Jogos Paralímpicos reforçam a importância do incentivo ao esporte para a pessoa com deficiência
Redação DM
Publicado em 31 de agosto de 2021 às 12:30 | Atualizado há 9 meses
Os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020, que iniciaram no dia 24 de agosto e se estendem até 5 de setembro, fizeram reviver as grandes emoções do acontecimento mais importante do esporte mundial. Mas a participação dos atletas paralímpicos trouxe também à tona uma outra questão, a importância do incentivo à prática de atividade física para pessoas com deficiência.
De acordo com o Censo 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 46 milhões de brasileiros, cerca de 24% da população, têm algum tipo de deficiência. Existem evidências de que as pessoas com deficiência tendem a ter estilos de vida menos ativos e saudáveis.
“Nós utilizamos os exercícios físicos como maneira de manter a composição corporal saudável e para prevenir doenças como diabetes, hipertensão e colesterol alto. A pessoa com deficiência, não é diferente, elas precisam dessas mesmas prevenções e cuidados com a saúde”, explica a professora de educação física do Sesc Goiás, Giulia Moraes.
A atividade física, em qualquer âmbito, escolar, amador ou competitivo, promove benefícios para a saúde física e mental. Para a pessoa com deficiência, os ganhos podem ser ainda maiores, aprimorando a força muscular, resistência, equilíbrio, agilidade, coordenação motora e consciência corporal de uma maneira geral. “Isso vai se manifestar no dia a dia, ela vai se tornar uma pessoa mais independente e autônoma, o que vai refletir nos fatores psicológicos também”, destaca Giulia Moraes.
Da mesma forma, a socialização é outro ponto positivo, de acordo com a professora. “A gente percebe que algumas pessoas com deficiência, se tornam mais reclusas e isoladas, com a tendência de ficarem mais sozinhas. O exercício físico é um fator estimulante para que a pessoa saia e conheça outras pessoas, promovendo maior socialização”, afirma.
Liberdade
Liberdade e superação. Para a nadadora, Nívia Freitas, 45 anos, essas duas palavras representam a importância do exercício físico em sua vida. Em 1991, ela sofreu um acidente, no qual resultou em um traumatismo craniano, deixando algumas sequelas. “Eu perdi a fala, coordenação e o equilíbrio. Eu me comunicava só com os olhos. De lá para cá, a minha vida tem sido uma luta pela vida”, recorda.
Segundo Nívia, foi a natação, associada aos tratamentos médicos, como fisioterapia, fonoaudiologia, terapia e equoterapia, que trouxeram esperança e qualidade de vida para ela. “Tudo que eu faço hoje é porque eu tive a natação na minha história”, afirma. Aluna do Sesc Campinas, hoje, ela é atleta de competições estaduais de natação adaptada.
Assista ao vídeo abaixo e conheça a história completa da Nívia Freitas:
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