Esportes

Com polêmica e emoção

Redação

Publicado em 9 de abril de 2018 às 02:46 | Atualizado há 7 anos

A torcida do Corinthians tinha razão em acreditar. Dois dias após receber 37.000 pessoas em um treinamento aberto em Itaquera, o time de Fábio Carille enfrentou um Al­lianz Parque tomado apenas por torcedores do Palmeiras. Venceu por 1 a 0, com gol marcado por Rodriguinho no primeiro minuto, e levou a decisão para os pênaltis. Da marca da cal, Dudu e Lucas Lima erraram as suas cobranças, definindo o triunfo visitante por 4 a 3 e a conquista do 29º título do Campeonato Paulista.

O técnico Roger Machado fez todo o possível para esconder sua estratégia para o Derby. E o ques­tionamento se o Palmeiras iria se defender ou atacar pergunta fi­cará mesmo sem resposta, já que o Verdão nem teve tempo de se estabelecer em campo antes de o placar ser aberto.

No primeiro minuto, Marcos Rocha deixou a marcação de Ma­teus Vital para Antônio Carlos. O corintiano passou fácil pelo za­gueiro, foi à linha de fundo e to­cou para Rodriguinho inaugurar o marcador. Pouco depois, o Ver­dão empatou com Willian, mas o tento foi corretamente anulado.

O alviverde passou a aplicar sua marcação pressão, mas o Ti­mão conseguia o desafogo pelo lado esquerdo com Mateus Vital e Rodriguinho. Na mesma faixa do campo, Dudu era o jogador mais agudo do Palestra. O cami­sa 7 chamou a responsabilida­de para receber as bolas e todas passaram por seu pé para armar o time, mas o capitão não criou jogadas de perigo.

O problema na defesa pales­trina nem precisou de orienta­ções de Roger Machado para ser resolvido, já que Fabio Carille co­locou Romero pelo lado esquer­do para tentar conter os avanços de Dudu, o que causou o deslo­camento de Rodriguinho e Vital.

O Corinthians terminou a etapa inicial mostrando o fute­bol que o consagrou nas últimas temporadas, enquanto os man­dantes não conseguiram apre­sentar a qualidade que os cre­denciou a chegar à final. Foram 69% de posse de bola para o Pal­meiras e oito finalizações, mas poucas com perigo, contra ape­nas duas rivais, sendo um gol.

Ao final do primeiro tem­po, ficou clara a falta que Feli­pe Melo faz ao Palmeiras. Mes­mo com Moisés, seu substituto, bem na partida, o alviverde per­deu a saída de três do campo de­fensivo e não conseguiu inver­ter uma bola perigosa durante os primeiros 45 minutos.

O Palmeiras voltou do interva­lo com Keno na vaga de Willian. A mudança, além de explorar a jogada individual do camisa 11, visava abrir a defesa corintiana posicionando o atacante na ex­tremidade esquerda, o que po­deria permitir infiltrações pelo dos zagueiros rivais.

Keno passou a levar perigo com seus dribles, a posse de bola do Palmeiras só aumentou e o Co­rinthians apostava cada vez mais em uma postura defensiva para tentar explorar contra-ataques.

Aos 26, a torcida alviverde finalmente pôde comemorar, mas por apenas oito minutos. Dudu tabelou com Lucas Lima e caiu na área, o árbitro anotou pênalti de Ralf e confusão se ins­taurou no gramado.

A princípio, por mais que os corintianos argumentassem que o volante havia tocado apenas a bola, Marcelo Aparecido se mos­trava convicto em sua marcação. A pressão alvinegra, porém, foi for­te e após uma conversa com um auxiliar que estava fora do gra­mado, o árbitro voltou atrás na penalidade. Nos pênaltis, o Co­rinthians se deu melhor.

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