A chance da vida
Redação DM
Publicado em 6 de junho de 2017 às 02:32 | Atualizado há 8 anos
Para Rafinha, os amistosos contra a Argentina e a Austrália são como duas finais de campeonato. Recebendo sua primeira oportunidade com o técnico Tite na seleção brasileira, o lateral direito tem a chance de colocar uma dúvida a mais na cabeça do treinador, e para isso sabe que precisa estar preparado quando for acionado e repetir o grande desempenho que mostra a todos vestindo a camisa do Bayern de Munique.
“São dois amistosos, mas contra o Brasil todos vão querer jogar bem, Brasil x Argentina é um clássico, todos conhecem e sabem da grandeza desse jogo. Vamos trabalhar forte. É um amistoso, mas dentro de campo passa a ser um jogo como qualquer outro”, disse Rafinha.
Embora hoje esteja vestindo a amarelinha, Rafinha esteve perto de defender a Alemanha. Após a Copa do Mundo de 2014, Philipp Lahm decidiu se aposentar da seleção, e o brasileiro que é seu companheiro no Bayern de Munique e atua no país há 12 anos quase o substituiu na lateral direita.
“Eu não me via como parte dos jogadores que estavam sendo convocados. Estava jogando todo ano no Bayern, ganhando títulos, e não tinha oportunidades na seleção”, esclareceu o lateral direito, que chegou a recusar uma convocação do técnico Dunga, supostamente interessado em incluí-lo na lista para evitar que ele se naturalizasse alemão.
Bem estabelecido na Alemanha, Rafinha chegou ao país em 2005, após sair do Coritiba. Foi no Schalke 04, um dos maiores clubes do país germânico, que o lateral-direito alcançou grande projeção e, posteriormente, acabou se transferindo para o Bayern de Munique. Companheiro de equipe dos responsáveis pela goleada em cima do Brasil na Copa de 2014, como Muller, Neuer, Hummels e Boateng, ele crê que a seleção brasileira não é mais motivo de chacota.
O bom trabalho do técnico Tite à frente do Brasil retomou o respeito dos outros países pela seleção pentacampeã mundial. Se após o último Mundial poucos temiam a Amarelinha, agora a equipe de Neymar, Coutinho, Gabriel Jesus e companhia é apontada como favorita em todos as competições que disputar.
“Todos sabem que o Brasil está de cara nova, resgatou a alegria, o bom futebol. Hoje, quando entra para jogar, é favorito. Sabem que o Brasil está de volta, estão acompanhando. Sempre houve respeito, mas agora está mais forte. Há jogadores de várias seleções do mundo no Bayern, e eles sabem que o Brasil está de volta”, concluiu Rafinha.