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Saiba o que beber e como diferenciar os tipos de vinho

Diário da Manhã

Publicado em 1 de março de 2018 às 00:17 | Atualizado há 7 anos

Tanino, frutado, amadeirado, mentolado, frutas maduras negras, com toques de cho­colate, baunilha, fósforo, terra mo­lhada, e tantos outros. O mundo dos vinhos tem um vocabulário próprio. Palavras criadas por especialistas (fabricantes, enólogos e somme­liers) e que não entram na cabeça da maioria dos mortais. Até da mi­nha! Nos últimos tempos, consumir vinho passou a ser um processo um tanto ‘embaraçoso’ pouco afeitas aos rituais que envolvem um sim­ples prazer de um gole da bebida.

Estes conhecimentos, tem in­timidado quem não se sente à vontade com as mesuras que en­volvem o consumo dos vinhos. E, embora para alguns o ato de tomar vinhos represente um ato quase alquimista, alguns mestres do vinho, recomendam simplici­dade na hora de saborear o vinho. Mas é bom ter um certo conheci­mento do néctar de baco.

VINHO

Todo bom vinho deve apresen­tar-se límpido, transparente, bri­lhante e com viscosidade. A maio­ria é sem gás, com exceção dos espumantes que deve conter gás carbônico. Vinho com maior aci­dez duram mais tempo, mas o ex­cesso de acidez, deixa o vinho com sabor de vinagre ou amargo.

Ao degustar um vinho, a pri­meira coisa a se observar é o seu aroma, tem que ser de fácil per­cepção. Se o aroma for desagra­dável o vinho é de má qualidade. Dificilmente é encontrado no vi­nho o aroma de uvas, devido ao tempo de fermentação e dos pro­dutos finais como o álcool e CO2.

Mas para que os vinhos sejam degustados, ele precisa ter cer­to tempo de repouso, por isso se diz que vinho quanto mais velho melhor. Mas alguns tipos de vi­nho podem ser bebidos quando ainda são jovens e outros só fi­cam realmente bons, só depois de envelhecidos. O vinho jovem, ge­ralmente possui não mais do que quatro anos de vida, seu aroma e paladar são suaves e agradável. O vinho envelhecido possui aroma mais forte e sua cor mais opaca.

O sabor de um vinho é cons­truído através do contato da bebi­da com vários dos nossos sentidos: o paladar, que é ativado no conta­to do vinho com as papilas gustati­vas, o olfato, que aguça o sabor da bebida com os aromas que perce­bemos em cada tipo de vinho, e a visão, que nos permite criar uma expectativa daquele copo que es­tamos prestes a saborear.

Por isso, ao provar uma taça de vinho, devemos estar prontos para usar todos esses artifícios para aprender a identificar e diferenciar os tipos de vinhos e safras que es­tão disponíveis no mercado dessa bebida tão apaixonante.

É comum alguém sempre falar sobre alguns tipos de vinho. Mui­tas vezes, a pessoa pode estar se re­ferindo à classificação quanto a cor, ou seja, tintos, brancos, rosés ou es­pumantes, ou pode estar falando es­pecificamente sobre o tipo de um de­terminado vinho, ou seja, a uva ou o corte de uvas que o compõem. As­sim, pensando que existem diversas classificações, vou falar sobre alguns tipos que considero as mais comuns: a cor, à variedade de uva, de qual uva o vinho é feito (ou do blend).

VINHO TINTO

O vinho tinto, como o próprio nome diz, tem cor escura, va­riando do vermelho mais escuro, quase preto, até o vermelho cla­ro, dependendo do tipo de uva e do método de produção. É o mais consumido no Brasil e o consu­mo, segundo pesquisas, está em constante crescimento.

A variedade mais famosa é a Ca­bernet Sauvignon. Uva de fácil culti­vo, que se adapta nas mais distintas regiões e produz bons frutos para a vinificação. Famosa por ser uma das principais uvas usadas no corte bor­dalês, a mistura de uvas usadas pe­los produtores de vinhos da região de Bordeaux, uma das mais presti­giadas regiões vinícolas do mundo.

Existe uma grande variedade de tipos de vinho tinto: a verdade é que eles são por excelência aqueles que sabem envelhecer melhor, que se desenvolvem atingindo uma ma­turidade esplêndida, mesmo de­pois de vinte anos envelhecendo.

