Tom Ford busca tendências esquecidas dos anos 90 no NYFW
Diário da Manhã
Publicado em 15 de setembro de 2018 às 23:47 | Atualizado há 5 meses
Abrindo o primeiro dia da semana de moda Nova Yorkina, Tom Ford buscou no poço do esquecimento tendências que pouco eram lembradas vindas dos anos noventa, que se orientou pelo minimalismo e uma linha criativa mais comercial que conceitual. Elas, embora não estivessem na lista de tendências e categorias estereotipadas, fizeram parte do guarda-roupa e o estilita julgou que elas necessitavam de sua atenção, porém, em um grau forte de lembranças capturadas, Tom Ford desagradou milhares de pessoas que esperavam mais criatividade em sua mão.
Tom trouxe a princípio o tecido de crocodilo falso tingido de cores mais fortes, porém neutras como o verde musgo e o preto. Após isso, veio vestidos esvoaçantes de seda que muito lembravam lingeries (pelos cortes, materiais e a tonalidade, ocre e tons de pele), junto com casacos, seguido por roupas que lembravam um pouco um glamour mais discreto e também alfaiataria dentro da linha feminina.
Quando se observava os homens, ternos e smoking com cores pastéis e o mesmo material de couro falso, com óculos aviador. Em busca do passado, ainda um look com estampa de leopardo e couro metalizado. Os lenços na cabeça, na qual o estilista aposta há algumas coleções, combinavam muito com a modelagem que era reta mas mesmo assim se moldava combinando com o corpo da mulher que a usava.
Talvez, o grande motivo do descontentamento de comentaristas ou até mesmo compradores da marca é que nesta coleção não teve nada que pode se chamar de “icônico” e digno de ser memorável, e em plano de fundo, houveram críticas sobre a grande busca de rechear seus eventos e campanhas com celebridades, esquecendo o foco em produção de peças únicas e por vezes interessantes ao olhar clínico de quem vê, pelo menos espera assim ser em uma coleção pretensiosa como foi esta.
A busca dessa repescagem se dá por Tom Ford ser o rei dos anos noventa nos Estados Unidos, e hoje, a busca desse ideal nostálgico mesclado com visão de futuro é importante na criação visual de uma marca, fazendo os homens e mulheres se encontrar dentro da roupa, empoderando-se, assim como diz o próprio estilista na nota entregue antes do desfile, mas pouco é possível esse “empoderamento” quando se pensa que o conceito por trás da concepção delas é quase genérico e nada instigante.