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“Somos um projeto artístico que busca celebrar a vida de forma reflexiva”

Redação DM

Publicado em 30 de setembro de 2018 às 01:41 | Atualizado há 6 meses

A pós o fim inesperado do Forfun, Danilo Cutrim, Vi­tor Isensee e Nicolas Christ surpreenderam a todos ao anun­ciar um novo projeto- Braza. Logo após o anúncio, o trio presenteou os apreciadores de suas músicas com uma outra novidade, em 17 de março do mesmo ano, a banda divulgou em seu canal do Youtube o primeiro álbum do grupo. Desde então, a banda que também con­ta com Pedro Lobo, ex-integrante do grupo paulista Família Gangs­ters, vem traçando uma bela traje­tória com um propósito um tanto quanto diferenciado ao abordar em suas músicas uma mix de es­tilos musicais. Agora, já na turnê de divulgação do terceiro EP, os integrantes aterrizam em Goiânia pela primeira vez desde a criação da banda trazendo um repertório que segundo eles é miscigenado, plural, multiétnico e polifônico.

DM- De onde surgiu o nome Braza?

O nome foi o resultado de mui­tas elucubrações que buscavam intenções, verbos, adjetivos e co­res que pensamos ao projeto. Des­tas reflexões surgiram as ideias de intensidade, fogo, raíz, vermelho, amarelo, vida… Achamos então que BRAZA englobava isso tudo e ainda apresentava um algo a mais que curtimos também.

DM- Como foi a idealização e a execução da criação da banda?

Foi um processo muito natural, coletivo, de muita pesqui­sa e de muito trabalho. No processo de idealiza­ção foram fundamen­tais dois grandes ami­gos. Marcel Gonçalves e Vagner DoNasc. Juntos realizamos diversas reu­niões para desenvolver­mos a identidade visual e de conceito do proje­to. O Vagner inclusive é o responsável por todas as capas dos álbuns, to­das as artes de camisas, pela arte de alguns clipes e mais recente­mente pelas projeções que faze­mos na maioria dos shows.

DM- Como foi a construção do novo EP?

Foi bastante coletiva e praze­rosa. A principal diferença no processo com relação aos outros álbuns foi a presença do Kassin. Pela primeira vez no BRAZA ti­vemos a oportunidade de traba­lhar com um produtor musical que nos ajudasse nesse processo, e foi maravilhoso. O Kassin, além de excelente profissional, é uma excelente pessoa.

DM- Quais as influências musicais utilizadas para construção do novo repertório?

Este EP flerta com ritmos afri­canos (como o Kuduro e o Afro­beat) e fusões de ritmos africa­nos com ritmos brasileiros (como o Ijexá e o Afoxé), além das influên­cias que já vínha­mos trabalhando nosoutros2albums (reggae e suas ver­tentes, rap e suas vertentes e elemen­tos eletrônicos).

DM- Até que ponto essa ligação com sons jamaicanos, reggae e rap, por exemplo, ajudam na construção da identidade da banda?

São ritmos dos quais gostamos muito e, por consequência, são muito importantes em nossas pes­quisas e nos processos de constru­ção de nossas composições.

DM- Em relação ao primeiro CD, de que modo, o EP Liquidificador apresenta uma evolução do som do Braza?

Acreditamos que tudo e todos estamos vivos em um processo de evolução. Tudo caminha pra fren­te. Como consequência, acredita­mos também que cada novo tra­balho representa uma evolução, já que expressa o momento em que estamos vivendo. Mais especifica­mente com relação à sonoridade, pode-se dizer que o BRAZA, a cada novo trabalho, vai ganhando tra­ços e contornos em sua expressão, o que pouco a pouco faz com que aprofundamos nossa densidade lírica e sonora e que desenvolva­mos nossa identidade.

DM- Como vocês definem a identidade da banda após 3 EP’s?

Somos um projeto artístico que, através das expressões do audio­visual, busca enaltecer e celebrar a Vida de forma reflexiva, crítica e otimista. Para tal, julgamos mui­to importante o estudo e a cele­bração de nossas raízes como for­ma de compreender quem somos e onde podemos chegar.

DM- Quais são os temas que mais norteiam vocês no momento da criação de uma nova canção?

A celebração da Vida de for­ma crítica e reflexiva.

DM- Existe algum tema que vocês têm dificuldade para compor? Quais seriam esses?

O Ser Humano e por consequên­cia a Sociedade, são extremamente complexos e sua natureza é sabida­mente de transformações incessan­tes, o que torna sua leitura bastante complexa. Cada canção que com­pomos apresenta uma dificulda­de que expressa tanto essa nature­za complexa inerente aos aspectos psicossociais quanto o carinho que temos por cada palavra escrita e cada nota ou acorde tocados.

DM- Forfun possuía um engajamento social em algumas músicas. Isso ainda norteia vocês quando vão compor uma nova canção?

Acreditamos ser dever e direi­to de todos a reflexão crítica e a ação construtiva que contribui ao bem comum do Ser Humano e do Planeta/Universo.

DM- Apesar de tanto tempo de estrada, vocês ainda continuam sendo assediados por fãs?

Preferimos nos referir às pessoas que curtem nosso trabalho como amigas e amigos que nos permi­tem realizar este sonho que é viver daquilo que amamos. Por sorte e também muito trabalho, temos o prazer de volta e meia sermos pa­rados na rua, ou nas nossas pla­taformas virtuais, para receber um elogio ou até mesmo uma crí­tica saudável do nosso trabalho.

DM- O que vocês esperam do público goiano?

Esperamos que cantemos, dan­cemos e celebremos juntos neste show que será tão especial pra gente

DM- Quais são os planos da banda para o próximo ano?

Continuar compondo, registran­do essas composições em álbuns ou singles, continuar realizando ví­deos para essas composições e con­tinuar viajando e fazendo shows.

DM- Vocês já estão com um novo projeto em mente?

Em breve lançaremos nas princi­pais plataformas de streaming um projeto (EP) que já foi lançado no YouTube chamado BRAZA CoLAB RECords. Na sequência lançaremos mais um clipe deste nosso último EP e depois já está no forno um EP composto juntamente com nossos amigos do Francisco El Hombre.

SERVIÇO:

A banda se apresenta neste domingo (30/09) na Diablo Pub às 19h, o valor dos ingressos varia entre R$25 a R$50 reais. Existe também o ingresso social, para quem doa 1kg de alimento o valor do ingresso é de R$30 reais. Na casa noturna não é permitida a entrada de menores é necessário a apresentação de documento original com foto recente.

 

 



Julgamos muito importante o estudo e a celebração de nossas raízes como forma de compreender quem somos e onde podemos chega”.

Acreditamos que tudo e todos estamos vivos em um processo de evolução. Tudo caminha pra frente”.


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