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Maria Esther Bueno falece, aos 78 anos, em São Paulo

Maior tenista brasileira da his­tória, morreu ontem Maria Esther Bueno, vítima de um câncer na re­gião da boca. Com 78 anos, a ex-te­nista havia sido internada no úl­timo mês de maio no Hospital 9 de Julho, em São Paulo, em esta­do grave e acabou não resistindo.

A doença foi descoberta em 2017 e ela chegou a realizar um tra­tamento severo, do qual vinha se recuperando. No entanto, recen­temente, Maria Esther começou a sentir dores novamente e os exa­mes apontaram que o câncer vol­tou a se manifestar e teria se espa­lhado por outros órgãos do corpo.

Com apenas 19 anos, na tempo­rada de 1960, a tenista se tornou a primeira mulher a conquistar to­dos os títulos de duplas dos torneios Grand Slam em um mesmo ano. Os números de Maria Esther Bueno são impressionantes: foram 120 finais em torneios de simples, sendo 65 tí­tulos e 55 vice-campeonatos. Além disso, a tenista teve um currículo vencedor também jogando em du­plas com 90 títulos e 47 vices. Pelas duplas mistas, mais 15 troféus, tota­lizando impressionantes 170 títulos.

O último título de Grand Slam que a histórica tenista conquis­tou foi em 1966, quando Maria Es­ther Bueno venceu o Aberto dos Estados Unidos pela quarta vez na carreira. Na época, o torneio ain­da era disputado na grama, mes­ma superfície de Wimbledon (úni­co Major que mantém o piso), que a brasileira venceu em três opor­tunidades (1959,1960 e 1964).

Já no Aberto da Austrália e em Roland Garros, Maria Esther não conseguiu levantar o troféu, mas também fez história. Chegou na grande final nos dois torneios, e com isso se tornou um dos poucos tenistas da história (seja no mas­culino ou no feminino) a chegar na final de todos os Grand Slam.

Os excelentes resultados tam­bém tiveram consequências po­sitivas ao ranking mundial. A bra­sileira terminou como número um nas temporadas de 1959, 1964 e 1966, eternizando ainda mais seu nome na história do tênis.

Com tantos títulos e conquis­tas históricas, se tornou a primei­ra e, até momento, única brasileira a ser incluída no Hall da Fama do tênis. Os feitos no começo da car­reira fizeram com que ganhasse o prêmio “Atleta Feminino do Ano”, honraria que ainda sustenta como única tenista do Brasil a conseguir.

Mesmo após quase meio sé­culo, Maria Esther Bueno rece­beu uma belíssima homenagem pelos seus feitos representando o Brasil: a quadra Central do Tê­nis Olímpico, onde ocorreram as partidas da modalidade na Olim­píada realizada no Rio de Janei­ro, foi batizada com seu nome.

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