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Rogério Caboclo é afastado da presidência da CBF

Rogério Caboclo não é mais presidente da CBF - pelo menos nos próximos 30 dias. O Conselho de Ética da entidade decidiu neste domingo (6) afastar o dirigente, acusado de assédio sexual e moral por uma funcionária. Ele nega as acusações.

Antônio Carlos Nunes, o mais velho dentre os vices- presidentes da entidade, assume o cargo. O novo presidente, diretores e os demais vices se reúnem na manhã desta segunda.

Caboclo era pressionado por diretores, dirigentes de confederações estaduais e patrocinadores a pedir o afastamento para se defender das acusações que vieram à tona na última sexta-feira (4), em matéria publicada pelo globoesporte.

Segundo a denúncia, Caboclo constrangia a funcionária em viagens e reuniões com os demais diretores da entidade máxima do futebol nacional. Dentre as atitudes abusivas, como a exposição da vida pessoal da funcionária, pedidos para que ela mudasse o jeito de se vestir e narrativas falsas criadas sobre supostos relacionamentos com colegas de trabalho, o dirigente tentou forçá-la a comer um biscoito de cachorro enquanto a chamava de "cadela".

Caboclo já vivia momento turbulento no comando da CBF. Presidentes de clubes, federações, diretores e demais pessoas com contato direto com o dirigente afirmam que seu comportamento agressivo aumentou nos últimos meses.

Junto com a denúncia, os atritos com Tite e os jogadores da Seleção por conta da recepção da Copa América no Brasil se tornaram públicos. Depois das desistências de Colômbia e Argentina devido à crise político-social da primeira sede e o agravamento da pandemia na segunda, Caboclo - com apoio de Jair Bolsonaro - ofereceu o país para receber o campeonato. As federações aceitaram e a Conmebol confirmou.

A decisão causou surpresa nas cercanias da Granja Comary. A relação de Caboclo com Tite, que já não era das melhores, piorou. Os jogadores, pressionados a se posicionarem contrários ao recebimento da competição no país durante a pandemia, prometeram falar depois do jogo contra o Paraguai na terça-feira (8) pelas Eliminatórias da Copa de 2022 - algo que o agora ex-presidente da CBF chegou a pedir para os jogadores antes do duelo com o Equador na sexta-feira (4), mas não foi atendido.

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