Sabemos que os tipos de vi­nho tinto são os preferidos pe­los brasileiros, mas infelizmente existe uma tendência a generali­zar. Imagine que os vinhos tintos são produzidos em diversos paí­ses do mundo, e se utilizam uma infinidade de variedades de uvas.

Além do clima, do terreno e das uvas selecionadas, uma coisa de­terminante é a escolha da técnica de produção pelo enólogo/produ­tor. Existe uma variedade de esti­los, de cores e de gostos que são praticamente infinitos e que nós como enófilos, devemos explorar, conhecer e saber escolher.

VINHO BRANCO

Produzido a partir de uvas brancas, é um vinho ideal para acompanhar peixes e frutos do mar. O vinho branco é leve e re­frescante, perfeito para ser apre­ciado nos dias mais quentes.

A rainha das uvas brancas é a Chardonnay. Uva de fácil cultivo, que se espalhou por todo o mundo. Além de vinho branco, é a principal variedade usada na produção de es­pumantes e champanhes.

VINHO ROSÉ

É o vinho de cor rosada, ideal para ser consumido em dias de verão. Uma das regiões mais fa­mosas do mundo produtora des­se vinho é a Provence, na França, mas a Califórnia, na Costa Oeste nos Estados Unidos, também pro­duz excelentes vinhos rosados.

O vinho Rosé pode ser feito de diversas maneiras, mas a tradicio­nal e usada em regiões com tra­dição em sua elaboração o fazem com uvas escuras. Apesar disso, ele não é vinificado como o vinho tinto.

ESPUMANTES

As palavras “Champanoise” e “Charmat” têm origem francesa e estão relacionadas ao processo de fermentação da bebida, responsá­vel pela perlage – aquelas bolhas presentes no espumante.

O espumante não estaria enqua­drado na classificação da cor, mas é sempre mencionado entre os tipos de vinho como uma opção ao tinto, branco ou rosé, razão pela qual op­tamos em falar sobre ele nesse con­texto. É um vinho com borbulhas (provenientes do gás carbônico)!

Especificando um pouco mais, pode-se dizer que espumante é todo vinho que passa por duas fermentações, ou seja, a primeira que é a comum a todos os vinhos, quando o açúcar se transforma em álcool, e mais uma, a que produz as deliciosas borbulhas.

MÉTODO CHARMAT

O método Charmat é mais re­cente que o Champenoise. Ele foi criado em 1895, pelo enólogo italiano Federico Martinotti, mas patenteado em 1907 pelo francês Eugène Charmat. A produção de espumantes no método Charmat submete a segunda fermentação da bebida em grandes tanques de inox – chamados de autoclaves.

MÉTODO CHAMPENOISE

O Champenoise é conhecido como método tradicional ou clás­sico. Ele é considerado mais nobre que o Charmat devido ao seu pro­cesso de produção mais elaborado e demorado. A sua segunda fermen­tação é feita dentro da própria gar­rafa. Essa técnica é mais demorada que o método Charmat e requer cuidado superior em sua produção.

O método Champenoise tem uma riqueza maior de aromas e no paladar. Além disso, o ama­durecimento da bebida nas gar­rafas dá origem a um espumante mais estruturado, com uma per­lage mais delicada.

CORES DO VINHO TINTO

As cores nos fornecem uma sé­rie de indicações sobre o vinho. Sua tipologia e, sobretudo o seu estado evolutivo. Um vinho de cor rubi não muito intenso é um indí­cio que podemos estar na presen­ça de um bom Pinot Noir, um vi­nho que não é muito rico de cor.

Os reflexos violáceos que obser­vamos ao fazer a nossa análise vi­sual nos diz que é um tinto muito jovem, uma cor púrpura também pode significar um vinho jovem.

As variações de rubi até o ver­melho com reflexos alaranjados um vinho maduro, se observar uma cor vermelho granada já com uma tendência marrom se trata de um vinho envelhecido.

CONSISTÊNCIA

Existe uma técnica que faz com que a gente possa observar as lágrimas do vinho que são tam­bém conhecidas como arcos que se formam nas paredes da taça, e a partir delas podemos ter uma ideia da densidade e do teor al­coólico de um vinho.

Arcos largos com lágrimas que descem rapidamente são sinôni­mos de um vinho pouco concentra­do, e não muito alcoólico, ao con­trário, arcos estreitos e lágrimas que escorrem lentamente indicam uma maior graduação alcoólica.

