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Prada faz desfile Resort estimulando o desejo de compra do consumidor nostálgico

Diário da Manhã

Publicado em 25 de maio de 2018 às 00:06 | Atualizado há 5 meses

Depois de muito tempo sem fazer algo na Big Apple, Miuccia Prada volta de su­petão em Nova York com seu des­file Resort (a versão internacional do francês cruise) na sexta feira do dia 04 de Maio, o qual ficará mais tempo a venda com um preço maior. Dessa vez, o evento acon­teceu numa antiga fábrica de Pia­no, onde hoje é o quartel general da marca nos Estados Unidos. Nele, foi encomendando uma reforma nos anos 2000 pelo escritório de ar­quitetura Herzog & Meuron, e apenas o 7° andar teve mantida as estruturas originais da fábrica, justamente para eventos da marca, sendo assim uma estrutura arqui­tetônica artística, e reforçando mais isso, o desfile foi transmitido na Ti­mes Square justamente no horário do crepúsculo, onde o céu estaria suscetível a mudanças da aurora. a coleção apresentada foi uma es­pécie de repescagem de tudo que Prada lançou como tendência nos diversos anos de casa que Miuc­cia trabalha, como as estampas se­tentistas que a marca vem feito há algum tempo (as quais lembram muito papel de parede da época e assim é lembrado por inúmeros veículos), nessa vez em conjunti­nhos, casacos e em blusas.

Anos noventa não esteve ape­nas presente na silhueta das peças, mas também na referência a cami­sola-de-sair, que era hit na época, com uma camiseta baby look por baixo. Uma referência obtida ao as­sistir ao desfile, foi perceber que ha­via apenas um homemmodelo des­filando, e quando se observa bem a coleção em si, entende-se que a alo­cação dele é por toda coleção ser gê­nero neutro, podendo se encaixar em qualquer um que queira usá-la.

Também chamou a atenção a combinação de mini saia com a ja­queta boxy, meia calça, scarpin em um look total kitschy, referência da marca há tempos, em um tom mais maximalista.

Os trappers, chapéus corta ven­to com a logo da marca estampado alegoricamente, são uma referência aos americanos, e também ironica­mente ao passado da estilista que foi militante do Partido Comunista Ita­liano, e na época de guerra, a União Soviética tinha um modelo feito se­melhante, porém de pele, coisa que Prada vem não utilizando.

As paletas de cores foram mar­rom, verde escuro, mostarda, azul e ocre. Essas mesmas cores, estive­ram presente quando ela lançou a primeira linha da sua marca jovem, Miu Miu. De certa forma, Miuccia Prada esteve atenta aos detalhes que traçam do kitschy clássico, íco­nes da marca e tendências do mo­mento em que mergulham os mil­lenials, então é muito justo dizer que ela produziu um zeitgeist em desfi­le, onde ela mesma diz que seria as­sim a forma correta de se vestir, ao seus olhos e que também, os clien­tes da marca e amantes concordam quando veem essa homenagem a memória da marca que se tornou o que é hoje pelas mãos dela.

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