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Diário da Manhã

Publicado em 21 de março de 2018 às 00:57 | Atualizado há 4 meses

É impossível contar a história do jornalismo goiano sem a presença do editor geral do Diário da Manhã, Batista Custó­dio. Em sua linha editorial, o jornal sempre apoiou a cultura e a edu­cação como solução para muitos problemas sociais. À frente do pe­riódico, ele trouxe ainda inúmeras colaborações para a divulgação da literatura brasileira, especial­mente a goiana. E como uma ho­menagem pelos mais de 50 anos de entrega ao relatar os principais acontecimentos de Goiás, do Bra­sil e do mundo, a biblioteca de gra­duação e pós-graduação da Facul­dade Cambury recebeu o nome do diretor geral do DM.

Localizada no Setor Sol Nascen­te, em Goiânia, a Biblioteca Jornalis­ta Batista Custódio foi batizada com este nome em julho de 2008, devido ao respeito e à amizade que o diretor da Cambury, economista e depu­tado federal Giuseppe Vecci, nutre pelo jornalista. “Eles são amigos de longa data e Giuseppe admira mui­to a atuação do jornal Diário da Ma­nhã, em prol da literatura”, disse o bibliotecário Onofre Paula, que tra­balha no espaço há quase 20 anos.

Tal homenagem a presidente da Academia Goiana de Letras (AGL) Lêda Selma acredita ser muito me­recida. Para ela, o nome de Batista Custódio deve ser sempre lembra­do como um apoiador da escrita. “O Diário da Manhã sempre manteve as portas abertas aos escritores. Já fui cronista há muitos anos do jornal, e a própria AGL também tinha um es­paço dentro do jornal. Isso é muito importante, porque é nos meios de comunicação que o escritor pode comunicar de forma mais rápida e interativa com o público, desper­tando o interesse por seu trabalho”, disse Leda.

É sabido que Batista Custódio, além de incentivador, é um leitor inveterado. Assim como também é sabido que é dono de uma perso­nalidade discreta e avessa a holofo­tes. Porém, o perguntamos sobre o que achou da homenagem.

“Não ligo muito para isso (dar entrevistas). Sabia? (risos). Gos­to mais é de conversar com li­vros. Mas tenho a convicção que ser homenageado por uma bi­blioteca é muito melhor do que ser homenageado por um ban­co. O livro é um bem muito maior que o dinheiro do banco. Você só chega ao conhecimento através do livro e não se chega à sabedo­ria sem conhecimento”, analisa o diretor, que revelou em segui­da o sonho de abrir a própria bi­blioteca, segundo ele, “maior até do que a de Alexandria”. “Se sou­ber de alguém que queira doar li­vros, me avisa, tá?” solicitou, dei­xando escapar a preferência pelos livros de filosofia.

O ESPAÇO

A Biblioteca Jornalista Batista Custódio ainda não é maior do que a de Alexandria, mas é gran­diosa. Fundada na época em que a Cambury era um pequeno es­paço que fazia consultoria para montagem de projetos públicos no final da década de 1990, o es­paço prosperou junto com a pró­pria faculdade.

“Giuseppe Vecci sempre foi um visionário, igual ao Batista Cus­tódio, sempre acreditou e inves­tiu muito na biblioteca. Começou com acervo pessoal, e até hoje a biblioteca possui coleções intei­ras de livros de economia, que ele doou. A biblioteca sempre foi a menina dos olhos da faculda­de”, disse o bibliotecário Onofre.

Ainda de acordo com o funcio­nário do espaço, o local é mais que uma biblioteca e funciona como um centro de pesquisa, leitura e do­cumentação. “Recebemos, além de estudantes, muitos concurseiros. Estamos abertos a toda a comuni­dade”, ressalta o bibliotecário.

O acervo guarda mais de 35 mil exemplares, entre livros, re­vistas, jornais, DVDs, CDs, mo­nografias, dissertações, etc. Pos­sui ainda mais de 400 títulos de periódicos entre jornais, revis­tas gerais e especializadas (na­cionais e internacionais) e cerca de 3,5 mil fascículos.

Segundo a bibliotecária Lilian Guimarães, o acervo é frequente­mente atualizado. “Sempre quan­do tem uma alteração do projeto pedagógico fazemos novas aqui­sições. Além disso, a nossa biblio­teca tem um diferencial, pois os livros ficam dispostos como em uma livraria. Isso dá uma intera­ção maior, às vezes o aluno vem em busca de um título e sai da­qui com quatro livros.”

Existe no espaço uma coleção especial com cerca de 600 livros na área do Direito, que inclui tratados, códigos e enciclopédias. Todos são clássicos de considerável valor his­tórico. Um dos alunos desse curso, que sempre frequenta a biblioteca, é o Lucas Leandro Moisés. “Ela é ótima, os livros são atualizados to­dos os anos”, disse.

A literatura mundial também é o foco da biblioteca Batista Cus­tódio, já que o espaço acomoda exemplares nacionais e interna­cionais de contos, novelas, ro­mances, literatura infanto-juve­nil, poesias e outras modalidades.

Além dos livros, o espaço também trabalha com diversas outras formas de adquirir co­nhecimento. Possui mais de 300 filmes de vários gêneros: roman­ce, suspense, terror, comédia, ação, drama, ficção, animação e também documentários, trei­namentos e palestras.


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