Identificando a consistência e a cor que são duas fases da análi­se visual, podemos ter uma boa indicação do tipo de vinho que vamos beber.

PERFUMES E AROMAS

A análise olfativa deve confir­mar as primeiras suposições le­vantadas na análise visual, atra­vés daquilo que identificamos, e acrescentar ainda mais informa­ções que iremos confirmar quan­do levarmos o nosso vinho a boca.

Perfumes intensos com finais de frutas vermelhas como grose­lha e framboesas são indicativos de um Cabernet Franc.

Notas de corte de feno, frutas negras, grafite e às vezes notas de pimentão indicam um Cabernet Sauvignon.

Um vinho tinto jovem do tipo Nebbiolo tem notas florais de vio­letas além de frutado, um bom Sangiovese estilo Chianti Classico desde jovem já sentimos aromas da sua fermentação com notas de frutas vermelhas, em especial a cereja e assim vai…

São informações preciosas que pouco a pouco vão sendo memo­rizadas e enriquecendo o ban­co de dados pessoal, e que repre­senta um dos instrumentos que nos permite avaliar a qualidade e o estado evolutivo de um vinho.

Sem falar que podemos iden­tificar através dos aromas, a sua variedade de uva, a sua prove­niência, se o vinho envelheceu em madeira nova ou não.

Por isso a importância de co­nhecer a metodologia da degus­tação, experimentar, e então ali­mentar sempre nosso banco de dados pessoal.

 

 

 

 

FRITURAS QUENTES DA SEMANA

 

THE BLACK BEEF

A jornalista Ciça Carvello rece­beu o chef baiano Deco Sadigursky, nesta quarta-feira (28), para uma live na sua FanPage. Ele, que é idea­lizador da primeira hamburgueria fast casual do País, compartilhou algumas dicas para o hambúrguer perfeito e a receita de um molho es­pecial picante. Amanhã (2), a The Black Beef inaugura sua primeira unidade em Goiânia.

WOMAN WHO WHISKY

Para as mulheres que amam whisky, no dia 7 de março, o Lab recebe convidadas para uma aula de uísque com a embaixadora Du­dah Bonatto em comemoração ao Dia da Mulher. Soul Kitchen e John­nie Walker buscam desmistificar o destilado nesse encontro, propor­cionando uma experiência diferen­te para as mulheres.

Dudah explicará o passo a pas­so de como o uísque é feito, além de um bate-papo sobre os deriva­dos da bebida. Em seguida, as con­vidadas vão aprender três drinques, utilizando Bulleit Bourbon, John­nie Walker Black Label e Singleton. Para finalizar, será servido um menu harmonizado feito pelo SK. Local: Soul Kitchen LAB, Al. Ministro Ro­cha Azevedo, 1060, às 19h.

PRÉVIA

As arquitetas Eliane Martins e Sheila de Podestá, responsáveis pela 22ª edição da Casacor Goiás, rece­bem convidados para conhecer em primeira mão o planejamento da mostra 2018. O evento acontece hoje, 1º de março (quinta-feira), às 9h30, no Castro’s Park Hotel, no Setor Oes­te. A edição deste ano da Casacor Goiás será realizada de 3 de maio a 13 de junho, no Órion Business & Health Complex, no Setor Marista.

CHICA DOIDA

Chica Doida, o prato mais fa­moso de Quirinópolis, uma de­lícia à base de milho verde, é a estrela principal do Festival Gas­tronômico que está sendo reto­mado com novidades pela pre­feitura municipal da cidade. Paralisado há cinco anos, o Fes­tival, em sua 4ª edição, vai acon­tecer nos dias 25, 26 e 27 de maio no Parque de Exposições de Qui­rinópolis com muitas inovações.

PRIVILÉGE EXTRA BRUT

O Privilege Extra Brut, da Viníco­la Peterlongo, de Garibaldi (RS), li­dera o ranking dos melhores na ca­tegoria no Guia Descorchados 2018, alcançando 90 pontos. A publica­ção também destaca o Privilege Brut, com 89 pontos. O lançamen­to da 20ª edição do guia acontecerá em abril, em São Paulo. O Descor­chados 2018 – Guia de Vinhos da Argentina, Brasil, Chile e Uruguai, principal publicação de vinhos da América do Sul, é escrito pelo críti­co chileno Patricio Tapia.


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