Grande esforço pela final
Redação DM
Publicado em 16 de setembro de 2016 às 02:57 | Atualizado há 9 anosJefinho foi o nome do jogo na semifinal do futebol de 5 entre Brasil e China nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Autor dos dois gols da virada da seleção brasileira por 2 a 1, o camisa 7 foi muito celebrado pela torcida cada vez que entrava ou saía de campo – as substituições são ilimitadas no esporte – e ao final do jogo. Com passes e dribles precisos, Jefinho tomou conta do lado direito do campo. Ao final, a torcida cantou “Jefinho é melhor que Neymar”. Com a vitória, o Brasil vai à final em busca do bicampeonato olímpico, depois da conquista do ouro em Londres 2012.
“Sou um jogador muito tranquilo dentro de quadra. Pensei que a gente tinha que buscar o resultado, ter essa tranquilidade, calma. Porque a gente saiu atrás do placar, mas ainda estava no começo do jogo, ainda tinha muita coisa pra acontecer. Nosso técnico pediu para ganharmos todas as divididas, ir pra cima e, no final, graças a Deus, deu tudo certo”, disse o craque.
O Brasil foi superior o jogo inteiro, criou mais oportunidades e teve mais posse de bola. Mas quem marcou primeiro foi a China. Após uma falta, Yafeng Wang trabalhou a bola e chutou no canto do goleiro Luan.
O gol adversário, no entanto, não abalou o Brasil, que continuou trabalhando a bola com calma. Nervoso mesmo estava o torcedor nas arquibancadas. Durante todo o jogo se ouvia nos alto-falantes da arena “Silence. Silêncio, por favor”. Os pedidos de silêncio eram necessários porque, no futebol de 5, o ruído do torcedor atrapalha os atletas, que precisam ouvir o guizo da bola, que os orienta a achá-la.
O domínio do Brasil na partida se traduziu em gol aos 19 minutos. Jefinho passou por três adversários e chutou, dessa vez com endereço certo. Muita festa nas arquibancadas.
No segundo tempo, o Brasil entrou determinado a virar a partida. Aos quatro minutos da segunda etapa, Jefinho anotou o gol da virada. Foi um petardo, no ângulo do goleiro Xu Hauchu. Jefinho correu pela arena, comemorando, até achar seus companheiros no banco de reservas.
Depois do sgeundo gol, o jogo esfriou, mas as melhores chances continuavam sendo do Brasil. Nos últimos minutos do segundo tempo, a seleção brasileira começou a criar mais chances. Nonato, de frente para o gol, chutou no canto do goleiro, que desviou para escanteio. No lance seguinte, chutou no outro canto, o esquerdo de Xu Hauchu, e a bola saiu por pouco.
Nos últimos segundos, a torcida mal se continha em silêncio, esperando o final dos 25 minutos regulamentares. Mal o cronômetro marcou o final, a torcida explodiu em comemoração. Foi a informação que os jogadores precisavam para comemorar a vaga para a final. O Brasil espera o resultado de Argentina e Irã para conhecer o adversário da grande final. “A gente está na grande final, não tem favorito do outro lado. Quem vier, a gente vai brigar muito para ficar com o ouro”, disse Ricardinho.