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Street style luxuoso é item do sonho na nova versão da Dior Men

Diário da Manhã

Publicado em 29 de junho de 2018 às 00:13 | Atualizado há 5 meses

Muito se comentava de como seria Kim Jones dentro da Dior Homme, a linha de roupas mas­culinas da casa francesa. En­quanto Kris Van Assche traba­lhou excessivamente em seus 11 anos de carreira numa linha mais gótica, focada na alfaiataria neo­clássica, pelo que foi reparado, Jones trouxe um frescor prima­veril à marca, usando de flores e uma espécie de transformação do tailoring em transformação para o street style.

De certa forma, os direto­res comerciais das marcas hoje abriram mão do preconceito e do eruditismo sob o foco da venda­gem, podendo até se apropriar de culturas ou artefatos que não são da cultura local, com a justifica­tiva de visibilidade ou homena­gem representativa. Um exemplo é o street style, onde uma marca de luxo trabalha com algo que há 10 anos ela nunca pensaria em chegar perto, e agora conversa com o povo de rua para aumen­tar o consumo e ainda estimu­la as vendas trazendo o desejo do luxo.

Não é errado, é apenas uma evolução natural da moda, e ago­ra, Dior Men, como está sendo chamada, está no mesmo cami­nho que a Louis Vuitton (agora com o Virgil Abloh) e a Balencia­ga um dia passaram. Esta nova coleção da Dior, inclusive, já tem incríveis peças must have, como a releitura de uma bolsa Sadd­le e os novos sneakers, os quais passam longe de ser feios, que em hipótese alguma se pensou em serem produzidos pela casa.

Kim declarou recentemente que sua linha criativa na maison é tentar reproduzir o que seria o couture da Dior originalmen­te visto na linha feminina, agora na masculina, e por isso visitou o acervo da marca desde o primór­dio, em dois meses. Os tecidos an­teriormente vistos nas coleções femininas, como o organza, obli­que e renda, estiveram presentes nas camisas e jaquetas estampa­das em toile de Jouy chamado de Colifichets, que esteve presente na primeira boutique da marca designado por Victor Grandpie­re, e impressão de abelhas, novo ícone da marca, que também es­teve presente na coleção feminina passada, agora em looks todos em tons pastéis, indo de branco, azul, amarelo e cinza aplicados nos bla­zers casados com bermudas.

As iniciais da marca foram também o ponto alto do desfi­le, presentes em cintos, bonés e joias criadas pela designer ja­ponesa Yoon Ahn, em um tra­ço discreto, onde com muito cuidado se repara as letras CD, dando o tiro de partida na nova fase da etiqueta.

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