Esportes

Areias de Copacabana já abrigam primeiro campo para a prática de rúgbi

Redação DM

Publicado em 25 de junho de 2015 às 08:25 | Atualizado há 10 anos

RIO – Esporte que será incluído no programa olímpico na edição de 2016, no Rio, o rúgbi vem lançando sementes para começar a ocupar um lugar na preferência do público brasileiro para além dos Jogos do ano que vem. Com esta ideia em mente, a Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) e a World Rugby (federação internacional) inauguraram ao longo desta semana, na última quarta-feira, nas areias de Copacabana, o primeiro campo de rúgbi fixo em uma praia do Brasil. A estrutura, que conta com duas traves em formato de “H”, tradicional da modalidade, fica entre o número 1.130 da Av. Atlantica e a Av. Princesa Isabel.

— É muito importante termos esse tipo de visibilidade, a divulgação do nosso esporte, ainda mais na praia de Copacabana. É um ponto internacional. É para o mundo saber que o rugby estará aqui e de volta aos Jogos Olímpicos — afirmou Baby Futuro, atleta do Niterói Rugby e da seleção brasileira, dez vezes campeã sul-americana de 2004 a 2014 e uma das dez melhores do mundo.

Nas Olimpíadas, o rúgbi será disputado na modalidade sevens (isto é, com sete atletas em cada time), e não na union (15 atletas por time). As partidas serão no Parque Olímpico de Deodoro. De volta aos Jogos após 92 anos, a modalidade é a 14ª no ranking geral de ingressos alocados, entre as 42 que serão disputadas. Segundo a Rio-2016, a final do torneio masculino, já esgotada, foi a 24ª mais solicitada dentre 256 finais. O rugby é um dos mais praticados esportes do mundo, com quase 7 milhões de jogadores registrados e presente em mais de 170 países. No Brasil, são mais de 150 mil seguidores, mais de 300 agremiações esportivas e 60 mil atletas e praticantes, números que, somados à volta da modalidade ao programa olímpico nos Jogos do Rio 2016, fizeram a World Rugby eleger o Brasil como prioridade estratégica de investimento.

Para Sami Arap Sobrinho, presidente da CBRu, o lançamento do programa do rugby na praia é fundamental para o conhecimento do esporte no país:

— Primeiro, porque estamos a um ano dos Jogos Olímpicos e você precisa mostrar a modalidade para o povo fluminense. Segundo, porque colocar o rúgbi em um local que é tradicional do vôlei e do futebol de praia aguça a curiosidade pela modalidade. Esperamos que a estrutura seja usada também por clubes e projetos sociais da região e também para estender a utilização visando aos torneios internacionais de rugby de praia em que as seleções possam atuar.

Presente à inauguração, Brett Gosper, CEO da World Rugby, ressaltou que a entidade quer ajudar o esporte a crescer e que, no Brasil, não há lugar melhor para apresentar a modalidade ao público brasileiro do que Copacabana.

— É um local fabuloso e que é conhecido mundialmente. Esse campo vai dar mais visibilidade e pode ajudar também na preparação de atletas. O campo vai ajudar a difundir o rugby. As pessoas vão conhecer melhor o esporte até os Jogos Olímpicos.

Sempre de olho no futuro, a CBRu lançou, também na última quarta-feira, o projeto “Impact Beyond” (Além do Impacto), que tem como objetivo principal colocar o esporte em até mil escolas da rede pública e privada da capital fluminense e das cidades do seu entorno. A iniciativa tem apoio da World Rugby (federação internacional), por meio da sua campanha “Get into Rugby” (”Entre para o rúgbi”). O lançamento, com uma clínica para 500 crianças, ocorreu no instituto “Bola pra frente”, em Deodoro. O próximo passo será um festival infantil, no dia 2 de julho, dentro do evento “De lá pra cá”, na Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ, para crianças de 9 a 12 anos da Rede Municipal de Duque de Caxias.

— São dois pontos principais que temos com esse projeto, pensando principalmente na rede pública. O primeiro são os valores que o rugby traz consigo, como o respeito, solidariedade e disciplina, que serão muito importantes na formação dessas crianças. O outro é a massificação. Se você pensar que são 1.000 escolas só aqui no Rio de Janeiro, são 50 mil praticantes ou atletas potenciais. Se você tirar 1% disso para clubes, eu já estarei muito satisfeito — disse Sami Arap Sobrinho.

Em âmbito nacional, no feminino, o Estádio do Gonçalense, na Rua Pandiá Calógeras, em São Gonçalo, vai sediar neste sábado e domingo, a partir das 10h, e com entrada franca, o Super Sevens Feminino, que vale o título brasileiro. Com seis etapas ao longo do segundo semestre, o torneio conta com 12 equipes de todo o Brasil (oito fixas e quatro convidadas).

No Grupo A desta etapa estão Charrua (RS), BH Rugby (MG), São José (SP) e Pasteur (SP), e no B estão as donas da casa do Niterói (RJ), Bandeirantes (SP), Curitiba (PR) e Guanabara (RJ). Já no Grupo C estão SPAC (SP), o atual bicampeão Desterro (SC), Vitória (ES) e Deslta (PI). As outras cinco cidades do circuito serão: Belo Horizonte (25 e 26 de julho); Florianópolis (15 e 16 de agosto); Curitiba (5 e 6 de setembro); Porto Alegre (26 e 27 de setembro); e São José dos Campos (17 e 18 de outubro).

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