocar no prédio da Prefeitura, Palácio ou Centro Administrativo Juscelino Kubitscheck de Oliveira. Aos vereadores, colocar o nome Câmara Municipal José Ludovico de Almeida. Ao Govenador do Estado, colocar Centro de Convenções Bernardo Sayão Carvalho Araújo, bem como, mudar o nome de GO-080 que vai da Cidade de Goiânia até encontrar a BR-153 (Belém-Brasília) de Rodovia Emival Ramos Caiado. Algum Deputado Federal ou Senador por Goiás, apresentar projeto mudando o nome da BR- 060, que vai de Goiânia passando por Rio Verde e Jatai, até encontrar com a BR-364 para BR – Antônio Soares Neto. Esses homens também participaram da história e ajudaram trazer o progresso. Como disse o Jornalista e Editor – Geral do Jornal Diário da Manhã, publicado no dia 1º de janeiro de 2018 “O Brasil está parado em Brasília desde o Governo Juscelino Kubitschek” O nobre Jornalista tem razão, muitos governos passaram após a era JK, portanto, muitos poucos fizeram pelo Brasil. O Presidente Juscelino merece o nosso respeito, pois, elevou o nome de nossa pátria aos pícaros, tornando-se, portanto, merecedor da eterna gratidão de todos os brasileiros, que reconhecem os que trabalham pelo bem-estar da pátria e da humanidade, e, o filho de Diamantina está incluído os que merece os nossos maiores agradecimentos, pois, seu trabalho, amor ao Brasil e visão do futuro, eram sempre alvorecer, haja visto, suas palavras proféticas proferidas em 2 de outubro de 1956, quando Brasília era somente um sonho e existia apenas nas profecias de D. Bosco e na própria Constituição. O presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira jamais poderá ser esquecido, porque, foi o maior Presidente da República que o Brasil já teve em todos os tempos. Talvez daqui 100 anos surja um outro presidente igual, mas, jamais melhor.